Capítulo 14

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Jade

Feyre enfim havia ido embora com os três machos, apesar de Cassian e Azriel aparecerem muitas vezes para vistoriar o palacete e os arredores de nossa propriedade.

E Cassian gostava de ficar aqui e comer doces comigo, e beber até esquecer o próprio nome.

Mas hoje eles não vieram a tarde e eu estranhei, mas sabia de uma coisa, havia ouvido a conversa dos dois.

Eles estavam para ir atrás do caldeirão, e suponho que seja hoje, já que não vi sinal de nenhum deles.

Saí da sacada, desistindo de os esperar, sabia que estavam ocupados.

Era cedo, talvez, cinco da manhã.

Foi quando ouvi o som de algo se quebrar, vidro se partindo no chão.

Em seguida, ouvi o grito aterrorizado de Elain.

Eu arregalei os olhos.

— Elain! -disparei nos corredores, o hobby verde esmeralda assim como o pijama farfalhando quando corri para fora.

Eu encarei a porta de seu quarto, aberta, melhor, arrombada.

Eu levei a mão a cintura, merda, as pistolas ficaram no covil.

Eu encarei a armadura de um cavaleiro que estava de enfeite no corredor, meus olhos desceram para a sua espada.

Eu a peguei, testando o seu peso.

Servirá.

Eu adentrei seu quarto bruscamente e encarei, Elain e Nestha, amarradas e amordaçadas, Nestha parecia uma fera, se debatendo, enquanto Elain chorava baixinho.

Guardas as seguravam.

— Larguem elas! -grunhi.

— Peguem a garota.

Eu disparei, meus pés agindo com rapidez quando desviei de um guarda, a espada cantando quando cortei sei braço fora.

Ouvi o grito agoniado, então, a lâmina zumbiu, sua cabeça indo ao chão. Assim como o seu corpo.

Meus olhos arderam.

— Venham.pra.cima. -as palavras saíram como um rosnado feroz.

Minhas irmãs arregalaram os olhos.

O segundo avançou e eu cravei a espada em seu corpo, vendo seus olhos ficarem vagos e sem vida.

Ele foi ao chão, eu com um puxão retirei a espada banhada em sangue de seu corpo.

— Não disse que elas eram fracas e sem conhecimento de luta? -grunhiu um deles.

— Mas elas são, chefe. -disse outro, nervoso.

Eu me preparei para avançar contra eles quando....

Um zumbido cortou o ar.

Senti algo perfurar o meu braço, uma picada forte.

Eu encarei o pequeno dardo cravado em meu braço esquerdo.

— São uns incompetentes mesmo. —disse uma voz— sério que precisou eu intervir com tranquilizante para segurarem ela?

Eu girei meu olhar agora turvo em sua direção, seus olhos, reconhecia apenas por ter visto um nas lembranças que Feyre mandou para mim.

— Jurian. -balbuciei, sendo difícil até mesmo de falar, meus lábios estavam pesados e dormentes.

Tentei erguer a espada, mas ela caiu de minhas mãos, meus braços pareciam pesar mais que uma tonelada, meu corpo pesava cada vez mais.

Minha pernas estavam bambas.

Corte De Névoa E VidroOnde histórias criam vida. Descubra agora