Capítulo 36: Depois

1.4K 180 105
                                    

Demorei mas voltei, com esse belo capítulo que é a continuação do Capítulo 31. Então já sabem o que esperar ne? Gatilho. Gatilho. Gatilho.

Há uma menção de um acontecimento que aconteceu no Especial Aniversários de Nathaniel Wesninski caso alguém queira reler para deixar a experiência completa.

TW: autolesão, IST, menção a estupro, estupro (gráfico), crise de pânico, flashback tortura, afogamento, palavras de baixo calão e ofensivas, uso inadequado de remédios

E é isso aí, capítulo bem light graças a deus🙌

E é isso aí, capítulo bem light graças a deus🙌

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

3 anos atrás-Nova Iorque

A primeira coisa que Neil notou foi a ausência da dor. A dor que estava sempre o acompanhando, mesmo quando as drogas se infiltravam em seu cérebro e relaxavam seus músculos, mesmo em seus delírios sonolentos a dor estava lá. Ele estava em um lugar escuro e pacífico onde a dor não existia e desejou que pudesse ficar lá, mas o bip incessante o fez abrir os olhos.

A luz branca e muito brilhante o cegou. O pensamento de estar morto passou por sua cabeça, mas logo foi descartado, sua vida após a morte -se é que isso existia- não seria tão, aparentemente, pacífica assim.

Ele apertou a têmpora esquerda com dois dedos quando sua cabeça começou a latejar, foi então que notou os fios ligados em ambos os braços e as faixas no pulso. Ele se sentou, apertou os dentes quando a dor voltou com tudo na região inferior do corpo e não conseguiu conter o gemido que escapou de seus lábios, a onda de vergonha que o atravessou por ele estar sentindo aquilo foi gelada e violenta.

Ele estava em um típico quarto de hospital: paredes com cores suaves, cheiro de álcool e desinfetante, a cama em que ele estava no meio do quarto, fios ligados em uma máquina que monitorava seus sinais vitais, um suporte de soro ao lado da cama e uma cômoda com um vaso de rosas vermelhas em cima

Ichirou, que estava dormindo encolhido no pequeno sofá do canto, abriu os olhos sonolentos e, quando percebeu Neil sentado e com as penas jogadas para fora da cama, praticamente pulou.

-Neil! Porque parece que você está prestes a levantar? Deita aí!-ele apontou para a cama, mas continuou no mesmo lugar, Neil agradeceu por isso, ele não suportaria estar perto de alguém no momento.

Ele olhou para Ichirou, então voltou seus olhos para os fios nos braços, a máquina apitou quando Neil arrancou os fios e o sangue venoso sujou as faixas quando o acesso do soro foi arrancado de seu braço sem nenhuma delicadeza.

-Mas que porra!-Ichirou deu um passo e Neil se encolheu violentamente. Ichirou congelou.-Desculpe.

Neil engoliu em seco.

Guns, rackets and foxesOnde histórias criam vida. Descubra agora