- Ai Regina, o que eu visto? – mexia nas roupas dentro do armário. - Tá um calor DANADO e parece que nada serve.
Ela pegou dois cabides com roupas e me mostrou.
- Amor, calma! Olha, pelo que me contou de onde ela reside, não acho que irá se importar com sua vestimenta. - sorriu e se aproximou. - Vá como você mesma. - me estendeu a calça preta e a regata branca. - Como minha Emma Swan...simples e linda!
Peguei as roupas de suas mãos, ela enlaçou meu pescoço e me deu um selinho demorado, me acalmando.
- É, boa! Eu fico bem com isso? – olhei para ela.
- Maravilhosa! – beijou minha boca outra vez - Agora vá se vestir, ou irá se atrasar! – deu um tapinha na minha bunda.
- Você tem certeza de que não vem comigo?
- Agora não é o momento. Vocês precisam ter uma conversa séria entre mãe e filha e eu só iria atrapalhar. Ela não me conhece e não ficaria à vontade.
- Como será essa conversa, hein? – vestia a roupa.
- Na hora você saberá.
- Eu... eu queria ajudá-la. Tirar de lá daquela pobreza.
- Nós faremos isso. – nos entreolhamos e sorrimos – Uma coisa de cada vez.
- Tá certo! - suspirei.
☆♤☆
Já eram dez horas e nada! Eu andava tanto pelos mesmos lugares que o chão deveria estar marcado. Olhava por dentro e por fora da igreja e nada. Passados vinte minutos depois desisti de esperar e andei em direção à avenida, quando algo me chamou a atenção. Um carro vinha em alta velocidade e vi que uma mulher iria atravessar a faixa de pedestre. Entrei em desespero.
- Ei! Moça...PARA!
Ela não me ouvia, então num impulso, corri em sua direção. O carro buzinava loucamente e ela estacou no meio do lugar. Consegui chegar heguei a tempo abraçando seu corpo, arremessando a nos duas para o lado contrário do veículo desgovernado. Seu corpo caiu por cima do meu e senti o impacto contra o chão, me fazendo gemer pela dor e vi quando o carro bateu no poste. Voltei meu olhar para a mulher e não pude acreditar. Estava diante de meu passado.
- Você… - sussurrei a encarando.
A multidão se aglomerou ao nosso redor, fazendo tudo parar. O motorista, dono do carro, veio correndo em nossa direção. Ela me olhou confusa e se levantou.
- Você está bem? Está ferida…?
- E-Eu...não sei… - senti que meu cotovelo ardia, mas não dei atenção a isso e nesse momento o motorista se aproximou.
- Ai meu Deus! Vocês...Meu Deus! Por favor, me perdoe...eu...vocês estão bem? - ele gaguejava desesperado, passando a mão pelos cabelos.
Levantei-me lentamente, em choque, a observando. Esse ato não passou despercebido por ela. Voltei a mim,certificando de que não houvesse quebrado nada e milagrosamente estava inteira.
- Calma, rapaz! Estamos...bem? - olhei em direção à mulher e ela acenou positivamente. - Fica tranquilo, estamos bem!
- Eu não sei o que aconteceu...o freio parou de funcionar…
O rapaz continuou se explicando e se desculpando. Depois de o tranquilizármos e todos verem que estávamos bem de fato, tudo voltou à normalidade, quando me voltei a mulher baixinha de cabelos curtos. Ela tinha uma aparência abatida e magra, mas mesmo assim a reconheci de meus sonhos, que apesar de sua idade era muito bonita. Era ela… Tinha acabado de salvar a vida da minha própria mãe. Respirei profundamente e a encarei.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Além do Tempo
RomanceO amor não escolhe clásse social, personalidade, etnia... não escolhe hora, nem lugar. Ele simplesmente acontece. Sem pedir permissão, invade a alma e o coração. Emma Swan e Regina Mills, mostrarão que esse sentimento tão sublime, pode sim quebrar...