Capítulo 50

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Miguel entrou com ela nos braços no quarto em que se hospedaram tempos atrás. Há um ano ele já sabia que ainda entraria com ela nesse quarto como sua esposa. Não errou. Colocou Angélica no chão e observou as reações dela. O quarto cheio de flores brancas, como ele sabia que ela gostava.
— Você sempre pensando em tudo, não muda né? — ela falou, o olhando por cima do ombro.
Miguel colocou a chave do quarto em cima do aparador ao lado da porta e a olhou, exalava desejo e amor.
— Não...
Em segundos, Angélica estava prensada contra a parede, Miguel tinha as mãos da ruiva sobre a cabeça dela, presa na parede. A beijava com calor, seu corpo implorava pelo dela em uma loucura. A queria já, e sentia que ela também. Miguel migrou os lábios para o pescoço dela, mordendo o ponto exato que a deixava mole. Conhecia o corpo dela como ninguém, era o único a tê-la assim. Suas curvas eram uma carta aberta à ele, revelavam todas as verdades que ele já sabia.
Rapidamente ele levou a mão para o zíper nas costas e puxou o vestido para baixo em um movimento único. O que ele viu fez ele se afastar, impactado. Ela usava uma lingerie branca que deixava muito pouco para a imaginação.
— Gostou, bonitão? — ela perguntou brincando, o vendo sem palavras.
Aproveitou esse momento para o empurrar até a cama. Miguel caiu sem resistência nenhuma. Estava na mira dela, e não queria escapar. Angélica sentou em seu colo e soltou o cabelo, balançando, fazendo a cascata cair ao redor de seu rosto. Ele sorriu bobo, ela era maravilhosa. As mãos pequenas foram para sua camisa branca, ela desfez botão por botão, cada pedaço de pele revelado era um beijo que ele recebia em sua pele.
Ela puxou a camisa dele para tirar, e Miguel se sentou na cama para facilitar o processo. Essa proximidade fez com que ela ficasse ainda mais próxima da ereção crescente. Isso a fez gemer, e os braços dele a envolveram. Miguel começou a beijar seus seios por cima do sutiã. Sua mão mexia no feixe, mas sem sucesso nenhum, ele resolver rasgar de uma vez, arrancando o tecido dela.

Angélica o olhou com desejo, adorava quando ele ficava impaciente desse jeito. Miguel tomou um mamilo em sua boca, o que a fez se contorcer e encostar ainda mais sua intimidade nele. A ruiva gemeu, e antes que perdesse o controle, o empurrou de volta para a cama. Miguel riu, sabia o que ela queria e não tinha outra escolha se não dar a ela.
Ela desceu mais ainda, chegando na calça dele. A peça logo era história pelo quarto. Miguel estava nu na cama e completamente seu. Seu marido, seu amor. Angélica não esperou ele inverter as posições, foi certeira no que queria, o tomando a boca. Migue se deixou levar pelo prazer que ela lhe dava, mas seus planos eram outros. A puxou para cima e inverteu as posições.
Miguel puxou a calcinha dela para baixo.
— Você nunca deixa eu fazer o que eu quero. — ela falou ofegante
— Eu não consigo me controlar com você... — ele disse no mesmo tom.
— Eu não quero que se controle. — ela disse firme, sedutora. — Eu quero você tão louco quanto eu.
Miguel desceu a boca pelo corpo dela, queria capaz pedaço dela cravado em sua mente. Angélica dominaria seus pensamentos até o final de seus dias, e sentia que ainda assim até depois deles. Beijou sua intimidade, se inundou no prazer que dar prazer a ela proporcionava. Gostava dos gemidos, dos suspiros, a mão forte puxando seu cabelo. Gostava de ouvi-la pedindo mais.
— Não para, Miguel... — ela gemia, de novo e de novo.
Até o quarto era tomado por um silencio segundos antes dela chegar no ápice, gemendo seu nome alto. Ah... as vantagens de um quarto distante dos outros. Miguel se colocou pronto para entrar nela. Olhou nos olhos dela, pareciam estar hipnotizados por ele.
— Você realmente quer ter outro filho agora? — ele perguntou.
Angélica sorriu da preocupação, e levantou o quadril para encontrar com o dele, encaixando os dois em uma união perfeita. Ela o segurou pelo pescoço e o puxou até sussurrar em seu ouvido:
— Eu estou tomando remédio, bobo.

Miguel riu antes de começar a se mover. Puxou a perna dela para o envolver em sua cintura. O que começou calmo logo tomou um ritmo frenético. Ele segurou as mãos dela na cama, as unhas cravavam na mão dele. Ela gemia, completamente perdida, rendida por eles. Os movimentos eram tão rápidos e fortes, que não demorou muito para eles estarem suados, gemendo em delírio, se entregando ao orgasmo sem reservas.
Depois de recuperarem o fôlego, os dois se enfiaram na famosa banheira da varanda, vendo o céu estrelado da noite quente. Ela estava sentada na frente dele, apoiada em seu peito, uma taça de champanhe na mão. Miguel tinha a cabeça apoiada no encosto e um sorriso no rosto.
— Eu não vou mentir... dizer que nunca pensei que a gente fosse estar aqui assim um dia... — ela falou, o tirando de seu pequeno cochilo.
Miguel levou a mão ao pescoço dela, acariciando suavemente.
— A gente fez tudo na ordem errada? — ela falou rindo. — Sim, mas eu não me arrependo.
— Estamos casados... — ele falou em seu ouvido.
— Estamos. — ela respondeu, se arrepiando com a voz dele.
Ele sentiu o corpo dela reagindo, e devagar tomou a taça de vinho da mão dela, enquanto a outra descia pela frente de seu corpo.
Eles não sabiam, mas as memórias ruins que as vezes ainda apareciam em pesadelos eventualmente iriam embora. Fariam as pazes com perdas, comemorariam novas chegadas. Construiriam uma vida completamente nova, apegados em uma única promessa. O amor que sentiam um pelo outro. Qualquer outra coisa ficaria pequena perto desse sentimento.
Tudo de ruim se apagaria como um chão de giz.


Fim.

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