Especial: Aniversários de Nathaniel Wesninski

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Aproveitando que hoje, dia 19 de janeiro, é o aniversário de Nathaniel Wesninski, eu pensei que seria legal soltar um extra sobre alguns dos aniversários dele passados em Baltimore.
Esse capítulo não muda nada na história, é só que eu queria homenagear esse bebê que só se fode na vida.

Atenção: esse capítulo contém sangue, algo que talvez possa ser considerado maltratado aos animais, Nathan Wesninski (o que já diz muito) e violência gráfica.

A primeira vez que Nathaniel se lembra de comemorar seu aniversário foi aos 6 anos, era uma lembrança vaga e borrada, mas havia um Cupcake com uma vela em cima, sua mãe dizendo para comer rápido antes que seu pai chegasse, ele diria que era uma das únicas lembranças razoavelmente boas que tinha, tanto da mãe, quanto da sua vida em Baltimore.

-Feliz Aniversário, Abram.

No ano seguinte, ao completar sete anos, seu pai decidiu que ele estava velho o suficiente para começar suas lições. Era cedo, ele acordou com sua mãe entrando no quarto e dizendo para se arrumar, ela o vestiu com roupas sociais e uma camisa imaculadamente branca. Em alguns minutos já estava descendo as escadas para o porão onde ele encontrou seu pai de braços cruzados, usando apenas uma camisa azul e uma calça de moletom. Na maioria das vezes Nathan estava bem vestido, então Nathaniel sabia que quando ele se vestia de forma desleixada significava que planejava sujar suas roupas com sangue. Também havia algo volumoso em cima da mesa no centro do cômodo, estava com uma lona por cima, mas Nathaniel já tinha visto corpos o suficiente para saber do que se tratava. Estavam apenas ele e seu pai naquele cômodo, e Nathaniel tentou ficar imóvel olhando para um ponto da parede sem demonstrar seu nervosismo.

-Tenho um presente de aniversário para você, Júnior.

Nathaniel sentiu um arrepio correr por todo seu corpo, mas mesmo assim olhou para cima e disse:-Sério?

-Venha até aqui.

Nathaniel foi até seu pai, parando próximo a mesa. Havia uma caixa embrulhada em papel vermelho, com um laço na tampa, ele olhou para o pai, esperando algum tipo de confirmação de que poderia abrir a caixa, o homem mais velho assentiu. Nathaniel teve que subir em um banquinho para consguir ficar da altura certa na mesa, e então estendeu suas mãozinhas para a tampa da caixa.

La dentro havia uma faca, um cutelo, Nathaniel já tinha visto um daqueles na mão de seu pai várias vezes, era sua arma preferida. Mas aquele era menor, feito para suas mão pequenas. Ele estendeu uma mão trêmula e tirou o cutelo de dentro da caixa, o segurando o mais firme que conseguia.

-Gostou do presente, Júnior?-Nathan perguntou, ele tinha aquele sorriso assustador no rosto.

-Sim, senhor-Nathaniel sussurou.

-Que bom. Agora tenho uma lição para você-Nathan puxou a borda da lona, revelando um cadáver sobre a mesa. Não era o corpo de um humano, mas de um porco.-Quero que tire o coração, pulmões, figado, rins, estômago e baço e os coloque naqueles potes de vidro. É melhor que tudo esteja no lugar quando eu voltar, e que essa camisa branca que está usando continue totalmente limpa.

Haviam 6 potes em cima de uma mesa enconstada na parede, com inscrições dizendo onde cada órgão deveria ir, a essa altura, Nathaniel sabia ler muito bem. Sua mãe não era uma pessoa paciente então ele tinha aprendido rápido a ler e escrever.

Ele olhou para o animal morto, e apertou o cutelo com mais força, imedindo sua mão de tremer, ele já tinha visto seu pai fazer aquilo antes, só que em corpos humanos, e sabia como esses órgãos se pareciam. Ele sentia vontade de vomitar e chorar. Não sabia se seria capaz de fazer aquilo.

Guns, rackets and foxesOnde histórias criam vida. Descubra agora