Capítulo 23

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Jade

Eu já havia planejado o golpe, e havia dado certo.

Keir estava preso, e os seus seguidores foram contidos por mim, os que se rebelaram eu também prendi, e agora, começaria uma reforma na corte dos pesadelos.

De cabo a rabo.

— O que está fazendo nesse lugar? -questionou Rhysand.

— O que você nunca fez, melhorando. -falei, mexendo nos papéis.

As contabilidades daqui estão todas bagunçadas e erradas.

Eu revirei os olhos.

Só podia ser ele mesmo, não tem pulso firme para cuidar deste lugar, nem ele e nem Feyre.

— E o que você fez em illyria? -questionou ele.

— Isso importa pra você? Você nunca deu atenção a aquele lugar. -falei.

— Não me interessaria se Devlon não estivesse tão bonzinho, como Cassian me relatou. -disse ele.

— Cassian vai parar de "relatar" as coisas para você sobre lá. —falei— ele me obedece agora.

Rhysand me encarou boquiaberto.

Eu fiz a lista de todas as fêmeas illyrianas que recebem mais tratos e que tiveram as asas cortadas, e juntamente das que ainda tem suas asas intactas e ainda batendo.

Eu as enviei para um recanto particular na Primaveril, um santuário, ficarão lá até que se curem ou queiram recomeçar na corte.

Os estupradores foram mortos por mim pelos seus crimes, tanto de illyria quanto os da cidade escavada.

E para ter Aron perto de mim, ele é o segundo no comando da Corte dos pesadelos, ele e seus lobos que são agora da elite de guardas.

Eu sorri satisfeita.

— Você concertou a contabilidade. -ele parecia encabulado.

— Sim, e como a Corte é minha, creio que eu esteja com a conta bancária maior do que a sua. —falei— já que tenho a fortuna da primaveril, o meu dote das terras humanas, e agora a fortuna dos pesadelos.

— Quer jogar na minha cara a sua riqueza agora? -ele questionou.

— Não que seja preciso, você já está puto por isso também. -provoquei.

Ele acertou com o punho na mesa.

Eu revirei os olhos.

— Não venha dar uma de macho Alpha aqui não, a Alpha sou eu. -falei.

Ele virou minha cadeira bruscamente para o encarar.

— Garota, você está me tirando do sério. -ele disse.

— Até hoje não sei o porquê de seu ódio por mim, mas eu sei do porque do meu ódio por você, você provocou isso. -falei séria.

Ele rosnou, o rosto mais do que próximo.

Ele desviou o olhar para a minha boca e eu pensei, mato?

— Saia da minha sala. -apontei para a porta.

Ele me encarou.

— Esqueceu quem manda nesta parte da corte noturna? Ou devo lhe refrescar a memória? -questionei.

Tão rápido o grão-senhor chocou seus lábios contra os meus.

Eu arregalei os meus olhos, e com um estrondo de trovão, o grão-senhor foi ao chão, com um forte tapa.

Corte De Névoa E VidroOnde histórias criam vida. Descubra agora