Dg
Eu nunca pensei que veria ela um dia caída no chão, se engasgando com o próprio sangue. O chão sobre os meus pés foi sumindo, tá ligado?..... eu nunca tinha me visto numa parada como essa. Só corrir pra tentar ajudar ela de alguma forma.
Dg: jasmine, olha pra mim – bati no rosto dela. — não fecha os olhos, olha pra mim.
Paulista: a gente tem que levar ela pra um hospital, senão ela morre. – neguei. — bora pprra, agora me ajuda a bota ela dentro do carro.
Peguei ela pelos braços e esperei ele abrir a porta de trás. Entrei com ela e acionei logo o rádio.
Ninguém entra ninguém sai desse morro e quem trouxe o desgraçado que atirou na minha mulher vai ganhar uma boa recompensa
Joguei o rádio em qualquer lugar e olhei pra ela que já tava com os olhos fechados.
Dg: jasmine? – bati de novo no rosto dela. — acorda, não dorme.... droga, acelera esse carro, paulista – gritei.
Paulista: não grita caralho, eu não funciono sobre pressão.
Eu vou matar esse filho da puta antes da gente chegar na porcaria desse hospital.
[....]
Não conseguia parar de pensar na conversa que eu tive com analu. Talvez eu posso ter sido um pouco fdp com a jasmine, eu não escutei ela, preferir ignorar.
Eu não sei nem do que eu sou capaz de fazer se eu perder a jasmine, é difícil de admitir até pra mim mesmo que sou louco por aquela mandada.
Rayane: diego? – se aproximou. — foi mal, eu tava nervosa, eu não deveria ter de acusado.
Dg: de boa, no teu lugar eu pensaria do mesmo jeito, eu já machuquei ela de tantas formas, não seria a primeira vez que ela levaria um tiro das minhas mãos.
Rayane: isso foi antes, antes de descobrir que amava ela, dg. Eu sei que cê tava com raiva dela, mas não deria coragem de fazer nada contra ela.
Quando pensei em dizer alguma coisa a médica chegou.
Rayane: aí, graças a Deus. Me diz que ocorreu tudo bem?
Xxx: infelizmente ela está na UTI, a cirurgia foi muito delicada e agora o que podemos fazer é só aguardar.
Dg: aguardar?..... minha mulher corre risco de vida e tu me vem com esse papo de aguardar? – gritei.
Xxx: senhor, não podemos fazer mais nada à não ser aguardar as próximas 24horas, desculpe! – virou as costas e saiu.
Dg: filha da puta. – chutei a cadeira que tava na minha frente.
Rayane: calma dg, teus surto não vai adiantar de nada. – ajeitou a cadeira. — a.... a gente precisa manter a porra da calma, ela já saiu da cirurgia, ela vai sair dessa, agora a gente precisa saber quem fez isso dg.
Dg: eu não vou sair desse hospital até ter notícias da jasmine e a analu ja resolvendo esse b.o pra mim. – concordou. — se tu quiser ir, pode ir, mas eu não saiu daqui.
Rayane: tá louco, eu não vou sair de perto dela. – dei ombros e fui me sentar.
Peguei a carteira de cigarro do bolso e tirei um.
Rayane: cê não tá pensando em fumar aqui dentro não né? – botei o cigarro na boca e peguei o isqueiro. — meu deus diego, a gente tá no hospital – puxou o cigarro da minha boca. — tenha dó.
Dg: se fuder rayane.
Meu celular começou a vibrar sem parar, tirei do bolso e vi que era analu.
Chamada 📲
Analu: eu tenho autorização ou você vai querer fazer as honras?
Dg: já descobriu?
Analu: é claro, cê acha que o lobo me escolheu por quê?
Dg: exibida. – gargalhou. — quem foi?
Analu: se tu adivinhar, eu te dou um doce.
Dg: foi ela mermo?
Analu: ela mandou, mas quem fez foi um vapor.
Dg: tu pode resolver isso pra mim?
Analu: vai ser um prazer. – riu. — mas e aí, e a jasmine?
Dg: ela tá na UTI. A gente vai ter que aguardar as primeiras 24horas pra vê como ela reagir a cirurgia. Mas ela ainda correr risco de morrer.
Analu: quando eu terminar aqui, eu volto pra ir.
Dg: não precisa se incomodar.
Analu: ih garoto, ela é a minha amiga e minha funcionária, eu tenho o direito de tá aí. Mas agora tenho que ir.
Desliguei e olhei pra rayane.
Rayane: foi aquela loira oxigenada né? – concordei. — vadia, que queime no inferno.