Capítulo 12

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Jade

*Alerta gatilho*

Eu abri os olhos, inerte e desnorteada.

Eu havia desmaiado com a adrenalina e medo de morrer.

Eu olhei em volta, minha visão desfocada apenas captava o vermelho intenso.

Quando a minha visão tomou o fogo, percebi que eu estava dentro de algo, macio e vermelho.

E pelo o belo perfume reconhecido por mim, percebi que era uma grande rosa.

Eu estava dentro de uma rosa vermelha.

— Deuses. -murmurei.

Eu olhei para cima, vendo um escudo de esmeralda cintilar acima de mim e da rosa.

O que estava havendo?

— Jade! -ouvi uma voz longínqua.

Reconheci, Azriel.

Pude ouvir a voz de Feyre, Rhysand, Nestha e Cassian.

— Se ela estiver morta, eu mato você. -ouvi Nestha rosnar.

— Jade! -ouvi Feyre gritar.

Será que eu saio e vou pra aquele fuzuê? Tá tão bom aqui.

Depois do décimo quinto grito de Nestha eu suspirei.

É o jeito.

Eu olhei para cima, tentando saber como eu sairia.

— Olha, pode se abrir? -questionei.

Nada.

— Vai, minha hospedagem acabou. -falei.

Eu estiquei minha mão como se pudesse tocar aquele escudo, um tilintar e ele cintilou, se desfazendo em magia.

— Nossa. -sussurrei, vendo a magia de brilho esmeralda diluir e correr perto de mim.

Soprando meus cabelos, brincando em meus pulsos.

Interessante, eu toquei uma fita de magia que pareceu ronronar ao meu toque.

Eu pisquei, encarando então agora uma cúpula de espinhos e rosas vermelhas, um casulo.

Pisquei outra vez e o chão tremeu, os espinhos e rosas desfazendo seus nós, descendo, voltando para a terra em um som agudo como a avalanche de uma montanha.

— O muro está caindo. -disse Rhysand.

— Jade! -Azriel chamou.

O muro sumiu, eu toquei as macias pétalas da rosa e a mesma se abriu, completamente, como um casulo, revelando a sua borboleta, ela se abriu como um leque por inteira, me revelando deitada em seu macio miolo de pétalas.

— Gente, isso foi muito louco. -falei.

Eu me apoiei em um braço, os encarando.

— Eu amei, quero fazer de novo. -falei.

Azriel disparou até mim e Nestha fez o mesmo, barrando e empurrando o espião, lhe lançando um olhar mortal.

Ela me ergueu com um movimento.

— Está ferida? -questionou ela, me analisando de cima a baixo.

— Não, estou inteira, eu acho. -falei.

Ela pegou minha mão.

— Que tatuagem é essa??? -ela exclamou.

Eu puxei minha mão.

Corte De Névoa E VidroOnde histórias criam vida. Descubra agora