Capítulo 21

58 5 3
                                    

Miguel olhou para ela surpreso e levemente afetado.


— Tem certeza? — ele falou.

— Me ensina. — ela repetiu contra sua boca.

Miguel a puxou para um novo beijo, agora com mais um limite ultrapassado. Seu corpo começava a ferver, essa permissão lhe deixando mais a vontade para expressar seus desejos por ela. Sentia tudo começar a reagir, sua pele ficava mais sensível, seu corpo arrepiava. Miguel apertou a mão em sua coxa, sentindo sua pele, sua textura, sentindo outro suspirou dela.

Ele queria registrar todas as reações, decorar cada parte de seu corpo, cada gesto que a fazia suspirar assim, até mesmo gemer. Hoje queria tomar seu tempo, queria que as coisas fossem devagar. Ela pediu para ser ensinada, e ele cuidaria de seu corpo hoje, o resto podia ficar para amanhã.

Angélica se afastou do beijo quando sentiu seu ar faltar, e foi o espaço que Miguel precisava para desatar o nós do robe. Desceu o tecido preto pelos ombros, relevando a camisola de renda que batia no meio de suas coxas. Sua boca secou com a visão. Angélica estava em seu colo, vestida para matá-lo.

— Gostou? — ela perguntou ofegante.

Miguel apenas sorriu antes de levar seus lábios à base de seu pescoço, beijando devagar. Angélica jogou a cabeça para trás, dando o espaço que ele precisava. Seus dedos se envolveram nos cabelos escuros, uma tentativa de se ancorar nessa realidade e nunca mais sair. Ele lambeu sua pele, provando. O gosto era maravilhoso, como ele já imaginava. Miguel passeou a mão pela perna macia, as pontas do dedo provocando suavemente. Angélica levou a mão até o braço forte, segurando. Miguel tirou a mão de sua perna e levou até a alça da camisola enquanto ele voltava a beijá-la. A alça de um ombro escorregou suave, ele acariciou seu braço no processo.

Miguel a provocou no beijo, ditando um ritmo devagar, enquanto seus dedos passeavam na pele de seu ombro, descendo devagar até alcançar o topo de seu seio. Angélica se afastou e o olhou, esperando. Miguel não desviou o olhar enquanto passeava os dedos pelo monte macio.

Quando ele envolveu o volume em sua mão e apertou suavemente, Angélica gemeu baixo e fechou os olhos.

Miguel sentiu que seu corpo fosse explodir. Não tinha dúvidas que ela sentia sua ereção sentada desse jeito. Parecia não se atentar, a ruiva tinha seu foco nas sensações que ele lhe dava. Miguel levou seus lábios de volta até o pescoço, os beijos que dava acrescentavam à reação dela a sua mão. Ele subiu os beijos devagar até chegar em seu ouvido.

— Não precisa se controlar, somos o quarto mais afastado do hotel.
Angélica suspirou e apertou o ombro dele, marcando suas unhas sem querer.

Miguel rapidamente abaixou a outra alça da camisola, fazendo ela descer e se acumular na cintura fina. Angélica respirava rápido, estava vermelha. Era a primeira vez que um homem a via assim.

— Você é perfeita. — ele disse em um sussurro, acalmando suas inseguranças.

Miguel não demorou para levar o lábio até o mamilo que chamava sua atenção. Ela, pega de surpresa, não teve outra reação se não gemer alto e fechar os olhos. A reação dela o fez sorrir. A queria assim sempre. Se deliciou na pele dela, brincando com ela. Arriscou uma ou duas mordidas que a fizeram soltar um gritinho de surpresa, seguindo de um gemido baixo.

Miguel deixou suas mãos caminharem por sua coxa, indo por baixo da camisola até a lateral de sua calcinha. Miguel sentiu o tecido fino em seus dedos e suspirou. Queria tirá-lo agora. Ele se afastou dos seios dela em relutância. Angélica abriu os olhos, sentiu os dedos dele brincando com o tecido.

— Posso continuar? — ele perguntou.

— Pode. — Angélica respondeu ofegante.

Miguel então levou seus dedos até a intimidade dela por cima do tecido. O resultado de seus toques estava evidente contra seu dedo. Ela gemeu e inclinou a cabeça, apoiando em seu ombro.

— Seu corpo reage ao meu. — ele sussurrou, a acariciando devagar.

Angélica gemeu de novo, se movendo junto com o dedo dele, involuntariamente. Esse movimento afetou a ele também, que a sentiu contra seu membro e teve um gemido arrancado dele também. Angélica levantou a cabeça, assustada pelo som que ela não esperava ter arrancado.

Afinal, ele estava fazendo tudo e ela não estava nem retribuindo. Ainda assim o olhar dele era quente, cheio de desejo.

— Meu corpo também reage ao seu. — ele falou simplesmente, em momento algum parando os movimentos em sua intimidade.

Angélica apertou a mão em seu braço, a unha o marcando. Ela sentia algo crescendo dentro dela, uma tensão entre suas pernas, onde ele a tocada. Os movimentos que ele faziam variavam sua reação, dependendo da velocidade, de como ele movia, seu corpo ficava mais perto ou mais longe de explodir. Mas a explosão era o que ela parecia precisar, só não sabia como dizer isso a ele.

Miguel observava as reações, os olhos castanhos estavam fechados, a boca entreaberta, o rosto e o colo vermelhos. Seu corpo tremia, seu quadril movia involuntariamente contra o dele. Miguel estava no céu com ela assim, tão entregue e tão dele... nunca de nenhum outro.

Seus dedos estavam testando o território e naquele momento diminuíam a velocidade para ver como ela iria reagir. Angélica abriu os olhos rapidamente e segurou seu punho para que ele não parece. O olhou em chamas.

— Mais rápido? — ele perguntou.

E ela apenas assentiu com a cabeça. Miguel voltou para a velocidade que tava, não mudou seus movimentos mais, apenas a observando crescendo no prazer. Os gemidos dela ficavam cada vez mais altos, o corpo tensionava cada vez mais. Ele não sabia se ela entendia o que era isso, mas ele estaria aqui para segurá-la. As unhas em seu braço apertaram ainda mais, Angélica jogou a cabeça para trás, o gemido alto o deixou hipnotizado. Tudo nela era viciante, ele sabia que jamais seria capaz de ir embora.

O corpo dela tremeu contra o seu, Miguel sentia a intimidade quente contra seus dedos.

Angélica deixou o corpo cair contra o peito dele, respirando descompassada. Aquela tinha sido sem dúvidas a melhor coisa que já tinha sentido na vida. Ela levantou a cabeça, preguiçosa, para olhá-lo. Miguel parecia encantado.

— O que você fez comigo, Miguel? — ela perguntou em um sussurro.

— Te dei prazer...

— Então é assim... — ela falou, acariciando o rosto dele.

— Sempre vai ser assim.

Miguel então se levantou com ela nos braços, a levando para dentro do quarto. O corpo dela estava mole, relaxado. Ele sabia que logo ela cairia no sono. Miguel a deitou na cama macia, puxando a camisola por seu corpo até sair por seus pés. Ele se deitou ao lado dela, puxando seu corpo para seu peito.

— Você ... — ela tentou levar a mão até seu membro, mas ele a parou rapidamente.

— Hoje não, isso é uma lição para outro dia. — Miguel beijou sua testa suavemente, respirando fundo para controlar seu desejo. — Gostou da de hoje?

Sentiu Angélica se apertar em seu corpo e seu corpo tremer com um risinho.

— Sim. — respondeu baixo.

— Dorme, meu amor.

Chão de GizOnde histórias criam vida. Descubra agora