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O primeiro beijo com ele, lento e profundo entre nossos gemidos abafados, nossas línguas se entrelaçavam quente e molhadas. Ao mordiscar meu lábio inferior, percebi sua satisfação ao ouvir o som de minha excitação dolorosa.

Suas mãos dançavam calorosamente em minha costas, unindo ainda mais nossos corpos ainda no ritmo daquele lugar quente.

Estava saindo de meu controle, o toque gelado da pia suja no qual estava sendo pressionada me fez acordar para realidade.

—Uou.. o que tá acontecendo aqui? — Ouço a voz familiar de Nobara ao meu lado.

Estávamos no banheiro daquele lugar, realmente deplorável.

Gojo — Você está atrapalhando — Minhas pernas estavam engatadas em sua cintura enquanto seu corpo me empurrava cada vez mais fundo.

S/N — Você quer? — Pergunto a ela.

Sensei consegue soltar minhas coxas por um momento,  e desliza seus dedos delicadamente ao rosto de minha amiga.

Nobara — O que você está?.... — ela me olha confusa, esperando que lhe desse uma resposta concreta.

S/N — Apenas Xiiii....

Ele a beija em minha frente, e a coloca entre minhas pernas, sinto nossos corpos de entrelaçando numa dança estranha.
Seguro seu cabelo e dou leves mordiscaras em seu pescoço.

Estava tudo bem, tudo seguia de acordo com o plano, e então.... uma sensação, uma leve ponta em meu coração, algo me dizendo para sair correndo imediatamente.

"Que merda, não é a hora de surtar"

S/N — Gente... preciso sair um pouco — Os empurro para o lado e começo a caminhar em direção ao nada— Podem continuar, volto logo — Digo aos dois que continuavam a se beijar.

"A saída, preciso encontrar a saída"

Algo me sufocava, uma emoção que vinha lá de dentro, de um lugar muito bem guardado, talvez pior do que apenas uma pontada em meu coração.

A dança, as mulheres, o sorriso nojento dos homem que babavam ao olhar para elas, tudo estava caindo rápido demais.

Ao sair daquele lugar, encontro um estacionamento vazio, não havia uma luz, um conforto, nada...
Me sento no chão frio, ali mesmo onde os drogados costumam dormir.

"O que eu estou fazendo?"
" E só respirar, respira, você sabe fazer isso"

Uma gota de suor frio descia em meu pescoço, percebendo ali, sozinha, não havia superado tudo o que passará anteriormente.
Havia chorado muito pouco, sentido muito pouco, frágil e cedo demais para beijar ou me envolver com alguém novamente.

S/N — Que droga você está fazendo? — Digo a mim mesma, percebendo o tom de resolva que exaltava.

— S/N? — Alguém senta ao meu lado, e como num passa de mágica, consigo respirar novamente.

S/N — Itadori? — O rosado parecia bem, um pouco embriagado talvez, mas havia um ar de ser realmente ele — Que bom que está aqui.

Itadori — Você está bem? — Seu rosto preocupado me fazia lembrar que não podia demonstrar qualquer sentimento ali, mesmo precisando desesperadamente de um abraço quente.

S/N — Sim, só está um pouco abafado lá dentro — Minto despretensiosamente.

Itadori — Esses lugares passam uma vibe muito pesada não acha? — Sua voz parecia tentar me conversar de que compreendia minha situação.

S/N — Realmente, sinto pena dessas garotas que não tiverem muitas oportunidades na vida — Digo distraída com a neblina que surgia — Mas e você, conseguiu aproveitar a noite?

Itadori — Até que sim, Megumi subiu numa barra e começou a dançar com uma stripper.

S/N — Eu não acredito, me diga que você gravou isso. — Dou um soco leve em seu ombro.

Itadori — É óbvio.. eu não sou amador — Pega seu celular do bolso e coloca um vídeo para vermos.

S/N —Meu deus! nunca mais vou conseguir olhar pra ele da mesma formar -- Minha gargalhada escandalosa ecoa pelo local vazio

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S/N —Meu deus! nunca mais vou conseguir olhar pra ele da mesma formar -- Minha gargalhada escandalosa ecoa pelo local vazio.

Itadori -- Eu sei, isso tá muito bom -- ele sorri.

S/N-- Tirando essa dança super sensual do Megumi, o que mais você fez essa noite? -- Minha pergunta tendenciosa o fez corar.

Itadori -- Você me viu beijando a moça? -- Não conseguia esconder seu entusiasmo -- Ela era a cara da jennifer lawrence.

S/N -- Seu cara de pau -- Estava verdadeiramente feliz por ele estar se divertindo.

Ficamos alguns segundos em silêncio aproveitando o ar que ficava cada vez mais gelado.

Itadori -- Toma..-- Me alcança seu casaco -- O que você acha da gente ir comer alguma coisa? -- Se levanda e estica sua perna -- Me travei todo, Vamos?

S/N -- Eu macetava com Gyoza agora.

Itadori -- Nossa, sim... -- Ele estende seu braço para que possa segura-lo.

S/N — O que pretende fazer? — Caminhávamos em direção a qualquer lugar que estivesse aberto aquela hora da madrugada.

Itadori — Quando?

S/N — Quando isso terminar, digo, você vai querer ser um feiticeiro pra sempre?

Seus olhos param em mim por um segundo, e sua respiração fica afoita.

Itadori — Eu vou morrer né! — Diz ele com um tom que não sabia descrever se ela de normalidade ou tristeza.

S/N — Eu não vou deixar te matarem, o verme que tá aí em você vai ter que sair de um jeito de ou de outro.

Itadori — Está tudo bem, eu só quero aproveitar os dias agora, ficar forte e curtir um pouco.

S/N — Curtir você já começou mesmo — Digo insinuando seu beijo com a Jenifer do Paraguai.

Itadori — Engraçada você né, se bem que, ela me deu o número.

S/N — Itadori pegador — Sorrio ao deitar minha cabeça em seu ombro.

Ficamos mais um pouco em silêncio, o frio e neblina estavam gradativamente aumentando, não conseguia ouvir o som de nada, estava tudo completamente vazio e estranho....

Estranho demais... a não, merda.

S/N — Sai daí!!! — Grito ao céu — Eu sei que você está aí. — Esse não é o Sukuna.

Não houve resposta, nem sequer uma risada.

Itadori — Com quem você tá falando? — Diz o rosado surpreso com minha reação inesperada.

S/N — Nada, é melhor irmos.. — Pego sua mão e o arrasto dali.

" Agora não é a hora, eu não tenho condição pra ingerir nenhum dedo agora"

A merda...

Desejos de uma Maldição (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora