𝕯𝐄𝐕𝐈𝐋'𝐒 𝕿𝐇𝐑𝐎𝐍𝐄
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𝐏𝐑𝐈𝐍𝐂𝐈𝐏𝐄 da morte, sentado ao trono do inferno, prole de Lilith, a primeira perdição e a última salvação. Deimos Blackthorn.
Viu-se perdidamente apaixonado pel...
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—Eu quero muito ir embora mãe.—reclamo me encostando em uma parede, odeio ambientes cheios, me lembram o purgatório. Aliás, o purgatório é muito mais agradável que uma sala cheia de nobres esnobes que desperdiçam comida enquanto seus súditos passam fome para pagar impostos.
—Eu também filho, mas precisamos mostrar para possíveis demônios rebeldes que ainda estamos em todo lugar, que estamos de olho.
—Você acha que o Lucifer vem?.—tomara que não venha, penso.
—Ele costumava adorar esse tipo de evento, durante toda a história da humanidade sempre deu um jeito de aparecer para bebericar vinho e observar as coisas, foi assim que conheceu a mãe dos gêmeos.
Arqueio uma sobrancelha.
—Você conheceu ela?
—Deimos, aquele baile na Irlanda, onde celebravam o casamento do herdeiro. Uma ruiva havia tentando entrar de penetra, você não a viu, mas se lembra dos sussurros dos nobres ao comentar que Lord Lucifer havia permitido sua entrada e não parava de conversar com ela?—seu maxilar ossudo e marcado relaxa quando pega um cálice de vinho e leva até a boca.—Pelas minhas contas, naquela noite eles foram concebidos.
Essa é de longe uma das coisas mais bizarras da vida imortal. Uns dezoito ou dezenove anos atrás eu e Nia passamos a noite bebendo hidromel e rindo de cortesãs desengonçadas enquanto minha amante e meu cunhado insuportável estavam sendo...fabricados? Nossa, é demais para minha cabeça.
—Esquisito se eu pensar demais no assunto, por que não me contou sobre isso antes?
—Achei que você se lembrava.
—Não é porque eu sou imortal que minha memória acompanha o ritmo.—dou de ombros.—Será que eles se viram depois disso? Amara sempre se pergunta sobre esse tipo de coisa, queria saber se o pai realmente amou a senhora Mulligan.
—Amor é para mortais Deimos, seres como eu e Lucifer temos uma visão diferente das coisas. Um dia Amara não vai ser mais uma novidade profética e você vai me entender.
—Eu amo ela, mamãe.—odeio ter que continuar afirmando isso para ela, sinto que não está contente com meu relacionamento.
—Eu sei e considero uma escolha ruim, Deimos. Somos quase deuses, temos propósitos maiores do que as efemeridades que os humanos consideram importantes. Reparou no desgaste que teve discutindo com Hera nos últimos dias? Você perdeu tempo que poderia ter usado para pensar em táticas para evitar invasões inimigas em seu reino, ou conter demônios rebeldes que saem do inferno sem autorização.
