𝕯𝐄𝐕𝐈𝐋'𝐒 𝕿𝐇𝐑𝐎𝐍𝐄
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𝐏𝐑𝐈𝐍𝐂𝐈𝐏𝐄 da morte, sentado ao trono do inferno, prole de Lilith, a primeira perdição e a última salvação. Deimos Blackthorn.
Viu-se perdidamente apaixonado pel...
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Tudo que aconteceu deixou minha cabeça rodopiando, foram cenas pavorosas, tudo que eu não esperava. Ainda não consegui processar, não tive tempo, afinal, cá estou eu, segurando o braço de Deimos e tentando o acalmar para que não piore a situação com o irmão que eu nem sabia que ele tinha.
—Deimos...sei que sou a última que vai ouvir, mas não diga mais nada, ele parece ter muito rancor no coração, se liberar sua raiva em uma discussão, vai ser tudo pior. Por favor, se acalme.—minha voz passava calma, nem sei se ele me ouviu, sua mente parece estar em um lugar distante. Deimos nunca aparentou ser uma pessoa sentimental, na realidade o oposto total. Se eu tivesse que descrever o que eu sinto toda vez que estou na presença dele, duas palavras dão conta: medo e repulsa. Agora porém, ele não me parece tão assustador assim, aliás embora não transpareça, posso sentir que está chateado, seus olhos apesar de raivosos estão tristes.
—Obrigado, Amara.—finalmente quebrou o silêncio após um longo suspiro.—Um pouco mais e eu iria explodir.—ainda encarava o lugar onde o irmão estava antes de sair por um portal, parecia sem reação.
Nia se aproximou, o cutucando.
—Vamos para sua sala, você está precisando conversar.—ela o puxou.
—Eu realmente preciso.—outro suspiro de pesar saiu, e então apontou para Uriel.—Diane, encontre um lugar para ele no palácio, ficará conosco.
—Um anjo, Deimos? Pela sua mãe, já não basta Michael e suas crianças?—imagino que ela tenha se referido a mim, Apollo e Temari.
—O inimigo do meu inimigo é meu amigo, Diane.
—Eles não são inimigos de ninguém.
—Mas são meus aliados.—finalizou antes de sair com Nia, estranhamente aparentava estar menos ríspido, falou com uma naturalidade menos autoritária que não era de seu feitio. Logo percebi, estava vulnerável, realmente estava mal.
Mesmo depois de ter atualizado Apollo de todos os acontecimentos catastróficos, passado um bom tempo com Temari e Tio Michael, brincado com William e executado todas as minhas atividades do dia, continuei inquieta, como se algo estivesse pendente. No jantar, Deimos não se encontrava, tudo indica que nem mesmo depois de conversar com Nia ele saiu de sua sala. Por mais que eu o odeie a maior parte do tempo, me incomoda deveras ver alguém magoado e não me esforçar para ajudar, mesmo que essa pessoa seja o próprio diabo.
—Ames, no que está pensando? Está distraída...no jantar mal conversou.—Apollo me trouxe de volta dos meus pensamentos enquanto eu caminhava pelo corredor.
—Odeio admitir, mas estou com pena do Deimos, tudo que ouviu do irmão parece o ter afetado, e ele não parece ser o tipo de pessoa que se deixa afetar.
—No final das contas até o velho dragão da caverna tem sentimentos...
