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Só de pensar que o domingo estava acabando, e na segunda teria que encantar tudo e todos novamente, me dava um sensação de desespero.

Só queria poder ficar deitada nos braços de Sukuna, que agora estava dormindo tranquilamente a meu lado.
Disse para ele que colocaria um despertador para que voltasse ao quarto de Itadori antes do amanhecer.

Eu nem sabia que maldições conseguiam dormir....

Estava com a expressão tão serena, ainda não tinha tido a oportunidade de ve-lo daquele jeito. As últimas vezes que dormimos juntos ou estávamos de birra, brigados, ou eu estava bêbada.

Queria poder guardar esse dia num potinho, para poder ficar o revivendo.

Levanto um pouco a cabeça para poder olha-lo de cima, e dou um beijo em sua bochecha.

Sukuna -- Você parece uma psicopata me olhando assim -- Diz sonolento virando, nos fazendo ficar de conchinha.

O rosado enterra seu rosto em meu cabelo, e coloca seu braço e perna sobre mim.

Sinto como uma mamãe coala, abraçada por seu bebê que acabara de nascer.

....

Olho para o relógio e vejo que já marcam ser 2:00 da manhã.

Só faltam poucas horas para dormir...

Fecho os olhos para tentar pegar no sono, e sinto uma sensação de leveza e conforto tomar conta de mim.

Acredito que está vindo de Sukuna.

Em poucos minutos, consigo pegar no sono...

....

Ouço o despertador tocar, e percebo o rosado se levantar.

Abro um pouco olhos, o suficiente para ele não perceber que estava acordada.

Impossível não acordar, ele é todo desastrado, se bateu em quase todos os móveis.

O vejo colocar suas roupas e ir em direção a porta, mas ele para por um momento e se vira para voltar.
Ele se abaixa calmamente e beija minha testa.

Sukuna -- Até amanhã S/N.. -- Ele sai devagar, me deixando para traz.

Depois disso, meu coração acelera, calafrios começam a percorrer meu corpo e não consigo mais pegar no sono.
Só consigo pensar nele, e no que estávamos fazendo.
Se tudo aquilo era tão errado assim, se ele só estava brincando comigo, ou se iríamos continuar juntos.

Que ódio, para de noia S/N..

Como já era quase de manhã, me levanto e vou até o chuveiro tomar banho.
Faço minha higiene pessoal, e coloco meu uniforme.
Afinal, era segunda, precisava voltar a minha rotina normal.

Depois de terminar de me arrumar, olho pela janela e vejo o sol começar a aparecer.

Tão lindo, pena que eu odeio segunda..

Saio do quarto e ainda estava tudo escuro, apenas com a luz fraca do sol que entrava pelas janelas.

Escuto passos vindo atrás de mim, me viro para ver quem é, mas não havia ninguém.

Que estranho..

Me viro novamente para frente e me assunto com Sensei parado me encarando.

Gojo -- Bom dia, senhorita fugitiva -- Fala colocando as mãos na cabeça.

S/N -- Olá.. -- Digo corando envergonhada.

Gojo -- Quer ir tomar um café ? -- Ele pergunta já caminhando para a saída da escola.

S/N -- Si.. Sim. -- Acelero meus passos para poder acompanha-lo.

Gojo -- Então.. -- Começa a falar -- Como está Itadori?

Sinto um calafrio, que me faz arrepiar. Nobara havia dito para ele que eu e Itadori tínhamos saído juntos.

S/N -- Está bem, eu acho -- Tenho que inventar algo muito bom agora -- Ele estava meio bêbado então o trouxe para cá, provavelmente dormiu o dia inteiro ontem.

Gojo -- Entendo, imagino que ele não seja muito de beber -- Coloca seu braço em cima de meu ombro e continuamos a caminhar.

Saímos das dependências da escola e chegamos na cafeteria.

S/N -- Ainda não está muito cedo para estar aberta? -- Pergunto curiosa.

Gojo -- Já são 6:30, as pessoas mais velhas costumam tomar café a essa hora.

S/N -- Está me chamando de velha?

Gojo -- Pela hora que você acordou.. -- Ele gargalha.

S/N -- Que desgraça.. -- Percebo estar falando com meu Sensei e fico calada.

Gojo -- Não precisa ter medo de mim S/N -- Ele se aproxima e sussurra em meu ouvido -- Eu ainda posso ser mais do que apenas seu Sensei.

Suas palavras me fazem corar novamente.

Não ser apenas meu Sensei? O que isso significa.

S/N -- Vamos pedir? -- Tento mudar de assunto entrando no estabelecimento.

Gojo -- Você primeiro -- Diz me deixando passar em sua frente.

Faço meu pedido para a atendente e procuro uma mesa para sentar.

Gojo -- O que você pediu? -- Pergunta se sentando na mesa junto a mim.

S/N -- Bolo de chocolate -- Estava com vontade a um tempo.

Gojo -- Bolo assim tão cedo?

S/N -- E o que você pediu? -- Reviro os olhos ignorando seu comentário.

Gojo -- Um Milk Shake de Baunilha.

S/N -- Eles vendem isso aqui? -- Pergunto incrédula.

Gojo -- Sim, tá no cardápio -- Ele sorri colocando suas mãos na cabeça.

S/N -- Depois eu que sou a esquisita por pedir bolo.

Amo bolinho..

Adorava aquela sensação antes da comida chegar, com certeza comer era um dos top 10 das melhores coisas do mundo.

Nosso pedido chega e pego a talher para dar a primeira garfada.

Assim que coloco o pedaço na boca, sinto meu estômago se embrulhar. Corro para o banheiro antes que vomite no prato.

Só deu tempo de chegar até a privada, me ajoelho rapidamente e começo a vomitar o resto de bebida que ainda estava dentro de mim.

Gojo -- S/N, você está bem? -- O Sensei surge atrás de mim, como cara de assustado.

S/N -- Esse é o banheiro feminino -- Digo levantando e indo até a pia para me lavar.

Gojo -- Você não respondeu minha pergunta.

S/N -- Estou sim, provavelmente minha pressão baixou -- Digo o arrastando para fora -- Não comi nada ontem.

Gojo -- Você passou o dia sem comer? -- Diz irritado -- Vou ter que começar a te vigiar então -- Ele me imprensa contra a parede, coloca seus braços por cima de minha cabeça e fala baixinho em meu ouvido.

O albino me encara, fazendo com que ficassemos a centímetros um do outro.

S/N -- Sensei?

Gojo -- Diga -- Responde sem tirar os olhos de mim.

S/N -- Estão nos olhando.. -- Falo apontando para as pessoas da cafeteria.

Ele se toca e se afasta rapidamente.

Gojo -- Venha, vou pegar algo salgado para você comer.

O Sensei segura minha mão e me leva novamente para a mesa.

.....

Oiê
Completamente na dúvida se faço um romance, ou se faço ela piranhona KSKSJSJS.

Desejos de uma Maldição (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora