dezasseis.

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Marília POV

O fim de semana passou rapidamente, estive com Luísa grande parte do tempo, e na segunda voltamos ao trabalho. Ela teria a audiência do processo de Maiara e eu voltei à sede da MendonçaArch, as coisas corriam de feição, depois das semanas negras em que corríamos atrás de um enorme prejuízo, com uma estratégia corretamente delineada, a nível mundial, estávamos novamente em linha nas nossas finanças, contando com a indemnização que íamos receber também.

César: bom dia, doutora - sorriu

Marília: bom dia, César - cumprimentei - hoje está sem a Maiara, mas a Barbara pode ajudá-lo no que precisar

César: não será necessário nada, mas obrigada - assentiu - a Maiara deixou tudo bem organizado. Espero que corra tudo bem no processo dela

Marília: vai correr tudo bem, a Luísa é uma grande advogada, e muito competente. César - chamei a atenção do homem que olhava alguns documentos - o que acha que fazer-me um jantar com todos os funcionários da empresa, uma festa, para ser mais precisa

César: uma festa? - perguntou surpreso

Marília: sim, todos aqui trabalharam muito para que conseguíssemos recuperar o prejuízo - falei sem tirar os olhos do computador

César: acho que é uma grande ideia, doutora

Marília: ótimo, vou falar com os recursos humanos e pedir-lhes que preparem tudo

Assim fiz, falei com Danilo, diretor do departamento, e pedi-lhes que tratassem de tudo. Combinamos que essa festa seria no sábado seguinte, e eles ficaram de informar todos os funcionários.

À hora de almoço, liguei a Luísa

Chamada on

Luisa: minha querida, isso são tudo saudades?

Marília: Lu, como correu a audiência?

Luísa: correu bem, aquele vagabundo não pode aproximar-se da Maiara, vai ter de lhe dar um valor chorudo por danos, e vai preso, se pensar em encostar um dedo no cabelo dela

Marília: nunca desilude, doutora Sonza - sorri

Luísa: jantamos hoje? Preciso de falar contigo

Marília: claro, encontro-te no hotel às 20 horas

Chamada off

Passei o resto do dia na empresa, quando sai passei em casa para tomar banho e trocar de roupa e encontrei Luísa no hotel, como combinado. Saímos, depois, para jantar num restaurante ali perto.

Luísa: estou a pensar voltar para Portugal

Marília: como?

Luísa: isso mesmo. O trabalho que eu tenho, posso fazê-lo em qualquer ponto do mundo, e posso r a França sempre que for necessário. Gostava de voltar a viver em Portugal.

Marília: e a Day?

Luísa: quero falar com ela, gostava que ela viesse comigo, mas nós também não temos nenhuma relação séria

Marília: e porque não a tornas seria? Vocês já andam a ficar há muitos meses

Luísa: vou tornar, é a primeira coisa que vou fazer amanhã, quando desembarcar - sorriu

Marília: e achas que ela vai querer vir para Portugal?

Luísa: eu espero que sim - sorriu de canto

Marília: isso era ótimo - sorri com a ideia de ter Luísa por perto outra vez - também tenho uma coisa para te contar. Este sábado, vamos ter uma festa na MendonçaArch, com todos os funcionários, para celebrar o final do processo a nosso favor. Acho que será ótimo para a moral dos funcionários

Luisa: uau, Mendonça, a minha companhia faz milagres. E será que eu posso ir a essa festa?

Marília: este sábado, claro que podes

Luísa: ótimo, posso trazer a Day? Eu sei que não somos funcionárias, mas era uma boa oportunidade de a apresentar

Marília: claro, vou colocar os vossos nomes na lista. Vamos beber uma cerveja geladinha para celebrar?

Luísa: só se formos ao sítio do costume - sorriu

Assim fizemos. Saímos do restaurante e demos partida em direção ao bar, o ambiente estava animado, apesar de ser dia de semana.

Gustavo: boa noite, doutoras - sorriu atrás do balcão

Luísa: boa noite Gustavo - sorriu extrovertida como sempre - duas cervejas geladas, se faz favor

O moço assim fez, trouxe-nos à mesa as duas cervejas.

Gustavo: estas são por minha conta doutoras - sorriu - sei que não paga nada do que fizeram pela Maiara, mas é só uma forma de agradecer - sorriu

Luísa: não é preciso nada, fizemos com o coração - fez o gesto de brinde com o rapaz - e obrigada pela cerveja

O rapaz acenou com a cabeça, e saiu, agradeci também enquanto ele ia embora. Observei o ambiente em volta, que estava bastante animado. Hoje, certamente haveria muitas bebedeiras a sair dali. Vi Maraisa no meio das mesas, a servir os clientes, sempre animada e com um sorriso na cara, ela realmente gostava de estar ali.

Luísa: achas a moça bonita, não achas?

Marília: quem? - acordei do transe em que estava

Luísa: a Maraisa - sorriu de canto - eu vejo a forma como olhas para ela, para mim és transparente

Marília: não viaja, Sonza - falei enquanto dava um gole na cerveja - nem a conheço

Luisa: podes conhecer, se quiseres - sorriu

Não respondi e continuamos ali, mudamos de assunto, falamos sobre o que Luisa planeava falar com Day quando chegasse a Paris, no dia seguinte, e combinamos que iam viajar para Lisboa, para virem à festa da MendonçaArch.

Várias vezes me percebi a olhar para Maraisa, ela era, de facto, uma mulher atraente, e o seu jeito simples e simpático dava-lhe um brilho especial. Não sabia bem o que isso significava. Continuei mais um pouco com Luísa, até que saímos, ela viajaria cedo, no dia seguinte, e eu tinha muito trabalho a fazer. Despedimo-nos na porta do hotel e segui para casa.

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