Capítulo 17

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Miguel a buscou em casa. Depois do almoço com Berenice, a ruiva pegou um táxi para o sítio para se arrumar. Maria Antônia tinha pedido para se arrumar com ela e assim se maquiaram juntas. Angélica ensinou o básico que sabia para jovem, sorrindo da empolgação da menina em surpreender o namorado.

Quando ela colocou o vestido que Miguel tinha lhe dado, se olho bem no espelho. Tinha ficado lindo, e com os saltos que ela tinha escolhido usar seu corpo tinha ficado com uma postura elegante. Ela não sabia para onde iam, mas estava bonita e era isso que bastava.

Miguel chegou em casa perto das seis da tarde, tomou um banho e se arrumou também. Em pouco tempo as roupas pretas dele foram agregando ao charme que ela via. Não tinha ideia que essa cor pudesse ficar tão boa em alguém, mas ficava nele.

— Vamos? — ele apareceu na sala com um lenço e se colocou atrás dela.

— Você tá brincando, não é? — ela perguntou, sentindo a venda cobrir seus olhos.

— Você vai gostar. — ele sussurrou em seu ouvido antes de lhe dar um beijos na bochecha.

Angélica sentiu o corpo todo arrepiar com um simples beijo no rosto. Sentiu a mão dele na sua e logo em seguida estava sendo puxada para fora. Foi colocada no carro aos risos. Durante o caminho ela tentou adivinhar para onde estavam indo, em vão, cada curva ela falava um lugar qualquer, arrancando risos dele. Não demorou muito para chegarem no destino. Angélica ouviu ele descer, mas ele demorou para abrir a porta do seu lado. Considerou tirar a venda só para saber, mas não queria estragar a surpresa. Era a primeira vez que alguém se preocupava assim com ela, que queria lhe agradar assim.

Logo a porta do carro se abriu, ele a puxou pela mão.

— Estamos quase lá. — ele caminhou atrás dela devagar, a guiando.

— Estou ficando nervosa. — ela falou rindo, mexendo com as mãos, uma mania bem característica dela que agora ele conhecia.

De repente pararam, Miguel tirou a venda e ela abriu os olhos devagar.

Quando entendeu os estava, seu coração acelerou. A banda no palco começou a cantar parabéns e um ritmo de forró pé de serra, Angélica olhou para a mesa na sua frente que ficava em uma espécie de calçada na frente do restaurante. A família de seu Oxente, Berenice, Duplex, Caio, Fernanda. Estavam todos lá, cantando para ela. O resto do lugar foi contagiado também e as outras mesas foram cantando junto. Estavam no centro de tradições nordestinas.

Angélica tinha falado que seu sonho era conhecer o lugar, e depois que começou a ouvir varias historias da família de seu Oxente quando vinham para cá ele ficou com ainda mais vontade. Mas nunca tinha falado disso com Miguel mais de uma vez, e ainda assim ele lembrou.

Ela sentiu os olhos encherem d'água. Seu corpo tremia de felicidade. Ela olhou para Miguel, que olhava para ela encantado, absorvendo as reações dela. Angélica pulou em seu pescoço, o abraçando contente. O alertou contra ela, enchendo seu rosto de beijos. Miguel rua da alegria dela, aproveitando a proximidade. Assim que a banda parou de tocar, eles voltaram a programação normal, tocando um forró animado. Algumas mesas davam parabéns de longe, Angélica agradecia tímida. Se sentaram na mesa e ela estava até vermelha da agitação.

Miguel segurou sua mão.

— Gostou na surpresa? — ele perguntou.

— Eu amei! Eu nem sei como agradecer! — ela respondeu.

— Aproveita sua noite, vai ser o melhor agradecimento. — Miguel respondeu, beijando sua mão.

A atenção de Angélica foi logo tomada pelos convidados. Eles conversavam, comiam, bebiam, regatos de uma boa música. Oxente e Zenaide já estavam na pista há tempos, vivendo os tempos de jovens. As meninas conversaram animadas, Angélica estava feliz e Miguel não conseguia parar de olhá-la.

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