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Talvez eu fosse morrer naquele momento, mas não estava mais aguentando toda aquela pressão absurda.

S/N—Escuta aqui seu merda – Digo ao chocar meu punho em seu rosto – Desfaça agora! – Junto sua carcaça jogada no chão.

Havia uma luz vermelha saindo de meu pulso, como se estivesse tomado de energia, uma energia obscura que não lembrava de já ter sentido. Uma pulsação quente correndo minhas veias, eu não poderia parar agora, tinha que continuar.

Aquela sensação de sede por morte volta novamente, e um formigamento quente começa em meu pescoço. Como se estivessem formiguinha passeando em meu dorso.

-- Mas q... – Gojo entra no quarto trancando a porta logo em seguida ao me ver segurando o homem pelo colarinho. – S/N larga ele.

Meus ouvidos entendem o que ele falava, mas não conseguia solta-lo. Minha pele começa a arder em pontos específicos e minhas unhas se transformaram em garras escuras.

Mahito -- O que está acontecendo? —Murmura Mahito, mas a única coisa que consigo fazer é aperta-lo com mais força.

Gojo – Deixa que eu cuido disso – Suplica ele.

S/N – Saia daqui – Grito para ele. — Minha voz parecia mais um barulho vindo de fora.

"Não deixa isso tomar conta" – Ouço Sukuna sussurrar em minha mente.

"Porra"

Meus instintos estavam aguçados, minha pupila dilatada, parecia que estava drogada. Uma verdadeira alucinação da realidade, conseguia ver minha pele sangrando. Não sabia distinguir o que era real ou não.

"Não me diga o que devo fazer" — Mesmo não sabendo no que podia acreditar, o ódio era real, a dor era real, eu estava me transformando em algo que jamais poderia imaginar.

Minhas garras de afundam no pescoço de Mahito, e sangrava pela boca. Seus olhos saltados exalavam alegria, o que não condizia com a situação.

Então, algo nos lança para um lugar escuro, cercado de rochas e pedregulhos. Eu estava em algo parecido com o inferno.

—Se você quiser matá-lo, faça agora — A voz de sukuna não estava mais apenas em minha mente, mas a podia ouvir bem perto de mim.
Mesmo naquele lugar estranho, ainda conseguir ver levemente a imagem dos que estavam naquele quarto, mas eles estavam imóveis.
Como se tudo tivesse congelado der repente, as batidas do meu coração que estavam aceleradas agora pareciam penas caindo. O rosto de de Mahito ainda expressava leveza, não era bem isso o que eu esperava, mas se ele não se importa de morrer sorrindo, então tudo bem.

Paro por alguns segundos, não estava racional naquele momento, não queria estar.

Um leve peso recosta em meu ombro e sussura.

Sukuna -- Eu te ensino -- Ele sobrepõe a minha mão que segurava o pescoço daquele crápula. -- Agora aperte mais forte -- Sua mão forte afunda minhas garras na pele de Mahito, o fazendo sangrar.

-- S/N -- Você não deveria tentar me impedir? -- Sukuna retira uma mecha caída em meu rosto, seu olhar penetrado em mim conseguia me causar os mais estranhos calafrios.

--Sukuna -- Sim, mas não posso deixar você inibir ainda mais seu lado maldição -- Eu havia até me esquecido que não era totalmente humana, na verdade eu acho que agora era muito mais maldição do que qualquer outra coisa.

--S/N -- Você é uma péssima influencia, sabia? -- Digo a ele com um sorriso leve no rosto.

--Sukuna -- Acho que não é a primeira vez que você diz isso, ainda bem que considero isso um elogio.

-- Mahito -- Vocês podem parar de namorar, por favor? -- Ele resmunga, parecia mais um apelo para que terminasse logo.

-- Sukuna -- Aperte bem aqui -- Ele afunda sua garra na jugular de mahito que geme de dor -- Eu estou com força o suficiente para controlar meu domínio agora, ele não vai poder se regenerar. -- Sukuna usa seu outro braço para segurar minha cintura. -- Respire fundo e coloque toda sua energia amaldiçoada no braço

-- S/N -- Eu não sei se tenho força o suficiente para fazer isso -- Um medo repentino toma conta de mim.

-- Sukuna -- Você tem mais poder do que imagina -- Tento tomar uma coragem que não estou acostumada a ter.

Sinto leves pontadas nos dedos, as marcas escuras em minha pele estavam mais fortes, eu sabia o que aquilo significava. Pela primeira vez tinha controle sobre o que estava fazendo. Não precisava me cortar ou me por em risco. Tinha energia suficiente para fazer o que quizesse.

Não pude deixar de sentir orgulho quando vi sua cabeça explodir em minhas mãos. Era uma sensação de poder inexplicável, quase sufocante. Não conseguia pensar em absolutamente nada naquele momento, meus ouvidos zumbiam em excitação constante.

-- Sukuna -- Você está mais parecida comigo agora -- Ainda estava imóvel, mas ele me pega em seus braços, aconchegando minha cabeça em seu peito -- Estou orgulhoso.

-- S/N -- Sente orgulho de eu ter me tornado uma assassina? -- Pergunto ironica.

-- Sukuna -- Você não matou um ser humano -- ELe me solta por alguns segundo para poder me olhar -- Você fez um favor para o mundo.

-- S/N -- Um favor?

-- Sukuna -- Sim, ele era muito chato.

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⏰ Última atualização: Feb 07 ⏰

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Desejos de uma Maldição (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora