24 - Acertando as Contas

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Ainda fizemos amor mais algumas vezes. Em uma, deitadas sobre o tapete, bem devagar, como se estivéssemos memorizando cada pedacinho do corpo uma da outra. E depois sobre o sofá, onde me cavalgou até ficarmos exaustas. 

Acordei às 10:00h. Regina estava com a cabeça em meu colo, pernas enroscadas nas minhas. Acariciei sua cabeça e ela logo acordou.

- Bom dia,minha rainha!

- Bom dia amor. – levantou a cabeça e beijou-me nos lábios. – Estou deliciosamente arrasada. – sorriu e respirou fundo. Deitou-se de barriga para cima se espreguiçando como uma felina. - Ai Emmy, se você soubesse o que faz comigo! – fechou os olhos e sorriu – Sinto-me nas nuvens!

Virei de lado e apoiei a cabeça com a mão.

- Se VOCÊ soubesse o que faz comigo! – admirei seu perfil – Nunca imaginei que alguém faria algo sequer parecido. Tô completamente nas suas mãos. – beijei seu rosto - Está com fome? Estamos a poucos minutos do fim do horário do café.

Virou o rosto em minha direção.

- Estou sim, só que ainda sem disposição de sair da cama – sorriu.

- Então continue aí que eu vou lá e peço pra trazer pro quarto. – beijei-lhe os lábios e me levantei da cama rapidamente

Peguei um vestido e fui tomar um banho rápido. Saí do quarto e Regina estava deitada abraçada com um travesseiro e com um sorriso de orelha a orelha. Fui até a recepção e falei com a velhinha, a mesma que nos recebeu no sábado. Ela me pediu 5 minutos para o garçom preparar tudo. Voltei para o quarto e cruzei com uma mulher no corredor que me olhou desconfiada. Um homem veio logo atrás. Ainda antes de entrar escutei ela dizer ao cara:

- Você tem certeza que a sapatão é ela? É apenas uma mulher atlética, e é bem feminina.

- Você por acaso não ouviu os gemidos da mulherzinha dela ontem à noite?

"Ah, espera só Regina saber que ouviram seus gemidos ontem!" - ri com a mão na boca.

Após o café arrumamos as coisas e demos apenas umas voltas. Almoçamos e fizemos a saída às 12:00h em ponto. A velhinha se despediu sorridente, mas nunca sem perder um certo medo que parecia sentir de nós. Descemos a serra sem problemas.

- Amor eu queria que soubesse que eu adorei tudo: a surpresa, o lugar, nossos programas, nossas noites... Achei o máximo!

- Eu também adorei ter vindo. E esse será só o primeiro passeio desse tipo. No futuro viajaremos muito, se Deus quiser.

- A única pena é que as pessoas ficam meio esquisitas. Aquela velhinha da recepção, por exemplo. Era uma simpatia, mas parecia ter medo de nós.

- As pessoas são assim mesmo. Teve até um casal que ficou cochichando a nosso respeito. Eu os vi quando fui pedir o café no quarto.

- Cochichando o que?

- A mulher achou incrível eu ser a sapatão que fez você gemer na noite passada.

- O que??? Eles nos ouviram? Oh God, how embarrassing! (Oh Deus, que embaraçoso!)  – cobriu o rosto com as mãos; estava completamente vermelha

- Não seja boba, Regina. Você nunca mais nem verá esse pessoal. Eles ouviram, e daí? A gente tava fazendo e tava gozando, bom pra nós. Quem ouviu que morra de inveja!

- Você não tem vergonha de nada, não Emma? - deu um tapinha na minha coxa.

- De quase nada. Muito menos do que é bom.

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