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Mesmo tendo certeza de meus sentimentos, não poderia acreditar que ele poderia sentir a mesma coisa, e afinal o que estávamos fazendo?
Aquilo estava me deixando inquieta..
....

Deitado naquela cama de motel, com minha cabeça sob seu peito, sinto a necessidade de perguntar algo que talvez não devesse.

S/N -- Sukuna? -- Ele para o cafuné que estava fazendo e encosta sua cabeça na minha.

Sukuna -- Sim?

Meu coração pulsava em desespero por aquela pergunta idiota.

S/N -- O que nós somos? -- Ele se levanta um pouco e encosta o cotovelo na cama, ficando de frente para mim.

Sukuna -- Em qual sentido?

S/N -- Digo.. Nós somos amantes, namorados...? -- O olho de canto e vejo sua expressão tranquila.

Como ele consegui ficar tão calmo assim, começo a ficar irritada...

Sukuna -- O que você quer que sejamos? -- Solta um de seus sorrisinhos bestas.

S/N -- Eu quero que você me diga o que somos.. -- Solto indignada.

Ele fica em silêncio, o rosado parecia estar pensando numa solução...

Sukuna -- S/N? ...

S/N -- Oi? -- Viro minha cabeça em sua direção.

Sukuna -- Eu não posso dizer o que somos, eu não conheço as relações humanas, mesmo estando no corpo de um agora, ainda sou uma maldição -- Ele se senta na cama.

Aquele breve resposta fez meu coração quebrar em pedacinhos, totalmente incompreensível.
Não sei o que fazer agora, devo ir embora?

S/N -- Tudo bem, eu compreendo... -- Digo me levantando para colocar uma camisa e o levar para o colégio.

Sukuna -- O que está fazendo? -- Pergunta confuso.

S/N -- Acho que já está na hora de voltarmos.

Sukuna -- Espera S/N! -- Ele me puxa para seu colo -- Eu não compreender o que temos, não significa que não queira ficar com você.

S/N -- Você quer?

Sukuna -- Sim, eu só não sei o que fazer em relação a isso -- Diz com um chateado -- Eu estou preso a um garoto chechelento que não gosta de banhos, você acredita que as vezes eu tenho que possuir ele só pra tomar um banho?

Rio de sua total falta de concentração e o beijo.

S/N -- Eu também quero ficar com você -- Ele sorri, um sorriso bobo que me faz arrepiar.

Nota:
("A como é bom poder te amar"Espero que conheçam essa música.)

Sukuna -- Então vamos... -- Ele se levanta, comigo ainda no colo e me leva em direção a porta como se eu fosse um saco de batata.

S/N -- Para onde? -- Digo me debatendo em seu colo.

Sukuna -- Não sei, pra longe daqui, qualquer lugar onde não existam esses malditos feiticeiros Jujutsu.

O olho incrédula, ele estava mesmo querendo partir, e comigo, ele queria ir comigo.

S/N -- Eu amo essa ideia, mas não podemos simplesmente ir. -- Ele me solta e me encara.

Sukuna -- Por que não? Podemos morar numa cabana e comer quantos hambúrguer quisermos.

S/N -- Você iria ficar tão rechonchudinho -- Encosto minha testa na dele e sorrio com a ideia de engorda-lo.

Sukuna -- Por que não podemos S/N? -- Fala baixinho.

S/N -- Por que você ainda não está 100% aqui.

Sukuna -- Eu sei ....

S/N -- Está tudo bem, a gente pode resolver isso. -- Me afasto um pouco para poder o encarar.

Sukuna -- Resolver o que?

S/N -- Você voltar a seu corpo original besta.

Sukuna -- Como? -- Pergunta fazendo uma careta confusa.

S/N -- Pra conseguir recuperar toda sua energia e possuir o Itadori completamente você precisa de todos os seus dedos certo?

Sukuna -- Sim...

S/N -- E quantos já foram?

Sukuna -- Não lembro, perdi a conta no primeiro.

S/N -- E se eu comesse seus dedos?

Sukuna -- O que? Você vai acabar morrendo! -- Seu tom era de preocupação.

S/N -- Eu não vou morrer -- Digo cruzando os braços.

Sukuna -- Você não sabe!

S/N -- Sei, e eu não vou, também sou uma maldição esqueceu.

Sukuna -- Mesmo assim S/N, é perigoso demais... E se você explodir e virar um monte de farofinha? -- O Rosado se levanta e caminha até mim.

S/N -- Desde quando você sabe o que é farofa?

Sukuna -- Não muda de assunto -- Me olha bravo -- E eu sei pesquisar as coisas no Google sabia.

S/N -- Eu não vou virar uma farofinha, se comer os dedos, eu vou tá comendo sua energia, eu poderia conseguir canalizar e te trazer de volta em sua forma original, eu poderia te libertar.

Sukuna -- Eu sei, poderia funcionar, mas não vale a pena o risco -- Ele me abraça e sussurra em meu ouvido -- Não vale o risco de te perder.

Meu coração pulsa intensamente, aquele sensação jamais sentida, uma mistura de nervosismo e empolgação. Eu o beijo apaixonada, e ele retribui com um toque quente e caloroso.

Ele merecia aquele risco.

Desejos de uma Maldição (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora