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Analu 🌸

Acordei sentindo minha perna doer, olhei em volta e tava no meu quarto, olhei pelas cortinas e ainda não tinha amanhecido ou já tava anoitecendo, sla.

Minha barriga começou a roncar de fome, sair de baixo dos lençóis e fui me arrastando até a porta do quarto, abri a mesma e fui me segurando nas paredes até chegar nas escadas.

Analu: malditas escadas! – resmunguei.

Desci a primeira perna, a boa, é claro, e depois a podre. Gemi de dor.

Gl: não era mais fácil ter pedido a minha ajudar? – parei e olhei pra trás.

Ele tava de braços cruzados encostado na parede, despojado daquela cara cínico.

Analu: não sabia que cê tava em casa – voltei minha atenção à escada.

Tentei descer o outro degrau, fiz do mesmo jeito que no primeiro, primeiro o perna boa e depois a perna podi.

E mais um gemido escapou da minha boca.

Escutei ele bufa. Logo não sentir mais meus pés no chão. Abrir mó olhão.

Analu: pirou, gl?

Gl: tô te ajudando – desceu as escadas comigo. — tava indo fazer o que?

Minha barriga respondeu por si só.

Gl: entendi – riu. — vou fazer alguma coisa pra tu comer – me botou no sofá.

Analu: valeu! – peguei o controle da tv e liguei a mesma. — e aí, o que deu da invasão?

Gl: ainda não me passaram a visão – escutei ele falar da cozinha.

Analu: tu não foi lá pra vê?

Gl: alguém tinha que ficar de olho em tu né – voltou pra sala com o pote de sorvete e duas colheres.

Analu: ué, pensei em ter ouvido tu dizer que ia fazer alguma coisa pra mim comer!

Gl: o pão tinha acabado e só tinha sorvete na geladeira, à não ser que cê queira comer só queijo, tá de boa – deu ombros.

Analu: senta logo aqui, desgraça!

Sentou todo sorridente. Euem.

Peguei uma das colheres que tava na mão dele e abrir o pote de sorvete, peguei uma boa colherada e meti na boca.

Analu: e aí, o quer que a gente vai assistir? – falei de boca cheia.

Tomou o controle da minha mão e foi mudando de canal.

Gl: garota porca – dei o dedo do meio pra ele. — ih alá, pornozão. – nem precisei levantar o rosto pra vê se ele não tava brincando, o gemido da mulher foi o suficiente

Analu: credo, gl. Muda de canal, fazendo o favor.

Gl: até parece que tu não transa, ou vai fazer a virgensinha agora?

Analu: transo, mas não como uma cadela no cio – tomei o controle da mão dele dele mudei de canal. Botei no filme qualquer.

Gl: chatona tu mané – tomou o pote de sorvete da minha mão.

[...]

A gente já tava no segundo filme, e nada de amanhecer, tava custando!

Gl: tá com sono não? – neguei.

Analu: se tu quiser dormir, pode ir, eu fico por aqui.

Gl: não, tô de boa.

Analu: já que tu tá de boa aí, faz uma massagem no meu pé, fazendo o favor.

Gl: ih mina, tá abusando já. – negou.

Analu: o que custa tu fazer esse favor pá tua patroa?

Gl: a patroa vai me pagar? – semicerrei os olhos.

Analu: amanhã te libero do trampo – o fdp riu.

Me ajeitei no sofá e botei meu pé em cima das pernas dele.

Analu: devagar, até meu pé tá doendo.

Gl: confia no pai, que o pai é bom em tudo que faz. – se gabou.

Analu: isso aí, eu já não sei.

Gl: to te o papo – começou a fazer a massagem.

O mlk tava com a mão gelada. Tava parecendo que tava era morto. Euem.

Gl: ainda tá bolada com o luizinho? – assentir. — não é botando pilha não, mas achei esse bagulho que ele disse mó nada a ver.

Analu: se eu for pelas ideia do luizinho, eu morro sem ninguém. – riu. — tô falando sério! – sentir ele apertado meu pé com mais força. — aí, gl. Vai devagar.

Gl: tô indo devagar – pela voz dele, saquei que ele falou com segundas intenções.

Analu: do já na tua cara – tirei o pé e botei outro. — faz direito isso aí.

Gl: namoral, tô com uma coisa aqui na cabeça....

Analu: é chifre – rir.

Ele fechou a cara legal.

Analu: ou piolho – dei ombros.

Gl: tá engracadona né, Ana Luiza! – dei o meu melhor sorriso. — mas é aí, me tira uma duvida.

Analu: manda

Gl: por que caralho cê tem uma barra de strip no teu quarto?

Analu: ué, pra quê que cê acha?

Gl: tu dança?

Analu: ih ala, colfoi do espanto?.... danço, e muito bem. Acho que comecei desde os 17 anos, mas depois tive que parar, ele disse que era muito perigoso pra mim sair sozinha do morro. Comecei fazer as aulas online mesmo, quando tinha tempo né – mexi o pé pra ele continuar, a essas horas ele já tinha parado.

Gl: me mostra!

Oi?

Analu: cê bebeu?

Gl: um pouco.

Bem que eu suspeitei que ele tinha bebido, demorou muito na inda do banheiro. Tava com a língua muito enrolada pro meu gosto.

Gl: mas e aí, me mostra!

Analu: eu levei um tiro na perna, cê lembra?

Gl: isso quer dizer que quando cê tive boa tu me mostrar? – neguei. — mas tu diz....

Analu: acho que já tá hora da gente dormir – tirei meu pé de cima dele e me apoiei pra levantar.

Gl: vamos!

Analu: cada um no seu quarto – avisei. O mesmo levantou as mãos em sinal de rendição.

Ele se levantou, me puxou.

Analu: calma porra, não é assim não.  – botei a mão no pescoço dele.

No pisca de olho já tava no meu quarto. Ele me levou até a cama e me deitou, mas não simplesmente me deitou, ele simplesmente se deitou por cima de mim.

Analu: gl!

Gl: se liga, até que o idiota do luizinho pode ter razão – franzir o cenho. — tem uma coisa rolando entre nós.

Analu: como é mlk?














Analu 2Onde histórias criam vida. Descubra agora