Capítulo 27

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A quinta e a sexta passaram voando para Angélica e Miguel. Os dois estavam tão cheios de trabalho que nem perceberam que já era sábado, dia do exame. Miguel acordou primeiro e olhou para a ruiva. Ela dormia tranquila e nua, a visão que ele queria ter pelo resto da vida, com certeza. Esses últimos dois dias foram bem agitados na Brás para ela. Tirando o caos com a família Viana, eles apresentariam um atleta para um clube importante e ela foi uma das idealizadores do projeto. Isso aconteceria amanhã, e se desse certo seria muito significativo para ela.
Miguel olhou para o relógio ao lado da cama e suspirou. O exame estava marcado para as oito, se quisessem chegar a tempo em São Paulo teriam que levantar logo.
Ele começou a beijar o rosto dela devagar, migrando até o pescoço. Ela foi acordando devagar, preguiçosa, mas acordar com os beijos dele... não tinha jeito melhor de começar o dia.
— Está muito cedo... — ela resmungou.
— Eu te faço acordar. — ele sussurrou em seu ouvido e logo sentiu a ruiva se animar.
Mas ele a surpreendeu a pegando no colo direto para o banho gelado. Se eles fizessem o que ela tinha em mente chegariam atrasados com certeza.
Eles terminaram de se arrumar, Miguel percebeu que agora, mesmo mais acordada, ela ainda estava quieta. Ele se aproximou dela abotoando os últimos botões da camisa preta, quando acabou, a abraçou por trás. A olhou pelo espelho e viu o cansaço em seu semblante.
— Quando voltarmos a clínica vamos descansar, desligar nossos telefones e curtir o dia no lago... — ele disse firme com um sorriso.
— Só quero que isso acabe logo...
— Você diz o exame?
— Nem tanto... já sabemos o resultando, não é? — ela perguntou. — Eu digo esse evento da Brás...
Miguel a apertou contra ele.
— Vai dar certo, meu amor.
— Eu sei que vai... mas ainda assim não consigo evitar a sensação de pressão, de estar sendo observada. Fernanda bateu de frente com outros funcionários mais experientes que eu pela minha ideia... se isso der errado e logo depois o resultado vier à tona para o público eles vão associar uma coisa com a outra...

Miguel entendia. Agora que ela era uma Viana, não queria ser associada com uma. Angélica se virou no abraço, o olhando de frente, acariciando o rosto dele com os dedos.
— Ainda bem que eu tenho um namorado que me ama e sempre sabe como me acalmar... — ela disse com uma voz sedutora e Miguel entrou na brincadeira, descendo os lábios para o pescoço dela.
— Ainda bem... ufa! — ele riu contra ela.
Eles saíram do sítio até a clínica que Fernanda tinha passado. O caminho foi tranquilo, o dia estava ensolarado. Ela observava a paisagem do sítio ao longo que iam para fora da propriedade. Essa era a vida tranquila que queria, que sempre sonhou. Ao seu lado o homem que amava, na sua frente um futuro e a sorte desse amor tranquilo.
Chegaram na clínica em cima da hora e já encontraram Ramiro e Tobias esperando na recepção.
— Bom dia, querida. — Ramiro a cumprimentou com um sorriso e um beijo no rosto, assim como Tobias.
— Bom dia, Angélica. Desculpa ter saído daquele jeito na quarta-feira, tinha uma reunião importante, não podia adiar. — o homem falou com um tom sério e empático.
— Não tem problema, eu entendo. — Angélica se voltou para Miguel e sorriu. — Esse é Miguel, meu namorado.
Ramiro estendeu a mão e Miguel o cumprimentou.
— Muito prazer, Sr. Viana. — Miguel também cumprimentou Tobias.
— Só Ramiro está bom. — o empresário disse.
Logo Angélica e Ramiro forma chamados pra a sala de coleta e Miguel ficou com Tobias na recepção. Os dois estavam um pouco desconfortáveis, mas Tobias foi o primeiro a falar alguma coisa.
— Então você está namorando a minha irmã.
Miguel o olhou surpreso por uns segundos, mas logo sorriu tranquilo ao não ver nada agressivo o olhar do homem.
— Estou sim...
— Eu sinto que preciso fazer essa pergunta porque eu fiz o mesmo com a Fernanda. — Tobias fechou os olhos e respirando fundo como se estivesse nervoso. — Quais são suas intenções com a minha irmã?
Miguel riu e foi acompanhado por Tobias. O agrônomo já gostava desse homem.
— As melhores, eu te garanto.

Depois do exame, Angélica e Miguel se despediram dos dois e a ruiva perguntou se podiam passar na Berenice, já que a amiga tinha os chamado para tomar café da manhã. Eles passaram na padaria para comprar algumas coisas e foram para o conjugado.
— Entra, gente! — Berenice falou com um sorriso.
Miguel entrou e viu Duplex brincando com Caio. O menino correu para um abraço quando viu o "tio do chuchu". Angélica e Berenice riram da alegria da criança, e logo todos se sentaram para comer.
— E então... como foi lá na clínica? — Duplex perguntou.
— Foi tranquilo, fiz a coleta e logo fomos liberados.
— E o resultado? — Berenice questionou a Angélica.
— Falaram que sai hoje no final da tarde. Ramiro colocou como prioridade, alguma coisa com o advogado dele eu acho.
Miguel olhou para Angélica e sorriu em apoio. Logo eles começaram a falar da Brás e como os meninos que jogavam lá tinham um talento incrível.
— Caio está doido para fazer um teste lá... — Berenice falou um pouco triste.
— Isso não é bom? — Angélica perguntou.
— Aí amiga, até é... mas o valor do teste é muito alto.
— Não seja por isso, eu pago! — Miguel exclamou contente.
— Lógico que não, Miguel! — Berenice rebateu.
— Eu faço questão! Esse menino vai longe, eu tenho certeza que vai ser um grande jogador.
— Miguel, não posso aceitar.
— Vamos fazer metade metade então. — ele sugeriu.
— Vamos dividir em três! — Duplex interferiu.
— Em quatro então! Também quero participar! — Angélica disse sorrindo.
Berenice olhou para eles com os olhos cheios de lágrimas querendo sair.
— Aí gente assim vocês me fazem chorar logo cedo! — Berenice disse em meio ao riso enquanto secava os olhos.
Depois do café, Miguel e Angélica voltaram para o sítio em uma conversa leve. Ela tinha a mão em sua nuca, ele tinha a dele em sua perna. Era impossível não se tocarem.
Chegaram perto da hora do almoço. Miguel fez algo rápido para eles comerem enquanto ela se trocava para irem para o lago. Comeram entre brincadeiras e provocações. Como ela estava de shorts, ele sempre passava a mão em sua perna, provocando.

— Se continuar assim a gente não sai dessa casa hoje. — ela falou séria.
— Por mim tudo bem. — ele se levantou da cadeira e foi até a dela.
— Pode parar, quero aproveitar o dia no lago, não me provoca.
Os dois caminharam de mãos dadas com uma pequena cesta de piquenique. Tinham deixado seus telefones em casa, não queriam ter que ligar com preocupações do mundo de fora. Ele queria aproveitar esse dia com ela apenas, fazê-la relaxar para o dia de amanhã. Chegaram na beira do lago e se acomodaram. Miguel tirou a camiseta e a bermuda, ficando só de sunga. Angélica não disfarçou seu olhar no corpo dele.
— Você fica me olhando desse jeito... depois eu que provoco. — Miguel disse com um sussurro.
Angélica não respondeu, mas tirou sua roupa também, ficando só de biquíni. Miguel a olhou descaradamente também, se deitando no chão ao lado dela.
— Eu sou um homem de sorte, mesmo... — ele sussurrou para ele mesmo.
— É? — ela perguntou, se movendo para sentar nele.
— O que você acha? — Miguel colocou as mãos no quadril dela. — Angélica ... aqui não é lugar...
Mas ela ignorou. Desceu até o peito forte, o beijou. Foi descendo seus beijos pelo abdômen dele. Miguel estava tão entregue as carícias que nem percebeu a intenção dela. Foi quando ele foi pego de surpresa por sentir sua boca bem acima de linha da sunga. Miguel se sentou com rapidez, a fazendo se afastar dele.
— Espera! — ele falou rápido, ofegante.
— O que foi? — ela perguntou com um sorriso confuso.
— Você ia... — ele não conseguiu terminar, a mente estava nublada pelo desejo.
— Ia, qual o problema? Você faz isso comigo... — ela perguntou.
— Eu faço porque eu gosto, porque eu te amo... mas você...
Angélica entendeu onde ele queria chegar. Colocou a mão sobre sua boca, a fim de fazê-lo escuta-la.
— Eu quero tudo com você, Miguel. Quero te amar por inteiro, cada parte sua...
Miguel a olhou bem e viu tranquilidade em suas palavras, o que o deixava mais calmo. Angélica o empurrou para o chão de novo. Voltando sua atenção para o membro que a chamava. Era a primeira vez que desejava fazer o que ia fazer.

Diferente do que pensava, não sentiu nenhum gatilho, nenhuma lembrança ruim. Miguel conseguia tirar tudo de ruim de dentro dela.
Angélica tirou a sunga dele devagar, o segurou em suas mãos. Não estava nervosa, estava pronta.
Miguel tentava se controlar, controlar seus sons, mas a boca dela estava o deixando maluco. Deixaria o ritmo ser ditado por ela. Apenas aproveitaria.
Ela fez como ele fazia, ditava o ritmo através dos sons que recebida. Miguel foi gemendo mais e mais, e ela foi se entregando a isso na mesma proporção.
— Angélica, eu... — Miguel não conseguia falar, um gemido tomando conta de sua frase.
Ela tomou aquilo como um sinal de que ele estava próximo. Intensificou seu movimentos, o deixando no limite e o soltou. Ele a olhou sem entender. Angélica pegou uma camisinha na bolsa e sorriu para ele, Miguel suspirou e sorriu junto. Em segundos ela se sentou sobre ele, unindo seus corpos.
Ela gemeu, jogando a cabeça para trás, se apoiando no peito dele enquanto aos mãos fortes guiavam seus movimentos firmes. Angélica rebolava sobre ele, seu corpo já estava no limite. Miguel se sentou, sua boca ficando a altura de seus seios cobertos pelo biquíni, que ele logo afastou para o lado. Ele colou sua boca no mamilo doce, se deliciando com o gemido dela. Os movimentos ficaram cada vez mais intensos, seus corpos suavam com a atividade e o sol quente.
Não demorou muito para eles se entregarem, gemendo o nome um do outro. Angélica se agarrou nele, Miguel os deitou. Ela olhou para ele rindo.
— Você acaba comigo. — ele disse em um suspiro misturado com uma risada.
Mais tarde, quando voltaram para casa, Angélica olhou o celular e viu o resultado do exame, que só provava o que todo mundo já sabia. Ela era uma Viana.

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