𝕱|five of cups.

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DEIMOS BLACKWOOD
pov.

As coisas tem sido mais caóticas do que o comum nos últimos dias, modéstia à parte eu geralmente sei de tudo, e ultimamente, não faço ideia do que diabos vem acontecendo

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As coisas tem sido mais caóticas do que o comum nos últimos dias, modéstia à parte eu geralmente sei de tudo, e ultimamente, não faço ideia do que diabos vem acontecendo. Eu estava no jardim do Éden, vi as pirâmides serem construídas, festejei em babilônia, presenciei a construção e queda de grandes dinastias, e nada foi difícil de assimilar como os últimos dias, porque talvez eu realmente não queira pensar demais, raciocinar.

Como rei, é minha obrigação decidir o destino dos criminosos de guerra trazidos até mim, e como alguém educado no inferno por anos, punições se tornaram minha especialidade.
Os calabouços ficam na parte subterrânea do palácio, a decida íngrime é relativamente longa, sinto o ar gélido acompanhado do desagradável cheiro de mofo ao passar pelas escadarias espirais que vem em seguida da rampa.

—Você não vai acreditar em quem achei com o grupo de rebeldes inimigos.—Diane diz em uma tentativa de suspense, mas fico sem tempo de fazer suposições quando ao passar pelas celas, vejo a figura lânguida de um homem que considerei como grande colega, o mesmo que me trouxe ao reino e me apresentou á Hera, um dos mais notáveis membros do conselho real.

—Leonard.—minha voz sai tão fria quanto estes corredores, mesmo que eu esteja possuído por uma raiva inigualável. A traição de um aliado fere mais do que a espada.

—Vossa alteza, peço sua misericórdia...

—Cale-se!—minha voz se sobrepõe á seus pedidos desesperados.—Você traiu a coroa que ousou servir.

—Fui forçado pelas circunstâncias.

—Traidor.

—O senhor não entende, por favor me escute. Existe uma questão maior do que poder, reinos, existe uma força maior...seus inimigos são mais poderosos do que o senhor imagina, em nome de Deus me escute.

Meus instintos me fazem querer esgana-lo antes que possa falar mais, mas preciso de sensatez para executar meu trabalho e me mantenho estático.

—Diane, diga-me, o que ele foi pego tentando?

—Estava treinando o grupo rebelde para um roubo, senhor. Planejavam roubar a espada de sangue.

Não posso evitar franzir o cenho, nunca citei essa espada em minhas conversas com ele, a mesma só é conhecida por anjos e demônios.

—Por que o reino da Inglaterra ia querer uma relíquia infernal?

—A questão não é o reino, e sim o conselheiro de tal.

—Do que está falando Diane?

—Por favor, termine de ouvir o prisioneiro.—me pede cautelosamente e direciono meu olhar novamente para Leonard, o qual está tremendo por inteiro, das mãos até as pernas.

DEVIL'S THRONEOnde histórias criam vida. Descubra agora