𝗔𝗖𝗧 𝗜
MALUM CONSILIUM
QUOD MUTARI
NON POTESTJardim do Éden
cerca de 4100-420 A.CDepois da expulsão de mamãe, todos os dias eram patéticamente iguais.
Eu, meu pai e Caim caçávamos o suficiente para todas as refeições do dia, Eva e Abel colhiam durante a manhã, enquanto estávamos fora.
Nestes intervalos Caim e Abel encarregavam-se dos animais e da lavragem das Terras. Já eu raramente podia ajudá-los, precisava cuidar da pequena Phobos, já que ninguém mais queria, como se a pobrezinha fosse culpada pelos deslizes do pai.—Irmão? Olha para mim, olha o que eu sei fazer!—a garotinha agitada me chamava repetidamente, quando finalmente coloquei os olhos sob ela, a loirinha com rapidez correu pela grama verde do jardim e virou uma cambalhota, mas começou a chorar em seguida.
Quando me aproximei, vi sua perna cortada e um pouquinho de sangue escorrendo, havia se cortado em uma afiada pedra.—Phobos, eu já não lhe disse para tomar cuidado por onde corre? Vem aqui cabritinha, vamos atrás de aloe vera.—peguei-a em meus braços delicadamente.
—Cabritinha?
—Você parece uma cabra, vive pulando por aí.—comentei bagunçando seu cabelo e a pequena riu, crianças no auge de seus cinco anos podem ser terrivelmente agitadas.
Entrei com ela em meio a um matagal, com a ajuda da faca que eu mesmo fiz, cortei uma folha de aloe-vera e parti com Phobos para a caverna onde morávamos. Eu e ela ficávamos em uma caverna diferente da qual Eva e seus filhos estavam, ela jamais aceitaria os filhos de Lilith completamente, convivia por puro dever.
Limpei o ferimento de Phobos com água e a ajuda de um tufo de pelagem de ovelha. Com o local limpo, retirei a parte de cima da folha de aloe-vera e extraí o gel encontrado na parte interna e o passei com cuidado na área afetada, era um excelente cicatrizante, mamãe me ensinou perfeitamente como usar as plantas para facilitar meu cotidiano, realmente eram mágicas.—Vai arder um pouquinho, mas o irmão promete que vai sarar tá bom?
—Obrigada Deimos!—seus olhinhos azuis oceânicos pareciam brilhar—Você é melhor que o papai! Na verdade...não gosto dele.
—Eu também não, nem da esposa dele, ou dos filhos. Só do Abel, eu gosto dele.—acariciei seus fios ondulados e em seguida passei a fazer pequenas tranças, desde que minha mãe foi expulsa do jardim, Adão não dá a mínima para Phobos e eu precisei assumir o papel de cuidados. Sejamos sinceros, ele nunca foi um bom pai nem mesmo para mim que sou o primogênito.
—Quando a mamãe volta? Eu sinto falta do abraço dela...
—Eu não sei, cabritinha, eu realmente não sei.—suspirei aflito, sempre odiei não ter as respostas.—Não sei se quero ver pessoas chatas hoje, e se eu fizer o jantar?
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DEVIL'S THRONE
Fantastik𝕯𝐄𝐕𝐈𝐋'𝐒 𝕿𝐇𝐑𝐎𝐍𝐄 𓆙 𝐏𝐑𝐈𝐍𝐂𝐈𝐏𝐄 da morte, sentado ao trono do inferno, prole de Lilith, a primeira perdição e a última salvação. Deimos Blackthorn. Viu-se perdidamente apaixonado pel...