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Certeza que  bebida tinha mexido com o resto de juízo que ele tinha, se é que ele ainda tinha algum.

Como é que ele me solta essa, que o luizinho pode ter razão. Da onde onde foi que ele tirou que tá rolando algo entre nós. A única coisa que pode tá rolando entre eu e ele é raiva, filho da puta não saia de cima de mim.

Analu: gl, vai dormir vai. – tentei empurra ele, pra vê se o infeliz saia de cima de mim.

Gl: cê ta com medo? – enrolou uma mexa do meu cabelo no dedo.

Analu: quem deveria tá com medo aqui era tu – franziu o cenho. — se eu me embucetar aqui, tu sai por de baixo de bala do meu quarto. – riu.

Gl: tu não tem peito pra isso. Mas eu não tava falando desse tipo de medo

Analu: de que medo cê ta falando?

Gl: de ficar comigo – olhei bem pra ele pra vê se ele tava falando sério mesmo.

E tava.

Gl: se liga, não tô te pedido em casamento não, é só ficar.

Ele fala isso como fosse a coisa mais simples do mundo.

Envolve tanta coisa.

Não sei se quero me ficar com alguém por agora, nem que seja uma vez só. Ainda mas essa pessoa sendo o gl.

O Lucas mesmo disse naquela carta que tinha o gl como irmão, como vou conseguir fazer isso com a amizade dos dois!?

Gl: o problema é ele, não é? – assentir.

Ele saiu de cima de mim e se sentou do meu lado.

Gl: foi mal aí, vacilei. – se levantou.

Analu: gl.... – me sentei.

Gl: te boa analu, só esquece essa parada aí, beleza. Não devia forçar um bagulho que não tem nada a ver e eu também nem pensei no meu mano.

Eu achava que ele tava nessa porquê tava melado de cachaça, mas depois dessa, tenho certeza que ele tá bem lúcido.

Gl: fui. Qualquer coisa é só me gritar. – ele virou as costas e saiu, me deixando toda confusa.

Me joguei na cama, fiquei olhando pra aquele teto branco.

Analu: cê ta vendo o que cê me faz passar? – fechei os olhos rapidamente e respirei fundo. — cê me mete em cada uma, viu!?

Eu só podia tá muito doida por tá falando sozinha, achando que ele vai me responder dá onde ele tá.

Me levantei e peguei meu celular que tava na mesinha de cabeceira. Ia dar 5:30am.

Botei de voltar o celular na cabeceira e fui tomar um banho. Era exatamente o que eu tava preciso, de um banho. Urgente!

[...]

Depois daquele banho, não conseguir dormir. Subir pra laje e fiquei por lá até o sol nascer. É bonito de ser o sol nascer aqui de cima.

Quando o lindão do sol começou a esquentar, desci e fui direto pra cozinha. Tinha rosa já tinha chegado.

Tia rosa: minha filha, como tá a perna?

Analu: já te contaram?

Tia rosa: o gl me contou quando eu cheguei – botou a garrafa de café na mesa.

Analu: cadê ele?

Tia rosa: quando cheguei, ele tava indo pra boca – estranho. — quer que eu pode? – neguei.

Não entendi porquê ele foi pra boca, eu tinha liberado ele hoje.

Tia rosa: o que foi garota? – olhei pra ela. — tai olhando pro nada.

Analu: problema tia. Problema.

Ela murmurou "hum" e foi fazer alguma coisa no fogão.

Analu: eita porra!

Caralho, como é que eu pode esquecer!?

Tia rosa: que foi?

Analu: tia, a senhora soube alguma coisa do paulista? – negou.

Tia rosa: aconteceu alguma coisa com ele?

Analu: ele foi baleado. Tia, chama um dos vapor que tá do lado de fora pra mim, por favor! – concordou e saiu da cozinha.

Enquanto ela foi chamar ele, aproveitei pra botar meu café.

Dedé: chamou patroa?

Analu: o paulista – dei um gole no café.

Dedé: não sei patroa.

Analu: vai no posto e descobre alguma coisa – concordou e saiu.

Quando pensei que ia tomar meu café sossegada, escuto alguém me gritar lá sala.

Jasmine: mermã, quero falar contigo!











Analu 2Onde histórias criam vida. Descubra agora