37 - Desprezo é a Arma

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No dia seguinte acordamos cedo de novo e caminhamos até o final da praia do Peró. Era um ponto bem destacado e deserto e nós ficamos bem à vontade. Descobri uma região imprensada entre pedras que se assemelhava com uma pequena piscina. Chamei Regina para ir comigo lá. Sandra e Nara torravam na areia.

- Que coisa linda! Esse lugar é um paraíso! Não deixa a dever para a costa da França.

- É? Melhor é a companhia. – abracei-a pela cintura.

- Emmy, quer sossegar? – disse fazendo dengo.

- Eu tô querendo tudo, menos sossegar. – beijei seu pescoço e enfiei a mão por dentro de sua calcinha de biquíni.

- Emma! Estamos na praia e elas estão logo ali. – tentava se desvencilhar.

- Linda, esse trecho aqui é deserto e elas estão deitadas de bruços tomando sol. Ninguém vai ver nada. Vem aqui, vem... – continuei abraçando, beijando e passando a mão por onde queria

- Emmy, pare! – ficou de costas pra mim.

- Hum, você quer assim? Ótimo! – pus uma das mão por dentro do sutiã do biquíni e a outra encontrou sua abertura

- Oh, Emmy, don’t, don’t, oh Emmy... – arqueou as costas e deslizou a mão pela minha nuca.

Empurrei nós duas para debaixo d’água e virei-a de frente para mim. Começamos um amasso gostoso e suas mãos começaram a me explorar.

Fomos caminhando para areia e ela estava corada como nunca havia visto.

- Elas nunca vão desconfiar que a gente fez amor na praia com você vermelha desse jeito! – ri

- Sem vergonha! – me deu um tapinha no braço – Agora vamos ficar assim, molhadas, até o hora de tomar um banho.

- Mas na praia se fica molhada mesmo! – respondi brincando.

- Você entendeu! – fez careta sorrindo.

Nara virou de frente para continuar o bronzeamento e pôs a mão sobre os olhos para falar conosco.

- Que horas são? – olhou para Regina – Por que você tá tão vermelha??

E mais vermelha ela ficou.

- Bobagem! O sutiã dela abriu de repente e aí ficou com vergonha. – menti.

- Vergonha de quê, criatura? Só nós estamos aqui, e nem vimos nada. – Nara respondeu

- Infelizmente! – brincou Sandra.

- Sandra, cuidado, viu? – mexi com ela.

Sentamos na canga debaixo do guarda sol. Comecei a passar protetor nas costas de minha morena.

- E então, Regina? E a vida de casada?

- Maravilhosa, Sandra. Estou adorando.

- Emma deve ser boa companheira. – disse Nara.

- Ela é. – olhou para trás e me encarou de soslaio – Muito safada, mas é. – sorriu.

- É assim que você adora! – beijei seu pescoço.

Ela sentiu cócegas e riu.

- Com o tempo você vai perder essa timidez excessiva! Eu também era assim.

- Mas eu fiz tratar dessa timidez logo logo. – Sandra respondeu.

- Essa aí sim, é que é muiiiito sem vergonha. – Nara bateu na bunda da outra.

- Ei!

- Então estamos bem arranjadas. – Regina brincou 

Almoçamos às três da tarde, e a comida de dona Rosali era sempre ótima. Voltamos para um jogo de vôlei na praia e rapidamente éramos quase vinte pessoas, homens e mulheres, jogando animadamente. Uns rapazes ficaram dando a maior bola para Regina e até nos convidaram para sair à noite. Eu fiquei uma fera, mas ela, como sempre, não deu a mínima para eles.

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