Capítulo 2: Sangue e corpos

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Tw: ataque de pânico, sangue, tortura psicológica leve

Meia hora depois, Neil estava subindo as escadas intermináveis do prédio onde Ichirou morava, bem na maldita cobretura e como Neil odiava aquela caixa de metal chamada elevador, tudo que restava era subir as escadas de um prédio de 50 andares

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Meia hora depois, Neil estava subindo as escadas intermináveis do prédio onde Ichirou morava, bem na maldita cobretura e como Neil odiava aquela caixa de metal chamada elevador, tudo que restava era subir as escadas de um prédio de 50 andares.

Ele se recusava a entrar naquele carro verde florescente horrível, então havia pegado o metrô. Havia 3 chamadas perdidas de Kira em seu celular. Ela estava pensando que Neil não viria? Ele não seria louco de negar um pedido daquela mulher.

Quando o celular ia para a quarta chamada perdida ele resolveu atender o celular.

-Por que você ainda não está aqui?-foi a primeira coisa que Kira disse, soando extremamente chateada.

-Estou subindo. Você sabe como é o transito em um sábado de manhã.-Neil checou seu progresso, ele estava no quadragésimo segundo andar.

O porteiro trabalhava para os Moriyama, na verdade o prédio todo pertencia a família e seus moradores eram empregados de alto escalão, então não impediu Neil de passar, e não havia se dado ao trabalho de telefonar para Ichirou e Kira para contar que ele estava subindo.

-Não minta para uma mentirosa, eu sei que você não veio de carro.

Neil apenas bufou.

-Te dou 5 minutos, pequena sereia. A porta tá aberta.

Antes que Neil pudesse reclamar daquele apelido ridículo, Kira desligou a ligação. Ele chegou ao quadragésimo nono andar em dois minutos e então pegou a escada de emergência para o último andar, já que a única outra entrada era pelo elevador.

A escada de incêndio dava na cozinha, assim que Neil entrou, ele reparou na bagunça em cima da bancada, e nas pipocas espalhadas para todo lado, certamente Kira faria Ichirou limpar tudo aquilo mais tarde.

-Cheguei-gritou antes de atravessar a cozinha para entrar na luxuosa sala de TV, não estava a fim de ver uma sessão de beijos entre Ichirou e Kira.

-Finalmente-Ichirou disse. Ele estava esparramado em um sofá usando apenas uma calça de moletom preta e deixando a mostra todas as tatuagens coloridas que cobriam a parte superior de seu corpo, principalmente a área dos braços.

Kira estava em uma poltrona, com os pés em cima da mesinha de centro, ela apoiava uma tigela de pipoca entre suas pernas e olhava para Neil com uma expressão entediada.

-Você demorou tanto que quase comi toda a pipoca.

-Não tenho culpa se você é gulosa, Mulan- Neil disse, se sentando confortavelmente em outra poltrona.

-Eu tenho cara de chinesa, babaca? - Kira retrucou em japonês.

-E eu tenho cara de Ariel?

-Esse nome combinaria com você, por causa do cabelo e tudo mais- Ichirou se intrometeu com uma risada, e então mudou para o inglês:-Vamos ver esse filme ou não? Não tenho a noite toda.

Kira suspirou dramaticamente e de play em Tinker Bell.

Neil caminhava por uma estrada de terra, a escuridão era palpável à sua volta, tudo que enxergava era a terra batida em sua frente, ele caminhou até chegar a uma grande árvores

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Neil caminhava por uma estrada de terra, a escuridão era palpável à sua volta, tudo que enxergava era a terra batida em sua frente, ele caminhou até chegar a uma grande árvores. Caminhou até ficar embaixo da árvore e parou quando sentiu uma gota de chuva em sua testa, mais gotas cairam e ele levou a mão direta até a testa para impedir que uma gota escorresse para seu olho, mas quando abaixou a mão, teve um vislumbre de vermelho em seus dedos.

De repente tudo se clareou, como se uma luz tivesse sido jogado sobre aquele lugar e Neil observou com horror o vermelho manchando suas mãos e formando poças no chão. Ele olhou para cima e percebeu que haviam corpos suspensos por cordas amarradas aos galhos, os vários cortes naqueles corpos formavam uma chuva macabra e sangrenta. Gotas caiam pelas bochechas de Neil e manchavam suas roupas.

-Muito bem, Junior-alguém disse atrás dele. Assim que ouviu essa voz, Neil percebeu que estava em um pesadelo, mas esse fato não impedia que um frio de gelar seus ossos se instalase nele, ele fechou as mãos em punhos para impedir que tremessem e contou 5 respirações antes de se virar.

O que encontrou foi sua versão mais velha, com aquele sorriso assustador e muito mais alto e intimidante. Ele não conseguia encarar aqueles olhos azuis pertubadores, então focou em um ponto da camisa branca que Nathan Wesninski usava.

-Você fez isso, não é?-Por um segundo, Neil havia esquecido que estava embaixo de uma árvore cheia de corpos.-Parece que não é tão inútil quanto eu pensava.

A mandíbula de Neil estava travada e seu corpo tremia levemente, porém seu rosto estava inexpressivo. É apenas um pesadelo, vai acabar logo -repetia para si mesmo.

Ele nem notou quando Nathan havia se aproximado, mas agora estava a centímetros de Neil, o sangue empoçando a camisa branca. O corpo de Neil se retestou involuntariamente, mas ele se forçou a relaxar os músculos, doeria menos se...

-Olhe para mim quando eu estiver falando com você, Júnior. A vadia da sua mãe não te educou direito?

Neil se forçou a encarar aqueles olhos maníacos, mesmo depois de anos ele não podia evitar de tremer na presença de seu pai, fosse real ou não.

-Quantos foram?

Neil sabia do que ele estava falando. Quantos você matou? Ele não queria pensar nisso, ele não podia pensar nisso, não agora, não naquele momento.

Ele piscou e quem estava na sua frente agora era Lola, com seu sorriso afiado, ele não via Lola pessoalmente há anos, mas ainda guardava imagens nítidas dela.

-Quantos você matou, Júnior? Quanto sangue tem em suas mãos? Acho que você já é parecido o suficiente com seu pai para mim-ela passou unha vermelha pela bochecha de Neil.-Apenas um pouco jovem demais.

-Vá se foder- Neil cuspiu, mas Lola apenas sorriu, então os gritos começaram.

A imagem de Lola se dissolveu em sangue, mãos saíram do chão e agarraram os pés e tornozelos de Neil.

-Não, não, não-Neil murmurava enquanto tentava pisar naquelas mãos mas sem êxito, as mãos continuavam subindo por suas pernas, o puxando para baixo, e aquela sensação de mãos sobre ele e a falta de controle de seus membros era desesperadora. Ele se debateu quando as mãos imobilizaram seus braços e o puxavam de encontro ao chão, gotas de sangue caiam em seu rosto e boca. Seus olhos se arregalaram quando uma mão tapou sua boca o impedidno de gritar, seu corpo totalmente imobilizado estava impedido de lutar, seu estômago se revirava com todas aquelas mãos o segurando. Ele estava sufocando e não conseguia respirar, pontos negros dançavam em sua visão.

Acorde.
Acorde.
Acorde.
Acorde.
Acorde, Neil.





Revisado

Sim, sim, ib pro Hua Cheng, aquele lindo

Guns, rackets and foxesOnde histórias criam vida. Descubra agora