Assim que entramos na boutique, a gerente veio direto em nossa direção, com um grande sorriso estampado no rosto. Mas antes que ela pudesse exclamar um alegre "Bom dia!", Sam levantou a mão.
– Nós não precisamos de ajuda, obrigado.
Ela balança a cabeça desapontada, mas volta imediatamente a dobrar as camisetas atrás do balcão. Eu me viro para ele e ergo a sobrancelha.
– Você não precisava ser tão grosso com ela.
– Eu não fui grosso. Eu só queria impedi-la de olhar para você mais de perto. Você ainda está se escondendo, Annie.
– Eu sei disso. - Eu suspiro e começo a explorar a arara de roupas mais próxima. - Eu não acredito que a minha mãe doou todas as minhas roupas. E ela nem sequer deixou ir na minha loja favorita.
– Você sabe que não é seguro. Alguém pode nos reconhecer. Eu não sei porque você não me deixou escolher algumas roupas para você e levá-las para sua casa.
– Eu confio em você, Sam, mas não quando se trata do meu gosto para moda. Agora, venha. Vamos para o provador.
Eu pego algumas roupas e o arrasto para o outro lado da boutique. Abrindo a cortina, eu entro no provador enquanto o Sam espera pacientemente no corredor. Eu penduro as roupas na barra instalada na parede e examino a seleção, quando um item chama a minha atenção instantaneamente.
Eu não lembro de ter escolhido nenhuma lingerie. Eu pego a peça extra e a separo da etiqueta da blusa que eu havia escolhido. Parece que ficou presa. Bom, já que veio junto, seria uma pena não experimentar, né?
Eu visto a peça de lingerie, gostando da sensação do material acetinado deslizando pelo meu corpo. Quando eu vejo o meu reflexo no espelho, balanço a cabeça, aprovando o visual. E logo uma ideia surge em minha mente, me fazendo sorrir.
– Sam? Você pode entrar aqui um pouquinho? - Ele passa pela cortina e a fecha antes de se virar para mim. Assim que ele vê o que eu estou vestindo, Sam pisca várias vezes, como se eu fosse uma miragem. - Gostou?
Ele limpa a garganta, enquanto os olhos famintos dele queimam a minha pele.
– Você está...inacreditável. Mas há um problema.
– É mesmo? Qual?
– Você vai acabar chamando atenção de todo mundo com essa roupa.
Eu sorrio para ele com um olhar sedutor.
– Que bom que só há uma pessoa aqui de quem eu quero chamar a atenção.
Eu fico na ponta dos pés e o puxo para um beijo. Ele corresponde imediatamente, enroscando os dedos no meu cabelo enquanto os nossos lábios se movem em sincronia. Quando eu aperto o meu corpo contra a rigidez dele, Sam geme.
– Eu mal posso esperar até nós chegarmos em casa.
– Quem disse que nós precisamos esperar?
Minha mão avança entre as pernas dele e toca suavemente o seu volume. Sam sussurra xingamentos quando a minha mão começa a massageá-lo.
– Não podemos. Nós estamos... - Eu o interrompo.
– Em público? - Ele confirma,tentando se concentrar na conversa. - Isso torna tudo ainda melhor.
Eu calo a boca dele com um beijo e ele para de ceder de vez. Deslizo a mão dentro da sua cueca boxer e o encontro. Ele é quente e pulsante, e eu sorrio sem parar de beijá-lo.
– Estou vendo que você está pronto para mim. - Eu o provoco.
Ele me vira e me encosta contra a parede. Eu tremo quando sinto a respiração quente dele no meu pescoço, sua mão firme segurando meus quadris. Enquanto as mãos dele percorrem por todas as minhas curvas, sua boca se aproxima do meu ouvido. As palavras saem em um sussurro.
– Você não pode fazer nenhum barulho.
– Eu digo o mesmo. - Eu sussurro de volta e um segundo depois, minha calcinha está no chão e ele está dentro de mim.
Eu gemo quando ele me penetra rapidamente, por isso, ele cobre a minha boca com a mão e começa a se mover. Nós nos movemos juntos, rápidos, corpos em perfeita sincronia. Eu me inclino para frente para facilitar o acesso dele, e ele agarra a oportunidade imediatamente.
Eu seguro a barra na parede conforme ele acelera os movimentos...segurando cada gemido que ameaça escapar da minha boca. Sempre que ele atinge o lugar certo, a pressão dentro de mim cresce mais um pouco. Eu grito o nome dele na minha mente sem parar, chegando lentamente à beira do êxtase.
A paixão nos devora completamente, e ambos chegam ao clímax ao mesmo tempo. Sinto uma mordida em meu pescoço seguida de um pequeno gemido, quando eu mordo a mão de Sam para tentar me controlar. Deixamos as ondas de prazer nos inundaram até a tempestade aliviar, tentando controlar nossa respiração rápida. Depois do que pareceu uma eternidade, pegamos nossas roupas no chão e sorrimos um para o outro.
– Não sabia que você tinha esse lado.
Ele se inclina e pressiona suavemente seus lábios nos meus.
– Eu também não sabia, até conhecer você. - O olhar dele é intenso. Tão intenso que eu não tenho escolha a não ser desviar os olhos. Ele ri e aponta para as roupas nos cabides. - Você vai experimentá-las?
Eu balancei a cabeça.
– Vou comprar todas e experimentar em casa. Eu só quero sair agora mesmo, caso a gerente da loja tenha nos ouvido.
Ele sorri e entrelaça seus dedos nos meus.
– Então, minha querida fugitiva...Vamos?
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Meu guarda-costas
Roman d'amourSair de uma graduação em Harvard para uma esposa troféu, é de se envergonhar. Isso é o que Annie Laurent Mazza acha de si mesma, porém, não tem como se divorciar do marido, pois deve se preocupar com uma coisa mais importante, sua vida, que está cor...