16 - Estou Pronta

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Dormimos abraçadas, envolvendo-a com um braço e ela de lado, com a cabeça em meu ombro, uma das pernas enroscada nas minhas. Acordei nessa posição e senti uma dor estranha. Vi que Regina dormia como um anjo e beijei sua cabeça. Acomodei-me melhor e novamente dormi. Quando acordei de novo estava sozinha na cama. Olhei para o relógio, eram 9:00h.

"Uau, que noite maravilhosa!"

Sentei na cama e senti uma dor forte me tomar o corpo. Fiquei de pé e apertei a barriga. A cicatriz da operação (que se assemelhava à de uma cesariana) . Regina aparece na porta de camisola.

- Bom dia Emmy! - olhou-me preocupada e correu até mim - Que foi? Está sentindo dor? - abraçou-me com cuidado.

- Nada de mais, linda. - beijei-a nos lábios - Bom dia!

Ela permanecia preocupada.

- Meu Deus, Emmy! Será que exageramos ontem? Mesmo com todo esse tempo você ainda não está cem por cento! Melhor procurarmos a médica hoje.

- Que isso, linda não é pra tanto! Além do mais eu não me arrependo nem um pouquinho sequer... - abracei e a beijei nos lábios novamente.

- Você não tem jeito! - afastou-se de mim sorridente - Tome seu banho e venha para o café.

- Poxa, e eu que pensava que a gente ia tomar banho juntas de novo. Você me usou ontem à noite e hoje me joga fora assim?

- Boba! Está bem, eu vou com você. Mas será apenas banho, entendeu?

- Tá! - fiz cara de santa.

Tomamos banho de chuveiro com direito a muitas carícias. Partimos então para o café da manhã.

- Sabe que essa dengue da Dolores veio bem a calhar?

- Emma Swan! - me repreendeu.

- Brincadeira! Mas fala se essa liberdade nossa aqui dentro não tá maravilhosa? Parece um sonho, como se a gente fosse casada.

- Como se você realmente quisesse se casar comigo. Sem contar que perante a lei isso não é possível... - disse de olhos baixos

Levantei seu rosto para que me olhasse.

- Mesmo que eu nunca possa me casar com você perante a justiça, ainda vou viver com você, em uma casa nossa, e será a mesma coisa que um casamento. A sociedade poderá não aceitar, mas seremos casadas em nossos corações e mentes. - tomei sua mão e a beijei, passando-lhe confiança.

- Há vezes em que diz coisas que mexem comigo como não pode imaginar. - sorriu.

Com o decorrer do dia continuei sentindo dores e Regina ligou para a médica várias vezes perturbando tanto a pobre que, por volta das 18:00h, acabou indo lá me ver. Regina vestiu algo mais "bem composto" e eu me mantive de camisola, já que era a paciente.

- Mas e então, meus amores, o que há de errado? - pôs a mão em minha cabeça.

- Ela acordou sentindo dores pelo corpo e isso não passa! - disse agoniada.

- Você vinha sentindo isso, Emma?

- Não desse jeito e com essa intensidade!

- Deite na cama e me deixe ver.

Fiz o que mandou e ela apertou meu abdômen em vários pontos. Senti muita dor em alguns deles. Ouviu coração, respiração e deu tapinhas em minha barriga.

- Fez algo que não deveria??

Regina corou imediatamente e abaixou a cabeça. Sorte que estava atrás da médica.

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