Capítulo 9: "A porra da máfia britânica"

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Neil não sentia nenhuma vontade de voltar para dentro, então continuou sentando no meio fio por muito tempo até seu celular vibrar.

Ichirou
Cadê você?

Neil
do lado de fora
esperando alguém me dizer que vamos embora

Ichirou
Chame o motorista.
Estou louco para sair daqui.

Neil
claro

Cinco minutos mais tarde, estavam de volta na Limousine voltando diretamente para Nova York, já que Neil e Ichirou tinham compromissos daqui a algumas horas. Kira reclamava sobre não ter tido tempo o suficiente para se divertir e botar a conversa em dia com antigos amigos.

-Você era a única se divertindo naquele lugar, Kira-Ichirou disse distraidamente, enquanto digitava no celular.

Neil se encontrava deitado no banco na frente deles, encarando o teto.

-Vocês nem tentaram. Conheço vocês dois a dois anos e nunca os vi se divertindo, sempre trabalhando. Isso faz mal a saúde-reclamou Kira.

Neil bocejou, mas sabia que não seria capaz de dormir naquele dia, não estava ansioso para os pesadelos que teria assim que fechasse os olhos.

-Os negócios nunca param, querida, você já deveria saber disso a muito tempo-disse Ichirou.

Ichirou cuidava da parte diplomática e da papelada, ele era muito bom nisso, Neil (que não tinha cabeça nem paciência para isso), cuidava de toda parte que envolvia assassinatos e armas e tinha sua própria equipe, então podia conseguir muito tempo livre. Já Ichirou não gostava de outras pessoas fazendo coisas para ele, então passava a maior parte do tempo trabalhando, o que arrancava diversas reclamações de Kira.

Kira resmungou algo.

-O que? Você está cansada da vida caseira? Se quiser eu posso de dar um emprego como secretaria. A gente pode brincar de CEO e secretaria.

-Vá se foder, Ichirou. Vou jogar você para fora desse carro se continuar me irritando.

-Com o que você está irritada agora, mulher?

Então começaram uma discussões sem sentido em japonês, Neil fechou os olhos e suspirou. Seu celular vibrava incessantemente no bolso. No identificador de chamada está escrito Devan. Neil se sentiu irritado antes de atender, ele sabia que aquela chamada significava problema. Ele se sentou e atendeu a maldita ligação.

-Chefe, eu sei que você disse que absolutamente não queria ser incomodado hoje...

-Diga logo-Neil o cortou. Kira e Ichirou interromperam sua discussão para olhar para ele.

Devan era um hacker extremamente habilidoso, Neil o encontrou quase morto depois de ter sido espancando por polícias 4 anos atrás, ele havia invadido o sistema da polícia e limpado a ficha de alguns criminosos da área por dinheiro, mas foi descoberto. Neil o salvou da morte e Devan lhe concedeu uma lealdade cega.

-Estavamos aqui no galpão, Lira, Hanna, Dan e eu, quando a porra da máfia britânica simplesmente apareceu.

-E como você sabe que são eles?

-Bem, ele não disse que era da máfia, mas disse seu nome, eu estou por dentro dos arquivos da polícia, e não só dos Estados Unidos. Hatford, chefe, são uma família britânica criminosa, gente da pesada e ele se recusa a sair daqui até que se encontre com você.

A respiração de Neil engatou, ele olhou para Ichirou, que mantinha uma expressão seria e estava concentrado em Neil.

-Você disse Hatford?

Ichirou ergueu as sombrancelhas demonstrando o único indício de sua surpresa.

-Sim-Devan respondeu, e então abaixou a voz:-Três loiros absurdamente iguais, um mais velho que os outros. O que eu devo fazer? Servir um cházinho batizado ou pedir educadamente que vão embora?

-Não estou em Nova York, devo levar umas 11 horas para chegar aí. Diga que vou encontrá-los amanhã as 20:00 no restaurante de sempre.

-Beleza, chefe, mas o que eu faço se eles não quiserem ir embora?

-Se vira, não é pra isso que eu te pago?

Assim que Neil desligou o celular, Ichirou indagou:

-O que eles querem?

Nei apoiou a cabeça no encosto do banco.

-Não tenho ideia. Mas estou mais interessado em saber por que vieram só agora.

-Quem são os Hatford?-Kira perguntou.

-Parentes do Neil-Ichirou respondeu em um tom sarcástico.

Neil bufou.

-A família materna. Não sei muito sobre eles.

-Espera, a família da sua mãe também é do crime? Caramba Neil, dessa não tinha como você escapar.

Neil soltou uma risada seca:-Diga isso ao seu filho.

-Eu não venho de uma família criminosa, meus pais eram gente normal. Quero dizer, meu pai dizia que o pai dele era da Yakuza, mas acho que é mentira.

-Como você planeja se encontrar com eles?-Ichirou perguntou a Neil.

-Vamos a um restaurante chique botar a conversa em dia.

-E o que mais?

-Nada, só vamos ver como essa conversa vai terminar. Ver de que lado eles estão e qual a utilidade deles. Acho que vai ser uma conversa interessante.

-Sabe que vai ter que me contar toda a conversa depois, não sabe?

Neil revirou os olhos.

-Claro que sei, mestre.

-As vezes você parece se esquecer
disso.

Neil piscou inocentemente para Ichirou, as vezes ele realmente se esquecia de reportar uma coisa ou outra para ele, mas eram coisas pequenas e inúteis, na maioria das vezes.

-Não tenho ideia do que você está falando, Ichi.

Ichirou bufou, mas não disse mais nada.

Acabei de olhar do Google maps e percebi que Culumbia (na Carolina do Sul) fica a tipo, umas 11 horas (de carro) de Nova Iorque.
Por favor ignorem minha geografia de merda e vamos fingir que é super perto e da pra ir de carro como se fosse ali na esquina.

Guns, rackets and foxesOnde histórias criam vida. Descubra agora