Analu 🌸
1 ano depois....
Um ano já tinha se passado, um ano que meu loirinho tinha se ido pra nunca mais voltar, eu tentava seguir em frente, até tentei me relacionar com outras pessoas mais não conseguir, nunca nem conseguir ficar beija outra pessoa, e não, o luizinho não conta.
O Lucas ainda me fazia muita falta, isso era fato, e esse vazio que eu tinha no peito só ia ser preenchido quando eu encontrasse alguém digno.... aquelas.
Luizinho: tá pensando em quer? – desviei minha atenção da rua e olhei pra ele.
Analu: eu tô pensando que vai ser mais um ano que vou ter que te suportar – bufei.
Luizinho: tá achando ruim, morrer que passa luluzinha. – mandou beijo.
Analu: essa mão que tá aqui – levantei minha mão – ela voa aí rapidinho.
Luizinho: da essa mão pra cá pra vê se tu não fica sem um dedo. – fiz cara feia, o mesmo riu.
Analu: euem – me levantei. — garoto maluco.
Tirei o radinho da cintura e acionei.
Analu: e aí teco, a mercadoria chegou?
Positivo.
Analu: tudo certinh?
É melhor tu chegar aqui.
Analu: marca 10. – prendi o rádio na cintura e sair da salinha. — ooôu?.... me leva lá no teco. – gritei da frente da boca.
Xxx: sobe aí!
Pulei na moto.
Luizinho: tá indo pra onde?.... a mercadoria chegou?
Analu: to indo resolver isso agora – bati no ombro do vapor – vamo!
[...]
Minha droga tinha vindo toda mofada.
Analu: o que caralho vou fazer com essa porra mofada?
Paulista: repassa – me virei pra olhar pra ele.
Analu: tu compraria isso aqui pro teu consumo? – negou. — então fdp!
Prejuízo do caralho que ia tomar.
Analu: essa pprra vai toda pro lixo, não tem como salvar nada
A vontade de chorar é grande.
Analu: pode ligar pra aquele arrombado, quero meu dinheiro de volta e é melhor ele me devolver!
Paulista: cê ta ligada que essa droga veio do paraguai né, e quem te vendeu mora lá também né?
Analu: ih meu parceiro, dá em nada não, continuo querendo o meu dinheiro de volta e se tu não resolver esse bagulho quem vai resolver sou eu e tu não vai querer que eu resolvo né?
Paulista: pra quer.... pra tu querer arrumar inimizade com eles?! Tô doido não, eles são importantes pra gente.
Analu: eu que sou importantes pra eles rapá, e não ao contrário.
Paulista: tá chatona hoje viu minha parceira, tá maluco. – resmungou. — esse estresse aí é só falta.
Analu: teu cú desgraçado.
Pior que é mesmo, dedo não tá mais resultando
Sai dali antes dele que metesse o murro na fuça dele e fui pra casa. Precisava de um banho urgente, tava podre.
Tinha pegado o turno da noite, já era quase 2 da tarde e nunca tinha ido em casa.
Cheguei lá tava gl e luizinho assistindo porra de jogo.
Luizinho: e aí, o que deu lá?
Analu: a droga veio toda mofada – tirei o coldre junto com a pistola e joguei na mesinha de centro.
Luizinho: tá tirando né? – neguei
Analu: queria eu.
Luizinho: e agora?
Analu: e agora que o tal do formiga vai ter que me devolver o meu dinheiro.
Luizinho: ele não devolve dinheiro de ninguém.
Analu: o meu ele vai devolver, nem que eu tenha que ir lá buscar. – nem esperei ele dizer alguma coisa, subir as escadas e fui pro quarto.
Já fui tirando a roupa antes de chegar no quarto, tava no calor louco. Corrir pro banheiro e me joguei de baixo daquele chuveiro, ia aproveitar logo pra lavar o cabelo.
Passei um tempão ali, que até perdi a noção do tempo. Quando saí, só me enrolei numa toalha e voltei pro quarto.
Chegando lá dei de cara com o gl, que tava bisbilhotando minhas coisa.
Eu e gl não era mais a mesma coisa, desde aquela história lá.
Amizade tinha acabado, a gente mal se falava, só quando tava em hora de serviço e quando era preciso, dentro de casa a gente era dois desconhecidos.
Desnecessário essa parada da pessoa mora na mesma casa e não se falar.
Analu: gl? – ele se virou e me olhou todo desconfiado.
Gl: demorou! – botou as mãos no bolso.
Analu: aconteceu alguma coisa?
Gl: a gente pode trocar uma ideia? – assentir.
Analu: pode, deixar eu só me vestir.
Gl: beleza, tô te esperando no meu quarto. – concordei, o mesmo saiu do quarto.
Estranho!
