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O Rosado parecia não entender porque haviam tantas pessoas numa sala, só para olhar um filme. Ele olhava ao redor e fazia careta para os adolescentes se beijando, para as conversas altas e as risadas exageradas.

S/N -- Os comerciais já estão acabando, o filme vai começar agora, tá animado? -- Pergunto sorridente, o que o faz ficar sem jeito.

Sukuna -- Claro, mas irritado por você não ter me contado a história -- Dou um beijo em sua bochecha, em sinal de que não iria contar nada -- Você me paga depois sabia.

Me viro a para a tela e o filme começa, Titanic sempre foi um de meus favoritos, mesmo sendo um romance proibido com um final trágico, o que sempre me fazia chorar era pensar na quantidade de mortos no navio.

Olho para Sukuna para ver se ele tem estava prestando atenção, e havia um brilho em seu olhar, como uma criança que acabará de ganhar um presente de natal.

S/N -- Parece que alguém está gostando -- Rio baixinho para não atrapalhar.

Ele não responde, apenas faz sinal de silêncio com o dedo e volta a segurar minha mão.

....

Chegou a cena em que Rose percebe que Jack estava morto, saiam poucas lágrimas de meu rosto, pois o já havia assistido milhares de vezes. Mas escuto um choro ao meu lado.

S/N -- Você está chorando? -- Pergunto o encarando incrédula.

Sukuna -- O que? Não! -- Ele passa sua mão no rosto -- O corpo do garoto é muito sensível.

S/N -- Acredito.

Sukuna -- Pare de me encarar, não consigo me concentrar assim -- Fala desentralaçando sua mão da minha e a colocando em minha coxa.
Um calafrio percorre minha espinha e tento me concentrar no final do filme.

A cada segundo ele sobe mais, a apertando levemente, fazendo ficar uma marca avermelhada no local.

S/N -- Sukuna, aqui não! -- Digo o repreendendo.

Sukuna - Xiiii!! -- Me ignora e continua a me provocar até quase chegar em minha calcinha.
O fato de estarmos num local publico, tornava cada movimento ainda mais excitante, só conseguia pensar em sua mão me fazendo ter arrepios por todo corpo.

O rosado me olha de canto e solta uma risada discreta e maliciosa.

Sukuna -- Tá bom, tá bom, se não estiver gostando eu tiro.

S/N -- Não ouse!

Ele apenas sorri, e volta sua atenção para o filme.

....

S/N -- Então, o que você achou? -- Pergunto a ele enquanto saímos do cinema.

Sukuna -- O filme é realmente bom, mas agora eu tô com fome -- Ele esfrega a barriga.

S/N -- Então vamos achar algo para comer -- Digo pegando o celular para ver as horas -- Bom, agora devem ter poucos restaurantes abertos.

Sukuna -- Eu queria comer um hambúrguer, igual aquele que você me deu.

S/N -- Então vamos procurar.

Saímos andando pela praça da cidade, tudo parecia mais escuro que o normal, pouco movimento por já ser quase de madrugada.

Os estabelecimentos todos fechado, apenas alguns bares e barraquinha de rua funcionando.

S/N -- O que você acha de comermos algo ali? -- Aponto para uma barraquinha não muito distante. Um lugar com poucas pessoas, limpinho, várias opções de comida.

Sukuna -- Vamos, eu estou quase desmaiando.

S/N -- Que dramático você.

Ele repentinamente me agarra por traz e beija minha nuca.

Sukuna -- Claro que, antes poderíamos ir ali naquele matinho -- Aponta sua cabeça para um pequeno bosque que havia por perto.

S/N -- Alguém vai nos ver, e não podemos atrair olhares.

Sukuna -- Se eu não fosse uma maldição, você iria?

S/N -- Não iria nem se você fosse o Jimin do BTS.

Sukuna -- Quem é esse?

S/N -- Um famoso -- Pego sua mão e o levo para sentarmos numa cadeira ao lado da barraquinha -- Aqui não tem seu hambúrguer, pode escolher outra coisa.

Sukuna -- Pede pro Jimin escolher -- Ele fala baixinho em tom provocativo.

Reviro os olhos e vou até o balcão fazer o pedido, pego algo para comer e volto para onde ele estava.

Fico em silêncio o observando comer, parecia um bichinho esfomeado.

Sukuna -- Você parece uma psicopata me olhando.

S/N -- Você que parece que não come a dias.

Sinto uma inquietação vindo de dentro, um sentimento de desconforto e medo, como se tivesse alguém nos observando. Mas não alguém comum, uma maldição.
Olho assutada para Sukuna que estava terminando de comer.

Sukuna -- Eu sei... Eu também senti isso no cinema -- Ele olha em direção ao bosque que estava completando escuro agora -- Acho que temos companhia -- Ele diz alto.

Nesse momento tudo ao redor desaparece, estávamos apenas eu e ele naquele lugar.

-- Então finalmente me perceberam -- Olho ao redor para procurar a voz.

S/N -- Mas o que? Quem tá aí? -- Grito para o nada.

Sukuna -- Fica calma, eu tô aqui -- Ele se coloca em minha frente.

S/N -- Eu também quero saber quem é, sai.. -- O tiro de minha frente -- Heroísmo aqui não.

Sukuna gargalha, mesmo numa situação como essa ele ri. O que faz com que me sinta mais calma e segura.

-- Que casal adorável..

S/N -- Olha só, aparece, eu não tenho paciência pra joguinho besta.

-- Que menina irritada, é por isso que você se apaixonou senhor Deus das maldições?

Sukuna caminha em direção a voz, como se não tivesse medo.

Sukuna -- Não sei, talvez.. -- Ele me olha e da uma piscadinha -- Mas agora eu gostaria de saber o motivo de um ser tão miserável ter atrapalhado o meu LANCHINHO!! -- Ele grita para o nada, fazendo com o que a maldição que estava nos espionando apareça.

.....

Desejos de uma Maldição (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora