Karina Dues Vieira aprendeu desde cedo que, para conquistar o que deseja, é preciso batalhar: seja pela vida, pelo amor ou pelo trabalho.
No seu mundo, ela buscava ter controle sobre tudo ao seu redor - até que Lewis Hamilton cruza seu caminho. O pi...
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Lewis
Minha reação foi segurar sua mão e respirar fundo, eu sei que novamente falei merda, quando tudo já estava se caminhando.
Sua expressão demonstra o desespero em saber o resultado dos seus atos, mas não sei exatamente o que sentir.
Passo as mãos pelo rosto e simplesmente resolvo ignorar o que acabou de acontecer, levanto as mãos oferecendo meu sinal de derrota. Pego a chave do carro no balcão e saio rapidamente, sem rumo e sem saber o que fazer. Penso em levar o carro, mas eu preciso andar, sentir o ar e filtrar todas as merdas que aconteceram. Um filho sempre foi meu sonho, mas não consigo tirar da cabeça que ela dormiu com outro e existe essa possibilidade.
Argh! Eu preciso parar de duvidar da Karina.
Ando cerca de uma hora por Los Angeles e resolvo ir para um lugar mais calmo. Preciso pensar, colocar tudo isso para fora... eu quero gritar.
– Lewis? – paraliso, não quero ser reconhecido, mas essa voz é familiar. Quando me viro vejo Sarah, ah uma pessoa conhecida, mas eu não queria encontrar com ninguém.
– Olá – sorrio sem jeito e passo a mão pela cabeça.
– Está tudo bem? Você não me parece nos melhores dias, quer conversar? – A proposta é tentadora, mas um alerta bem grande surge na minha cabeça. Não podemos ficar parados aqui dando chance para o que quer que fosse – tem um local aqui perto que podemos ir.
– Acho... acho que será bom - digo relutante e ela aponta a direção, pelo amor de Deus que ninguém nos flagre e coloque que estamos tendo um caso, não agora! Eu ainda me preocupo com Karina, me preocupo com o que ela vai achar disso tudo. Mulheres grávidas não podem muitas coisas e estresse acho que não é a melhor solução. Meu Deus... ela está grávida! E você a deixou sozinha, seu merda!
–Eu preciso fazer uma ligação – aviso, Sarah caminha para dentro do bar e pego o celular ligando rapidamente para minha sogra, ela atende no segundo toque.
– Oi... é... – tibueio.
– Deixa eu adivinhar... vocês brigaram, não é? – Marina fala me cortando.
– Sim - eu não consigo dizer mais nada além disso, me sinto um merda.
– Estou indo para lá, vamos pra casa Maria!
Ela desliga e fico encarando o celular, se a dona Marina precisava de mais algum motivo para me odiar, agora tenho certeza que ela não irá me querer perto da filha dela. Ela está grávida de um filho seu, idiota! Uma voz grita na minha cabeça e eu só quero ignorá-la.
Nós nos sentamos em uma mesa ao canto, Sarah já havia pedido duas taças de vinho, assim que sento ela me encara tentando desvendar a situação.
– e então? - pergunta curiosa e faço sinal chamando a garçonete.
