Capítulo 22: Downtown

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Oiii. Vou soltar um capítulo hoje novamente só pq eu to muito feliz por ter encontrado uma fanart do Neil yakuza com tatuagens que eu tava procurando a SÉCULOS.

Se alguém quiser ver é so ir no instagram de ohkitzinger.

Downtown referia-se a uma longa rua de lojas fora do campus, onde Neil tinha comprado suas coisas anteriormente, na rua também havia algumas livrarias e uma dúzia de barzinhos.

Eles acabaram em um lugar que era metade bar, metade pizzaria. A cabine do canto em forma de L era perfeita para Neil, que pôde sentar em um banco na extremidade e assistir seus companheiros.

Quaisquer que fossem suas diferenças, os veteranos tinham tido anos para se acostumar uns aos outros, todos na mesa conversavam entre si. Mesmo Seth e Allison fizeram tentativas de gentileza, embora Neil atribuísse essa cortesia à cerveja.

Em algum momento, Matt o fez virar assunto na mesa.

—Kevin disse que já te conhecia antes, mas se recusou a nos dar mais detalhes.

Aquela era uma pergunta implicita, deixando para Neil a escolha de ignorar ou responder. Ele deu os ombros.

—Ele me conheceu quando ele e Riko foram atrás de mim na minha escola, eu ainda estava no 1° ano na época.

Matt franziu a testa, mas parecia surpreso.

—Riko foi atrás de você para te recrutar pessoalmente?

—Isso aí. Se eu soubesse que ele era um sádico maluco, não teria hesitando como hesitei em lhe dizer não.

—Mas com a reputação que os Corvos tem no mundo esportivo, é estranho que você tenha dito não—disse Dan—principalmente para Riko.

Neil tinha tido tempo para criar uma história convincente sobre isso.

—Eu tinha acabado de me emancipar e assumir os negócios que meus pais tinham deixado para mim, mal tinha tempo para a escola e o Exy, não podia deixar tudo e ir para Evermore como Riko queria.

Allisson soltou uma risadinha.

—Oh, então você seguiu o caminho que seus pais trilharam para você?

—Eu não tive muita escolha—foi o que Neil respondeu, e aquela frase saiu pesada com toda verdade que carregava.

Eles não perguntaram sobre os pais de Neil, talvez fosse algum tipo de regra não verbalizada.

—De onde você é?—Dan perguntou, quebrando o silêncio que se formou na mesa.

—Nova Iorque—disse Neil, de qualquer forma, ele nunca tinha considerado Baltimore como casa.

—Tá brincando?!—exclamou Matt—Também sou de lá. Nunca teria pensado que você é nova-iorquino.

—Me mudei pra lá quando tinha 10 anos e viajei muito durante a adolescência, acho que é por isso que não tenho muito sotaque.

—Acho que agora me lembro de você—disse Allisson, chamando a atenção de todos, sua voz regada de veneno—Sabia que era familiar. Você é o dono daquela rede de hotéis de luxo em Nova Iorque, seu nome e a sua foto saíram em uma revista que li, um jovem milionário que perdeu seus pais em um trágico acidente de carro quando criança. Me pergunto o que você está fazendo em um lugar como esse.

Neil reprimiu uma careta, a impressa tinha ido atrás dele por meses, curiosos por sua emocionante história de vida. Provavelmente foi por causa dessa revista que Stuart o encontrou.

—O mesmo que você, acho—Neil retrucou. Alisson também era uma jovem milionária que tinha escolhido uma universidade pública.

O olhar de Alisson se tornou hostil e Renee mudou o assunto da mesa. Depois de um tempo Dan e Matt se retiraram. Neil os viu sair, mas, além de Allison cutucando Renee de maneira significativa, ninguém disse nada sobre isso.

Dan e Matt voltaram tempos depois, parecendo um pouco mais exaustos. Dan pegou a conta do garçom em seu caminho de volta para a mesa. Seth brindou Matt com o que restou de sua cerveja, mas seus olhos estavam em Allison quando ele fez isso. Dan e Matt voltaram para o dormitório de mãos dadas. Renee andou atrás deles com Seth e Allison.

Quando chegaram ao estacionamento, Neil notou um brilho verde familiar demais e trincou os dentes. Ele se lembra claramente de ter dito a Devan para pegar a porra de um carro preto. Ele se afastou do grupo sem ser notado e foi até o carro esportivo verde florescente estacionado ao lado do carro de Andrew.

Neil pegou a chave que estava na roda dianteira e foi direto para o porta-malas, onde havia um fundo falso com tinha uma maleta com senha e dentro dela uma pistola, munições e um silenciador, e algumas facas, incluindo a que Neil tinha pegado de Andrew.

Todas as roupas de Neil tinham bainhas costuradas dentro, para que pudesse esconder suas facas, e assim que sentiu o peso reconfortante delas em seu corpo e finalmente se sentiu aliviado, foi estranho ter ficado sem elas por quase um dia inteiro.

Ele fechou a maleta, recolocou o fundo falso e fechou o porta malas e so então voltou para a torre.

Quando ele voltou os veteranos ainda estavam no corredor, assim como Nicky. Renee estava no centro com o celular na mão e parecia prestes a dizer alguma coisa.

—Interrompi algo?—perguntou Neil quando todos notaram sua chegada.

—Não—disse Renee com um sorriso suave.— Nicky só estava preocupado com Andrew e pediu que eu ligasse para ele.

Neil franziu o cenho.

—Andrew saiu?

—Sim—disse Nicky,—e não retorna nenhuma das minhas ligações.

Renee colocou uma mão no ombro de Nicky para tranquiliza-lo.

—Ele está com o Treinador e está bem, Kevin está bem. Descanse um pouco, não podemos fazer outra coisa senão trancar as portas e rezar.

—Obrigado—agradeceu Nicky e desapareceu para seu quarto.

Eles foram para seus quartos, Neil ficou encarando a escuridão até cair no sono, mas seu sono foi regado com pesadelos de seu passado.

Guns, rackets and foxesOnde histórias criam vida. Descubra agora