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Uma ideia? Agora não era hora para uma ideia. Tínhamos que correr dali o mais rápido possível, Nobara estava sangrando, não tinha muito o que podíamos fazer. Pelo menos eu não podia fazer muita coisa, além de dirigir.

Se Sukuna se mostrasse para eles seria o fim, e eu.. ficaria do lado de quem?
Eles tinham se tornado minha família, não poderia machucá-los.
E não seria uma luta justa, mas onde tem justiça hoje em dia?

"Apenas confie"

A voz ecoa em minha mente, como um sopro quente, não era hora daquilo, agora não.

"Não faça nada..."

Sukuna — Expanção de domínio — Sinto um mar de sangue nos atingir, mas apenas isso, uma sensação, uma ilusão criada em minha mente— Fukuma Mizushi.

Obviamente fui ignorada.

Uma imensidão escura toma conta do lugar, eu sabia que ele era poderoso, mas não sabia o tamanho de sua natureza.
Não era difícil ele me deixar assustada, mas isso era diferente. Seus olhos ficaram vermelhos como sangue, uma expressão de poder pairava em seu rosto. Ele estava lindo, era excitante pensar nele daquela forma, eu poderia tê-lo agora.

"É melhor focar na estrada, se continuar me olhando assim vai acabar batendo"

Ouço novamente aquela voz, que vinha agora com um sorriso perverso.

Os carros que antes estavam na nossa cola desaparecem, a noite que antes se iluminava com a lua, agora era apenas um breu.

Gojo — Que merda foi... — Ele consegue ver agora as marcas surgindo no corpo de Itadori — Para o carro agora S/N — Ele grita para mim.

Sukuna — Não temos tempo para lutas agora — Rebate ele para os dois atrás do carro que estavam em choque — Ela vai sangrar até morrer antes de terminarmos.

Megumi — E você se importa? Era só o que me faltava.

S/N — Chegamos!

Consigo estacionar o carro na porta do hospital que estava movimentado, pessoas entrando e saindo, o cheiro de carne queimada exalava por todo ambiente.

Gojo — Alguém aqui! Precisamos de ajuda! — Grita ele para uma enfermeira que traz uma maca.

Seguro a mão de minha amiga até a entrada da porta de cirurgia, onde sou empedida de entrar.

— Aguardem aqui — Diz o médico.

......

O ar pesado daquele hospital me deixava desnorteada, eu não tinha certeza do que tinha causado aquela explosão, mas sentia que havia sido proposital.

Megumi — Como vc conseguiu tomar o corpo do Itadori tão rápido? — Pergunta ele incrédulo.

Estávamos todos sentados naquela sala de espera fria e nem um pouco aconchegante.
Hospitais eram lugares apenas de morte para mim, muitas vezes uma porta só de entrada, a maioria nunca mais saia de lá, não com vida pelo menos.

Sukuna — Ele deixou, precisava de mim — Que mentira esfarrapada, ele mantinha a calma, mesmo com todos os olhos em cima dele, não só do nosso pessoal, mas do restante que também estavam lá esperando.

Gojo — Não precisamos mais, pode voltar.

Sukuna — Qual é, tá com medo de mim? — Gojo se move para perto dele, com o punho cerrado.

S/N — Se você fizer algo com ele, vai fazer para mim também — Digo a ele para tentar acalmar a briga.

Gojo — Como disse?

S/N — Eu explico outra hora, apenas confie em mim, ele não vai fazer nada.

Megumi — Como você sabe que ele não vai fazer nada? ele já matou o Itadori uma vez sabia?

Sukuna — Águas passadas, eu estou em paz, virei um espírito de luz — Ele sorri com deboche.

Gojo — Eu estou de olho em você, e S/N, nós vamos ficar aqui um tempo ainda, pode começar... — Se aprochega numa cadeira, indicando para que eu começasse minha história.

Sukuna — Eu juntei meu sangue com o dela, e agora ela sente o que eu sinto, satisfeito?

Megumi — Você é um boneco Vudu, por acaso?

Sukuna — Tenho alguns truques guardados na manga.

A desculpa que ele deu era definitivamente melhor que a minha. Dizer que estava grávida de Sukuna seria constrangedor para ambos os lados, e conhecendo ele acreditaria mais que os outros.
E ainda teria de explicar por que fizemos sexo.

Gojo — Mas por que a S/N?

Sukuna — Ela também é uma maldição, lembra? — Eles me olham como eu fosse a culpada de todo o estrago.

Apenas bebo o café que peguei anteriormente numa daquelas máquinas expressas, um capuccino de canela na verdade, bem docinho, cremoso e quente. Quase me fazia esquecer de todo esse desastre que estava em volta.

Gojo — Isso eu sei, idiota, quero saber por que fez isso.

Sukuna — Por que eu posso, por que eu tenho o poder de destruir esse hospital em pedaços se eu quiser, por que estou preso nesse corpo xoxo e tenho que fazer algo que me lembre que eu sou um demônio.

Eu sentia veracidade em suas palavras, mas também, um pouco de cansaço em sua voz.

Gojo — Ok, olha que coisa maravilhosa, agora além de executar o Itadori, eles vão executar a S/N.

Sukuna — Vem aqui.. — Põe seu rosto perto do de Gojo — Bem pertinho, assim.

Gojo — O que você está fazendo?

Sukuna — Se você ou qualquer outro velho caquético tocar nela, não haverá feitiço no mundo que o salve de uma tortura tão dolorosa que o fará implorar pela morte. — Um sopro de ódio exala por seu corpo — Mas enfim, deixa eu experimentar esse "capuccino" aí..

Quase 50 capítulos, tramando algo especial.
Beijoquinhas :3

Desejos de uma Maldição (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora