Preciso de um tempo para processar o que ele acabava de dizer, só podia ser brincadeira...
-- O que? Por que? O que está acontecendo? - 'Pergunto desconfiada
-- Eu recebi essa carta hoje, você me viu abrir. - Disse enquanto me entregava o envelope rasgado. Pego com desconfiança e meu coração quase sai pela boca assim que termino de ler seu conteúdo.
-- Eu estou sendo ameaçada de morte? E agora?
-- Não há nada para se preocupar - Fala ele com uma calma assustadora, considerando as circunstâncias.
-- Meu Deus, tem até fotos minhas dormindo no sofá, eles conseguiram entrar dentro de casa. Está louco? - Meu coração batia descompassadamente e mal escutava o que ele falava.
-- É sério, esse tipo de coisa acontece o tempo todo entre os senadores.
-- Então por que o guarda costa? - E com a minha pergunta, percebo Victor encolher os ombros.
-- Seria um idiota em não acreditar um pouco neles.Especialmente porque a carta vazou ao público. - Estava explicado o porquê da preocupação excessiva de repente, a imagem imaculada poderia ser corrompida, que pecado...
-- Mas como ela foi vazada tão rápido?
-- Tive que revelar o motivo do cancelamento ao Jornal - Então foi ele que revelou?
-- E por que você fez isso? Eu já havia avisado
-- Se não desse algo para eles, não conseguiriamos remarcar
-- Eu já tinha feito tudo. Não percebe que só me colocou em mais perigo? Sua imagem vale mais que a minha vida, é? - As palavras saiam de mim como uma avalanche regada de nervosismo.
-- Por favor, sem drama. Já está tudo resolvido, é por isso que o Sr. Garcia está aqui - Riu com desdém
-- E se eu não quiser um guarda-costa?
-- Não me importa o que você queira. Eu sou o seu marido e o que eu quero é o que importa. Então a partir de amanhã o Sr. Garcia irá te acompanhar em todos os lugares e me retratar qualquer coisa suspeita
-- Como uma babá?
-- Se prefere ver dessa forma, fique à vontade. Agora, preciso voltar ao trabalho.
Eu não posso aguentar mais isso, além de continuar nesse matrimônio, estou perdendo a única coisa que me restava: minha privacidade.
-- Eu quero o divócio. - Solto as palavras sem rodeio e tudo que eu recebo é um aceno cansado e uma porta sendo fechada. - Só suspiro cansada e olho para o homenzarrão imovel no canto da sala. E prometo para mim mesma que continuarei nesse inferno até estar segura apenas.
-- Sr Garcia, certo?
-- Sam, senhora, pode me chamar de Sam.
-- Ótimo. O vejo amanhã? - Pergunto a ele e recebo um aceno positivo e logo ele sai também. Mais um homem de poucas palavras na minha vida, eu mereço.
No dia seguinte, minha nova sombra já me seguia por toda parte.
-- Se você pretende andar tão perto de mim, poderia no mínimo conversar comigo. Senão vai parecer um psicopata me seguindo - Admiti já irritada com o silêncio que prevalecia entre nós.
-- Sim, senhora - Concorda brevemente sem continuar um assunto, o que me fez revirar os olhos.
Continuei tentando puxar papo durante o dia e nada. O máximo que recebi foram palavras soltas e frases curtas que não te ajudam em nada.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu guarda-costas
RomansaSair de uma graduação em Harvard para uma esposa troféu, é de se envergonhar. Isso é o que Annie Laurent Mazza acha de si mesma, porém, não tem como se divorciar do marido, pois deve se preocupar com uma coisa mais importante, sua vida, que está cor...