Luizinho
Nem sei quantas horas eu já tô preso nessa sala, aquela maldita leva tudo pro coração, se eu soubesse que ia levar uma laranjada dessa, tinha pelo menos matado minha larica antes.
Luizinho: já que vão me deixar trancado nesse caralho aqui, eu mereço pelo menos um prato de comida. – falei alto.
Falo minhas parada tudo errado e acabo me fudendo no bagulho, fui inventar de tomar as dores do cara que já tá até morto e acabei tomando no cú.
Olhei ao redor daquela salinha, tava um fedor da porra, os mlk sempre limpava depois que tinha algum trabalho aqui, mas não adiantava de nada.
Luizinho: Dá pra alguém me tirar dessa desgraça aqui – tentei soltar minha mãos que tavam presa. — seus arrombado do caralho vão tudo me pagar.... Aquela filha da puta. – a porta se abriu.
Analu: ofender minha mãe não vai me deixar menos puta.... se é que aquilo pode se chamar de mãe. – fechou a porta atrás de si.
Luizinho: Analu, me solta daqui.
Analu: eu seria burra se soltasse a pessoa que me ameaçou.
Luizinho: deixa de teus enxame, tu sabe que eu não sou de ameaçar ninguém, se eu tiver de fazer alguma eu faço sem dá alarme. – ela puxou uma cadeira e se sentou. — eu nunca ia te fazer mal.
Analu: quem me garante. Hum?
Luizinho: coé ana luiza, tá tirando com a minha cara né, tá desconfiando daminha lealdade?
Analu: e não era pra desconfiar?
Respirei fundo.
Luizinho: da pra tu me desamarrar pra gente poder conversar?
Analu: conversar? – ela forçou um sorriso. —engraçado, antes tu nem queria saber de conversa comigo, mudou de opinião rapido né?
Luizinho: Analu, não aperta meu juízo e me solta logo.
Analu: ué, tu não é o doidão, te solta sozinho. – cruzou os braços.
Luizinho: se eu conseguisse eu já tinha feito isso pprra – bufou.
Ela se levantou e foi pra de trás da minha cadeira.
Analu: se tu tentar alguma coisa, tu leva um murro.
Como é que pode parecer tão meiga e ser tão violenta.
Analu: do jeito que tu tá magrinh, tu te parte em dois – me soltou e voltou à se sentar.
Luizinho: há. há. há, virou comediante?
Analu: não fiz nenhuma graça, só falei a verdade. – deu ombros. — mas e aí, cê não queria conversa, tô te escutando.
Luizinho: aqui?
Analu: a onde mais seria? Não ta achando o lugar adequado? – riu no maior deboche.
Luizinho: tô brincando não.
Analu: e eu tô caralho?
Eu não ia dizer uma palavra, até que ela me tirasse aqui. Me encostei na cadeira e botei uma perna por cima da outra, tava relaxadão.
Fiquei naquela até ela se levanta e sair. Fui atrás.
Ela foi direto pra salinha.
Analu: aqui tá bom pra você, ou tu quer um quarto de hotel?
Luizinho: se tu pagar – puxei a cadeira e me sentei. — e aí, como você tá com o gl?
Analu: a gente tá ótimo se você quiser saber.
Luizinho: 3 anos né?!
Analu: tempo suficiente.
Luizinho: tá feliz?
Analu: tô radiante – falou no maior deboche.
Apesar do deboche dela, mas sentir verdade no que ela disse.
Ela tirou a carteira do cigarro e tirou um e estendeu. A mesma acendeu o dela e me passou o isqueiro.
Luizinho: eu acho que peguei um pouco pesado contigo esses três anos.
Analu: um pouco? Tá me tirando né?