1 - O Encontro

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Olá,pessoas!
Essa fic é adaptação do clássico "Tudo muda...Tudo passa..." com modificações no decorrer da história e o final foi modificado e criado por mim. Sim,teremos um final feliz,diferente do fim trágico que sei que muitos aqui já devem saber da história original!
Espero que apreciem cada cap e aviso que teremos atualizações todas as sexta-feiras,ok? :)
Uma ótima leitura,meus anjos!

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Londres, dezembro 2003

Comprovei que, quase tudo o que já foi escrito sobre o amor... é verdadeiro.
Shakespeare disse: "as viagens terminam com o encontro dos apaixonados". Que idéia mais extraordinária! Pessoalmente, nunca experimentei nada,
ou algo parecido...Não até o dia em que viví do que achei que era impossivel e provei do improvável
Até que um dia a vida me apresentou a dor...

São 15:35h, mas parece mais tarde. Hoje o dia amanheceu feio e o céu está bem cinza. Cai aquela chuva fina, típica de Londres, e o vento parece congelar a alma. Caminho pelo Thames Footpath sem direção certa, sem destino. Vejo as pessoas que vem e vão, poucos turistas tirando fotografias, os barcos navegando no rio... Lembro de quando fiz esta caminhada pela primeira vez, com Regina ao meu lado, e penso como minhas emoções eram bem diferentes.

Caminho de mãos nos bolsos usando a jaqueta vermelha que ela me deu. "Vamos lá Em, uma mulher como você vai ficar o máximo com essa jaqueta! "Regina. Penso nela o tempo todo. Seu sorriso lindo, os cabelos negros curtos e macios, a pele cheirosa, a voz suave. Penso em como era gostoso fazer amor com ela e ouvir seus gemidos enquanto me arranhavam a pele. Penso naqueles olhos castanhos que me fascinam...

O celular toca e atendo ouvindo a voz de um colega do outro lado. Por um momento não entendi o que dizia. Eu pensava em português, e aquele idioma, aquele país, aquela vida não me pertenciam.Eu queria Regina,eu queria minha felicidade.

- Can't talk to you now Net. Don't be afraid, I'll call you soon.(Não posso falar com você agora Net. Não tenha medo, ligarei para você em breve.)

Desliguei o telefone e pensei em jogar tudo para o alto.Nada me importa agora,a unica coisa que quero e preciso,é estar com ela.Comprar passagem para o primeiro vôo para o Brasil e partir sem olhar para trás.Imediatamente, minhas lembranças transpuseram o tempo e voltei ao começo de tudo, aos dias mais lindos que tive na vida...
Lhes contarei como minha vida passou a ter sentido quando cruzei meu caminho com Ela...

"Foi assim

como ver o mar,

a primeira vez,

que meus olhos,

caíram no teu olhar... "

Rio de Janeiro, março de 1993, verão, sol e calor.

Estava com pressa. Vestia uma blusinha e um short jeans, calçava as sandálias correndo. Mochila nas costas desci as escadarias do morro com empolgação. Começava para mim o chamado ciclo profissional do curso de engenharia civil.
Meu nome é Emma Swan, nesta época estudava na UFRJ, tinha 20 anos e aparentemente ser filha única; mas nunca tive certeza disso. Morava no Morro do Cantagalo, Copacabana, junto com minha avó Ruth; sem dúvida a pessoa mais enigmática que já conheci.
Tinha poucos amigos no morro, a maioria dos jovens me antipatizava. Já na faculdade era popular, tinha muitos colegas, namorava e fazia parte de um quarteto, integrado por Lilith,Rose ou Tinker como a chamamos e Ruby, intitulado de "As Feiticeiras". Era boa aluna e nunca reprovei uma matéria sequer. Trabalhava na Universidade desde o segundo período. Comecei como monitora, além de dar aulas particulares de diversas matérias. Em 93 começava como bolsista de iniciação científica do CNPq, o que significava que trabalharia vinculada a um laboratório e seria pago pela minha produção em ciência e tecnologia, o que não me impedia, porém, de continuar com as aulinhas particulares.
Minha avó era diarista e trabalhava em duas casas em Copacabana. Isso mantinha a semana dela cheia de segunda a sexta. Considerava a vida dura, era órfã e pobre, mas me sentia motivada pela esperança de um futuro melhor quando me formasse e arrumasse um emprego.
-Então Em, você ainda tá disponível pra aulas particulares? - perguntou Ruby, apoiando o queixo nas mãos.

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