vinte e três

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—— Estamos indo, sabe? Vivendo nossas vidas

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—— Estamos indo, sabe? Vivendo nossas vidas.

Separadamente, eu quero dizer. Eu não falo com Beauchamp desde que eu tinha ido na escola com o Lamar, e acho que isso era bom.

—— Eles brigaram. —— Morris diz rindo.

—— Lamar! —— exclamei.

—— Vocês brigaram?

—— Uma briga bem briguenta.

—— Nem vem com essa, Morris! —— falo —— Ele falou umas coisas para mim, eu falei umas coisas para ele... deu no que deu e eu não estou falando com ele.

—— Mas ele quer falar com você. —— Shiv diz.

—— O problema é totalmente dele. Eu não quero e não vou falar com ele.

Beleza, eu tinha cortado a história pela metade para o meu irmão não ter que ouvir a parte em que Joshua diz que ele não iria acordar. Essa parte ninguém precisava saber. Ninguém mesmo.

—— Você não quer falar com ele? Nem um pouquinho? —— Lamar pergunta.

—— Claro que não. Por mim, ele pode mudar de escola que não irá ter problema.

—— Ah, vai ter problema pro time de basquete, dona Gabrielly.

—— Mas ele só fez dez cestas. Meu irmão pode substituir o grande Beauchamp.

—— Quando eu puder mexer a minha mão, a gente pensa nisso.

Tinha esse detalhe ainda.

—— Você fez teste para líder de torcida? —— Paliwal muda o assunto.

—— Fiz e consegui.

—— Você conseguiu?

Assenti.

—— Primeiro, não foi ninguém. A Joalin ficou tão triste com isso que eu nem fiz uma coreografia, eu fui aceita a partir do momento em que botei aquele uniforme horrível.

—— Você acha o uniforme horrível?

—— O que eu usei era horrível. Eu me senti numa balada e não em uma escola.

O uniforme era um cropped vermelho com o símbolo do time de basquete e uma saia vermelha e branca. Eu não me senti bem usando aquele tipo de roupa, mas sem dúvidas, uma hora eu iria me acostumar.

Me viro quando ouço uma batida na porta do quarto. Ah, não. Não.

—— Você pode virar a esquina e ser atropelado por um carro, Beauchamp. —— me levanto totalmente sem paciência.

O que raios ele está fazendo aqui?

Saio para fora do quarto puxando seu braço.

—— O que está fazendo aqui, idiota? Para quem são essas flores?

—— Seu... irmão?

—— Para o meu irmão, Joshua? —— cruzo os braços —— Você dando flores para o meu irmão? No primeiro dia você acabou com ele e agora está dando flores? Foi você que disse que ele não iria acordar.

—— Vai ficar lembrando disso?

—— Vou. É só para você ter a noção de que aquilo me machucou. Queria ver se fosse com alguém da sua família.

—— Você é muito infantil.

Do que ele estava falando?

—— Infantil? Do que está falando, babaca?

—— Em todos os assuntos, você sempre se acha a certa.

—— Acho que esse não é o verdadeiro significado de infantil. Você deveria ver o dicionário.

Eu já não estava entendendo do que ele estava falando. Para começar, eu nem sei por qual motivo ele estava aqui.

—— Você pode ir embora, por favor? Deixa que eu mesma dou quaisquer seja essa flor para meu irmão. Fica tranquilo que ele irá receber.

—— Eu gostaria de dar pessoalmente.

—— Ele está com a namorada e acho que não gostaria de ser incomodado por um falso loiro aguado! —— falo.

Pego as flores de sua mão, mas ele segura meu braço.

—— Vai começar com suas crises de raiva?

Isso aconteceu no primeiro dia em que a gente se viu.

—— Eu já disse o que eu quero.

—— Você não é nenhum príncipe ou rei para mandar em mim! E para começar, você é um falso.

—— Um falso?

Sinto meu braço doer cada vez mais. Aquilo estava indo longe demais. Eu precisava parar com aquilo.

—— Um falso. Agora larga meu braço, idiota!

Nada. Eu odiava vê-lo com essas crises de raiva. Ninguém merece aguentar isso.

—— Eu mandei largar meu braço! —— dou um tapa em sua cara.

Eu não sei como, mas ele percebe que está na hora de ir embora. Ainda bem que ele fez isso.

—— Espero não te ver nunca mais!

continua....

𝘁𝗵𝗲 𝗰𝗵𝗲𝗲𝗿𝗹𝗲𝗮𝗱𝗲𝗿 𝗮𝗻𝗱 𝘁𝗵𝗲 𝗯𝗮𝘀𝗸𝗲𝘁𝗯𝗮𝗹𝗹 𝗽𝗹𝗮𝘆𝗲𝗿 Onde histórias criam vida. Descubra agora