Uma voz familiar e bajuladora fala: "É por aqui, querida", e uma risada feminina seguida por passos ecoa pelas escadas.
– É o Victor! E ele não tá sozinho. - Eu aviso em sussurro gritado para Sam. - O que a gente faz?
Os olhos de Sam analisam rapidamente o quarto e então ele agarra o meu braço e se dirige para o closet. Ele silenciosamente fecha a porta atrás de nós. Um momento depois, a porta do quarto se abre.
– O que ele está fazendo aqui? - Eu pergunto e Sam leva um dedo aos meus lábios mas eu balanço a cabeça. - Tudo bem, dá para conversar aqui. Esse é um dos quartos do pânico que a gente projetou ao comprar a casa.
– É um quarto do pânico?
– Sim e totalmente a prova de som.
Sam levanta uma sobrancelha, aparentemente impressionado.
– Essa foi uma ideia muito boa.
Vou até a parede onde os sapatos do Victor estão empilhados. Retiro cuidadosamente o par mais próximo da porta e abro o painel para revelar o quarto. Sam me segue e observa com interesse quando o Victor e sua assistente aparecem.
– Esta é uma janela de observação. A pintura na porta do closet serve como um vidro espelhado. A gente pode ver pra fora, mas eles não conseguem ver pra dentro.
– A pintura das montanhas?
– Aham. Os detalhes ajudam a nos esconder atrás dela. Eu quis garantir que desse para ver e monitorar o que acontecia no quarto.
– Isso é brilhante.
Eu levanto minha mão para pressionar o pequeno botão vermelho ao lado da janela e começamos a olhar a cena que acontecia no quarto.
– Acredita em mim agora? - Victor pergunta entrando no cômodo e mostrando as caixas amontoadas.
– O que você está planejando fazer com isso? - Lana, a secretária dele, entra logo atrás dele, olhando as pilhas.
– Posso doar, mas as jóias e as decorações... - Victor envolve um braço em volta da cintura de Lan e a puxa para perto. - O que você quiser , é seu.
Os olhos dela brilham.
– Posso pegar o que eu quiser?
– Qualquer coisa. Ela tinha algumas peças bastante valiosas.
– Tem certeza de que não tem problema?
– Ela está morta, querida. - Victor estica a mão para passar os dedos na bochecha da Lana. - Não precisamos mais esconder como nos sentimos.
– Eu... - Ela começa sem parecer saber o que dizer.
Um olhar conflituoso cruza seu rosto e ela abruptamente o empurra para longe. Victor se espanta com sua ação, mas rapidamente percebe seus traços envoltos de preocupação.
– Qual o problema?
– Você prometeu que a gente ia conversar. Não pode ficar tentando me seduzir para evitar essa conversa!
– Você é tão linda. É difícil deixar minhas mãos longe.
– Ah, Victor. - Ela diz em um gemido e começa a se aproximar dele.
Eu me recuso a ver essa cena e viro de costas, agora, de frente para Sam.
– Eles estão se beijando - Sam diz ainda olhando para cena, seu rosto era inexpressivo.
– E se eles abrirem o armário? Ele acaba de prometer dar os meus vestidos para ela! - Eu olho para todas as peças que o Victor não empacotou com o resto das minhas coisas. - Eu me recuso a deixar a amante do meu marido usar o meu vestido favorito.
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Meu guarda-costas
RomanceSair de uma graduação em Harvard para uma esposa troféu, é de se envergonhar. Isso é o que Annie Laurent Mazza acha de si mesma, porém, não tem como se divorciar do marido, pois deve se preocupar com uma coisa mais importante, sua vida, que está cor...