Capítulo 22

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Jade

Eu caminhei pelo o quarto, andando em círculos.

Encarando o vegetal na cama.

Elain.

Ela está há uma semana assim, uma semana!

— Elain, deixe de frescura, levanta. -bufei.

— Não vai ajudá-la assim. -disse Nestha rispidamente.

Ela acariciou a cabeça de Elain e eu revirei os olhos.

— Duvido que se eu ou Feyre estivéssemos neste estado, você ficaria passando a mão em nossas cabeças. -falei.

Nestha não deu ouvidos.

Quer saber?

Eu empurrei Nestha que caiu da cama, ficando diante de Elain.

Um estalo e um ofegar de Nestha que gritou meu nome.

O rosto de Elain fora para o lado com um tapa.

Em um segundo, Elain estava de olhos arregalados, a mão na face que estava vermelha com a marca da minha mão.

— Por que me bateu? -sussurrou.

Ah, olhem só a margarida.

— Vire mulher e enfrente a porra do seu medo! Não espere que ninguém te salve desse poço onde quer cair, porque ninguém vai te salvar, eu aprendi de forma dura que é assim que funciona, você está sendo alertada por mim, considere-se sortuda. -falei firme.

— Está louca? -nestha gritou, me empurrando.

— Funcionou, não funcionou? Veja só. -apontei.

Nestha correu até Elain e eu emprrei Nestha novamente.

— Ainda não terminei, não ouse dar outro passo. -falei.

Ela me encarou incrédula.

— E não ouse passar por cima de minhas ordens! -apontei para ela que abriu a boca.

Elain abraçou seus joelhos e chorou baixinho.

— Ah não, não inventa de chorar não. -a puxei.

— Ai! -reclamou ela, sendo puxada pelas orelhas por mim.

Eu a tirei da cama a força, debaixo de tapas.

— Ai! Jade! Ai! Está doendo! -choramingou.

— Ai jade, jade pra lá, jade pra cá, foda-se, cale a boca. -a imitei.

Eu a pus de frente para um espelho.

— Está vendo isso? E isso? -toquei onde suas costelas estavam aparentes.

Ela se encarou no espelho.

— Veja no que seu drama está fazendo com você, todo mundo sofreu na merda daquele caldeirão, mas o que me irrita é que você só está nessa merda ainda por causa daquele imbecil do Graysen. -rosnei.

— Ele não era imbecil! -choramingou.

Eu lhe dei outro tapa.

— Ai!

— Elain, você nunca apanhou quando criança, não queira apanhar agora. -grunhi.

Eu a empurrei até o banheiro.

— Tome um banho.

— Mas....

— Elain, não me teste. -inspirei fundo.

Ela correu para o banheiro quando ameacei pegar uma chinela que estava no chão.

Ouvi o som de água.

Corte De Névoa E VidroOnde histórias criam vida. Descubra agora