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Estava um pouco enjoada ainda, mas melhorando.
O albino passou pelo balcão novamente e me trouxe um sanduíche de queijo.

Gojo -- Tome -- Ele me entrega o lanche e se senta em minha frente.

S/N -- Obrigada.

Gojo -- Precisamos conversar -- Fala tranquilamente enquanto toma seu Milk Shake.

S/N -- Sobre o que? -- Pergunto confusa.

Gojo -- Você lembra do Nanami certo?

S/N -- Sim, por que?

Gojo -- Então, contei a ele sobre sua situação -- Para por um momento e me encara -- E acreditamos que os diretores vão tentar mata-la.

Sua expressão era de tranquilidade, como se aquilo fosse algo comum para ele.

S/N -- Como assim me matar? -- Falo me engasgando com um pedaço do sanduíche -- O que eu fiz?

Meu coração começa a acelerar com a possibilidade de terem descoberto sobre minha relação com o Sukuna.

Gojo -- Você não fez nada -- Diz olhando fixamente para mim -- É apenas sobre o que você é, e o que você representa.

S/N -- Então eles querer me matar apenas por eu ter nascido?

Gojo -- Você é filha de uma maldição S/N, eles não tem controle sobre você -- Me responde sério -- Você significa basicamente tudo de "Ruim" em um ser humano -- Faz um sinal de aspas com as mãos.

S/N -- Ah, que legal, muito bom saber disso -- Tomo um gole de água que o Sensei também havia pego.

Gojo -- Mas não estou preocupado -- Ele se escora na parede.

S/N -- Não?

Gojo -- Você se garante, além de que -- Ele se aproxima e retira uma mecha de cabelo que estava em meu rosto -- Não vou deixar que nada de ruim aconteça.

S/N -- Obrigada, eu acho -- Fico sem reação com a sua aproximação.

Gojo -- Isso fica só entre nós, tudo bem?

Faço um sinal de confirmação com a cabeça.

Ele se afasta e se ajeita na cadeira novamente.

Gojo -- Agora, o mais importante -- Diz com confiança.

S/N -- Tem mais?

O que poderia ser mais chocante do que saber que estão tentando me matar?

Gojo -- Sim, você vai sair comigo essa noite -- Ele sorri malicioso.

O que eu respondo?
O que eu respondo?

Não poderia mesmo se quisesse, tenho um encontro marcado com Sukuna.

S/N -- Eee.. Hoje eu não consigo sair.. por que.. -- Minha boca começa a ficar seca, não consigo pensar em nada que possa usar como desculpa.

Gojo -- Por que? -- Retira sua venda e me encara fixamente com aqueles olhos azuis lindos.

S/N -- Coisas de mulher, podemos ir amanhã -- Digo com um sorriso no rosto, tentando ser o mais simpática possível.

Gojo -- Claro, vou pegar você as 20:00 -- Ele se levanta -- Não esqueça que você volta a treinar hoje, não se atrase -- Sai caminhando em direção a saída e some do local.

Desgraçado me deixou sozinha..

...

Termino de comer e pago a conta, saio da cafeteria e decido dar uma volta na praça para conseguir pensar um pouco no que deveria fazer.
Ainda era cedo, tinha algum tempo antes da aula começar.

As vezes só existir por si só já é complicado..

Agora, mas do que nunca, teria que ficar de olhos bem abertos em tudo, poderiam tentar me atacar a qualquer momento.

Sento num banco ao lado de uma árvore que estava começando a ficar florida novamente.

A primavera está começando.

Sorrio com o pensamento de que poderia trazer o Sukuna para dar uma volta aqui essa noite.

Como faria isso?

Tenho primeiramente que pensar no que faríamos.

Ele é tão chato para tantas coisas.

Fico perdida em meus pensamentos, quando escuto uma voz conhecida vindo em minha direção.

--S/N?

Viro para traz, tentando reconhecer a voz que acabara de ouvir.

S/N -- Mãe?

O que ela está fazendo aqui?

Mãe -- Oi minha flor, estava com saudade -- Ela diz sentando a meu lado e me dando um abraço apertado.

S/N -- Eu também mãe.. o que você está fazendo aqui? -- Pergunto me soltando de seus braços.

Mãe -- Fui convidada pela escola para ajudar na avaliação de uma gincana que terá na semana que vem.

S/N -- Gincana? -- Digo confusa -- Não estou sabendo de nada.

Mãe -- Acredito que irão comunica-los hoje.

Estranho, uma gincana assim do nada..
Preciso falar com o Sensei depois.

S/N -- Que bom que está aqui -- Digo com sinceridade, afinal ela era minha mãe -- Preciso ir para escola, meu treino começa logo.

Mãe -- Claro, você precisa ir -- Ela me abraça novamente -- Vou ficar em um hotel aqui perto, amanhã você me encontra para tomarmos café juntas.

S/N -- Tá bom -- Digo me afastando -- Qualquer coisa te ligo.

Mãe -- Se cuida, amo você! -- Fala sorrindo em minha direção.

S/N -- Eu também..

Fazia algum tempo que não tinha uma conversa tranquila assim com ela.

Acho que ter saído de casa fez bem para nós duas.

Ela parece tão...
Diferente.

....

Vou caminhando até a entrada do colégio, onde dou de cara com Itadori.

Itadori -- Oiê S/N -- Diz se aproximando.

S/N -- Olá -- Aceno para ele com a cabeça

Itadori -- É.. queria pedir desculpa por aquela noite -- Ele coloca sua mão na cabeça com vergonha -- Eu não lembro de nada, na verdade, não lembro nem de ter bebido.

Droga S/N, você é uma pessoa horrível..

S/N -- Está tudo bem, isso acontece com todo mundo -- Digo tentando aliviar a situação.

Itadori -- Mesmo assim, levei um esporro do Megumi por ter socado ele.

S/N -- Ah, tenho certeza de que ele entende.

Itadori -- E você? Como está? -- Pergunta com as bochechas rosadas.

S/N -- Eu estou bem -- Falo indo em direção ao campo de treinamento -- Vamo?

Itadori -- Vamos..

Ele me segue até que chegamos onde estavam os outros.

E vamos lá começar tudo de novo...

.....

Desejos de uma Maldição (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora