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No dia seguinte chamei jasmine pra conversar. Ia fazer a minha proposta pra ela, se ela aceitasse, ótimo, se não, ótimo também. Comigo não tem dessa não.

Jasmine: cheguei! – se jogou na cadeira, quase virava pra trás com a cadeira e tudo.

Analu: oh queda bonita seria essa viu – neguei rindo.

Jasmine: cala a boca – se ajeitou na cadeira. — o que era?

Analu: lembra da proposta que eu ia te fazer? – assentiu. — então, eu quero ce trabalhe para minha pessoa.

Jasmine: mermã, mas eu já trabalho pra tu, pirou foi!?

Analu: tô quase. Mas não era isso que eu queria falar. Eu quero cê trabalhe pra mim em outra área.

Jasmine: no tráfico? – assentir. — por quê?

Analu: não se faça de doida, não combina contigo não. Tu sabe que é peça valiosa pra qualquer facção e se for pra ser uma peça valiosa pra facção que seja pra minha.

Jasmine: sei não, analu.

Analu: jasmine, tu sabe de muita coisa que facilitaria nossas vida. Tu já foi uma bope, tem coisa melhor do que isso!?

Jasmine: tu tá ligada que tu só tá pensado em tu né? – é, talvez. — não vou jogar anos de estudos fora, pra agora eu virar uma bandida.

Analu: ih se liga jasmine, não tô pedindo pra tu matar ninguém não, só tô pedido que tu fique do nosso lado, que tu nos ajude quando precisarmos. – negou.

Bufei.

Analu: olha, eu fiz a minha proposta, agora tu aceita se tu quiser, não vou te obrigar não. Mas se tu acha que vai ficar de fora dessa vida que tu despreza eu sinto muito te avisar que ce tá enganada.... – me levantei e fui pra perto da janela.— tu já entrou e não tem mais como sair.

Jasmine: eu não entrei!

Analu: A não?.... jasmine, tu tá envolvida nisso tanto como qualquer um dos nossos. – ela ficou calada. — eu já falei o que eu queria e tu, bom.... eu acho que já me deu a resposta – concordou. — então pode ir.

Jasmine: de boa?

Analu: colfoi jasmine, tá achando que eu não sei aceitar um não? – ergui uma sobrancelha. — tá de boa, belê?

Jasmine: beleza – se levantou. — eu vou indo. – concordei.

Se levantou e saiu.

É um grande desperdício, isso era óbvio, mas fazer o que né.... não vou obrigar a mina. Vou deixar ela mesmo perceber isso.

Voltei a me sentar e fui dar uma olhada no caderninho de pagamento. Tava na hora de pagar os vapor. Antes que alguém viesse me cobrar.

E tinha uma galera que ia receber só pela metade. Dever traficante é uma porra viu!

Luizinho: teu gatinho chegou! – abriu a porta de uma vez. — ih, tá ocupada? – assentir. — então desocupa, porquê o amor da tua vida chegou. – olhei de lado para o outro, olhei de baixo da mesa. — ficou doida mulher, tá procurando o que?

Analu: ué, o amor da minha vida. Tu disse que ele tinha chegado. – prendi o riso.

Luizinho: vai brincando viu palhaça. – fechou a cara.

Analu: oh vida, tu leva as coisa tudo pro coração, fica mec aí. – semicerrou os olhos.

Luizinho: vim buscar a minha grana. – falou todo cheio de marra. — tô precisando.

Analu: nem acabou o teu turno e tu já quer dinheiro?

Luizinho: tô precisando!

Analu: ué, já que tá precisando vende um dos teus dedo que tu tem guardado – guardei o caderno.

Luizinho: tá doida, meus dedo não, é a minha coleção.

Mlk maluco!

Analu: eu nunca entendi essa ideia aí de colecionar dedos dos outros.

Luizinho: uma lembrancinha dos meus inimigos pow. – sorriu.

Analu: euem. Tem doido pra tudo nessa vida – me virei e peguei um pacote no armário. — aqui, chato! – estendi o pacote pra ele, o mesmo pegou.

Luizinho: tá tudo certinho aqui né?

Analu: tá me chamando de caloteira?

Luizinho: eu? – cínico. — jamais, vida. – botou o pacote no bolso. Deu a volta na mesa e ficou de trás da cadeira que eu tava sentada. — cê ta precisando relaxar – começou fazer uma massagem nos meus ombros.

Analu: eu tô precisando é de uma férias de vocês, isso sim!

Luizinho: ih colfoi, não tá aguentando a pressão? – riu.

Analu: te fuder vai porra.

Ele continuou com a massagem até um dos vapor interromper.

É, o que parece a policia tá na área, como a mesma historinha de sempre. Queria pacificar o meu morro.







Analu 2Onde histórias criam vida. Descubra agora