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Itadori -- S/N?

S/N -- Diga.

Itadori -- Tem um maluco chamando você ali, quer que eu dê um susto nele?

Um pequeno vislumbre do que poderia ser passa em minha mente, mas logo se dissipa com a imagem do homem que estava em pé escorando num poste. Um tom de superioridade, quase como se dissesse em alto e bom som: Eu estou aqui!
Suas mãos pálidas pareciam brincar com uma moeda prateada, que rolava de um lado para o outro, entre os ossinhos de seus dedos. Sua aparência, como sempre, misteriosa.
Mahito conseguia deixar sua essência em qualquer lugar.

S/N -- Fique aqui, eu já volto -- Digo a meu amigo assustado, conseguindo me soltar de seu braço rapidamente. Sentindo um leve protesto de sua parte.

Me aproximo, mesmo com nossa promessa de aliança, as últimas experiências que tivera com maldições, não foram as mais agradáveis, ainda mais se tratando de um relacionamento tão conturbado quando o nosso.
Tentando desesperadamente não parecer medrosa como costumava ser, sinto seus olhos me fitando com ar de orgulho. Eu era sua ovelhinha pronta para um abate, sem medo da forma como iria ser o sacrifício.

Mahito -- Que saudade meu amor -- Suas palavras, tão belas, me causavam arrepios por toda espinha.

S/N -- Me da logo o bagulho... -- Estendo minha mão para que pegar minha encomenda.

Mahito -- Eu não vim aqui vender drogas -- Seu rosto de abre num sorriso sombrio -- Só de olhar para aquele animalzinho ali, tão fraco quando uma galinha depenada — Aponta para Itadori — Consigo imaginar a dor de Sukuna. Ter que viver todos os dias preso naquilo... eu já teria me matado.

Apenas Ignoro sua observação maldosa

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Apenas Ignoro sua observação maldosa.

S/N -- Eu vou engolir, ficar doidona e querer morrer, então eu acho que é uma droga -- Sou surpreendida suas mãos segurando meu braço, não com força, mas com uma delicadeza inesperada.

Seu olhar penetrante, como se me conhecesse a tempos, seu cheiro cítrico, com uma pitada de álcool, como uma bebida muito forte de laranja, e seu físico forte. Eram o combo perfeito de alguém por quem eu poderia me apaixonar, se as circunstâncias fossem diferentes.

Mahito -- Se você acha que vai conseguir fugir

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Mahito -- Se você acha que vai conseguir fugir.... eu sinto muito, agora você está presa a mim-- Seus olhos saltam de um sorriso levemente assustador para um completamente trevoso.

S/N -- E eu tenho como?

Se movia com leveza, como se tudo não passa-se de um encontro entre velhos conhecidos.

Mahito— Aqui — Ao me entregar, sinto um leve toque em meu ombro.

—S/N.. quem é seu amigo? — Me viro rapidamente e vejo Gojo, emanando uma energia que jamais sentira, com os punhos cerrados e com uma raiva transparente.

Mahito — Não te interessa — Volta sua atenção para mim — Eu vou indo — Seus dedos gélidos deslizam em minha bochecha, e quando fecho meus olhos, apenas sinto um vento em minha nuca.

Ele havia desaparecido, tão rapidamente quanto havia chegado.

Gojo — Está fazendo negócio com maldições agora? — Pergunta inconformado em minha direção.

S/N — Não é nada — Disfarço casualmente tentando esconder o receptáculo. Não tinha bolso, e nem calcinha, apenas o deixei suspenso entre minhas pernas.

Gojo — Você sabe que nosso trabalho é exorcizar eles, não sabe?

S/N — Olha, eu não sou burra ok? Eu entendo o que estamos fazendo aqui, eu só preciso sair um pouco desse mundo as vezes, eu estou cansada, nada nunca colabora— Meu olhos se enchem de lágrimas, como um bebê chorão que acabou de levar umas palmadas por não querer recolher os brinquedos da sala.
Coroo para Gojo , que me recebe em seu colo.

"É necessário um drama as vezes para esconder as situações complicadas"

Gojo — Calma, não precisa surtar, eu só fiquei preocupado— seu toque quente não trazia o conforto necessário, mas era com quem eu podia contar no momento. — Itadori me ajuda aqui por favor?

O albino passa seus olhos pelo estacionamento vazio e escuro novamente. Seu coração, que costuma estar quase sempre parado começa a saltitar rapidamente.

Gojo - Itadori?? — Me solta por alguns minutos enquanto procura nos arbustos por ali — Onde ele se meteu agora? Volta sua atenção para mim — Vocês só me metem em confusão.

S/N — Pra onde ele pode ter ido? — Algo em mim já tinha as respostas que precisava, mas não podia demostrar isso a meu Sensei.

Gojo — Vou ver se ele não voltou para a boate, e você fica aqui caso ele volte.

S/N — Está bem, vou procurar aqui em volta.

O brilho de um único poste naquele estacionamento deixava tudo mais assustador.
Sentia que ele estava perto, podia sentir aquela chama, aquela chama que aparecia sempre que ele estava por perto. Um sensação ardente que começava em meu estômago e subia a minha cabeça toda vez que nós nos encontrávamos.

Na verdade não o Itadori, eu o amava, obviamente, umas das únicas pessoas que me importava naquele lugar, mas aquela sensação não era dele, era daquele que agora era meu inimigo natural... Sukuna.

Desejos de uma Maldição (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora