Cinco

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  Fico revirando a pedra negra do meu colar nos dedos, um hábito que tenho desde pequena, sempre que não consigo dormir. Me lembro perfeitamente de quando meu pai me deu ela, há alguns anos atrás.  

  — Oh! Ela veio mesmo do espaço? — perguntei, os olhos brilhando de emoção.

  Enquanto isso meu pai terminava de dar o nó, para que ela ficasse bem presa ao cordão.

  — Sim Yoo Nah, não é incrível? Aqui está. — Ele segurou o cordão aberto diante de mim, e imediatamente enfiei a cabeça dentro dele.

  — Wua é lindo!

  Ele sorriu.

  — Que bom que gostou estrelinha. Essa pedra é muito importante para o papai, então cuide bem dela.

  — Você também tem uma? — perguntei, curiosa.

  — Sim, mas ela é enorme! Eu tive que escavar um meteoro gigante para conseguir extrai-la!

  — Extra o que?

  Ele riu outra vez.

  — Ah estrelinha deixe para lá, outra hora papai te explica. — E me deu um beijo de boa noite antes de sair.

  Desde então nunca mais tirei o colar, nem depois que ele se foi. Sinto uma lágrima escapar do meu olho, a mesma pergunta de sempre rondando pela minha mente: Onde você está pai?

  * * *

  Minha cabeça dói. Não sei se estou dormindo ou não, mas parece que estou sonhando. No sonho vejo Choi Sang Hoon. Por que estou sonhando com ele? O mais estranho é que ele usa um jaleco branco parecido com aqueles de médico, e também noto que existe um vidro entre nós.

  Dou alguns passos e coloco as mãos no vidro para sentir a textura, é então que noto as luvas em minhas mãos. Fico as encarando, confusa. São idênticas as luvas do professor Choi! Instintivamente volto a olhar para ele, especificamente para as suas mãos, e fico mais surpresa ainda ao ver que ele não está mais com elas. Que situação esquisita é essa?

  Abro os olhos e me levanto da cama, mesmo assim o sonho se mantém fresco em minha mente. Esse stalker está me deixando paranoica, aish.

  * * *

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  * * *

  Uma vez por mês, nossa escola tem o costume de juntar todas as salas do terceiro ano para a aula de Educação Física. Esse é meu dia preferido no mês, pois tenho a oportunidade de ver Ji Soo jogar basquete. Bem, eu e todas as garotas do nosso ano.

  — Ji Soo Oppa! Ji Soo Oppa! — elas gritam que nem loucas, uma mais alto que a outra.

  Mas eu apenas o observo em silêncio. Um sorriso largo tomando conta dos meus lábios cada vez que ele faz uma sexta. Aigo, ele sempre foi bom em tudo, desde pequeno, para o imenso orgulho da tia. O mais engraçado é que sempre que faz o ponto ele olha para a plateia procurando, e quando me vê ele sorri, orgulhoso. E eu sempre reviro os olhos. Tão exibido...

PARADOXOOnde histórias criam vida. Descubra agora