As Suas Ordens Meu Rei - Yoonseok (ABO)

Capítulo 21

Autora 

A mulher chegou em casa furiosa, encontrando seu pai sentado no sofá fumando um charuto que poluiu o ar de todo o cômodo, mas ela não se importava mais, estava acostumada com o cheiro forte de fumo.  

— Olá filha, achei que não voltaria mais para casa sem o dinheiro do rei. — Falou soltando a fumaça que estava presa em sua boca junto com uma risada escandalosa e na visão de muitos maléfica. 

— Nem me fale papai, eu não sei o que fazer, quando eu contei que conheci ele e o senhor me deu a ideia de conquistá-lo ao invés do Namjoon, eu achei que seria fácil, mas parece que é impossível. — Frustrada com seu fracasso, Lana tirou os saltos e se jogou no sofá ao lado de seu pai, que lhe ofereceu o charuto e ela aceitou de bom grado, levando aos lábios cheios de batom. 

Ela não se arrependia de trocar de alvo, sabia que Namjoon era mais rápido, seus anos de experiência não faziam dele uma isca fácil, ele sabia quando as ameaças estavam por perto, e ela não demoraria a ser descoberta. Além de pobre iria presa por alguns golpes que deu em alguns homens da região, ela os enchia de Rum até ficarem bêbados, depois pegava todos os seus pertences de maior valor, o que não pagava muitos de seus luxos e logo acabava. 

— Eu não suporto mais esse ovo que a mamãe tem coragem de chamar de casa, eu quero voltar para a nossa mansão pai. — Cansada da noite, e procurando achar uma solução para seu grande problema, ela só queria ir para o quarto que estava sendo seu temporariamente. 

— Se algo estiver no seu caminho, trate de tirá-lo de sua frente, não importa como. — Foi a última coisa que ouviu seu pai dizer antes de seguir pelo corredor. Passando pelo quarto de seus pais, viu sua mãe ajoelhada ao lado da cama, dobrando alguns lençóis, com um olhar indiferente ela passou por ali, ignorando o olhar de sua própria mãe sobre si. 

Ao chegar no quarto, a primeira coisa que ela viu pela frente jogou no chão com força, ouvindo apenas os cacos de vidro se espalharem sobre o chão. E naquele momento ela teve um ideia para se livrar do seu maior obstáculo, Min Yoongi, o ômega pelo qual o rei faria qualquer coisa. 

Lana chegou no outro dia no castelo, como se nada tivesse acontecido, ela precisava de Hoseok para voltar a ter a imagem que tinha, ela sentia falta da vida que vivia em outro reino, filha de um banqueiro ladrão, ela se acostumou com a boa vida que tinha, com todos seus luxos sendo atendidos, apesar da boa educação que sua mãe tentou lhe dar, tentando ao máximo  manter a filha distante das falcatruas de seu marido. 

A mulher chamada Lee Nari se casou quando tinha apenas dezesseis anos e seu marido vinto e quatro, ela odiava ele com todas as suas forças, mas seu pai precisava pagar a dívida que tinha com ele, e como não tinha uma mísera moeda no bolso deu sua filha para ele. O casamento aconteceu e com isso o inferno na vida da menina de apenas dezesseis anos na época, começou. Sua vida era muito boa apesar das dificuldades financeiras, seus pais eram os melhores pais do mundo e seus amigos eram os mais legais, saía para brincar na rua com eles, e voltava para casa apenas no final da tarde quando sentia o cheiro bom de café. Depois de muito sofrer com apenas três meses de casada, ela descobriu estar grávida, apesar de tudo ela lembrou de como era brincar de boneca e se sentiu feliz em ter um bebê, prometendo a si mesma que nunca deixaria seu filho ou filha passar pelo que passou. No dia do parto descobriu que era uma linda menina, loira como ela e de olhos claros como os dela. 

Os anos foram se passando e a Lee chegou a sua fase adulta tentando cuidar de sua casa e de sua filha, muitas vezes falhando miseravelmente nas duas obrigações impostas por seu marido, todas as noites quando ele chegava do trabalho insatisfeito com algo dentro de casa, eles brigavam, a pobre mulher apanhava e implorava para ele parar, a criança de agora cinco anos, via tudo do sofá da sala, começando a entender o que acontecia entre os dois adultos. No outro dia após as brigas, o pai de Lana chegava em casa com um grande embrulho, subia para o quarto cor de rosa da garota e entregava para ela, tendo uma longa conversa com ela, explicando para a filha que ele não era o culpado, sua mãe era quem agia mal e não sabia cuidar direito dela, ele fazia a cabeça da criança de apenas cinco anos, que cresceu amando todos os presentes que recebia do pai e odiando a mãe que irritava o melhor pai do mundo todos os dias depois do trabalho.