Maraisa POV
Passaram alguns meses, era verão. Eu e Marília estava muito bem, estávamos estáveis, e tranquila. A nossa relação tornou-se pública, e com isso, alguns cuidados que tivemos de começar a ter. Eu comecei a escrever livros, sobre um pseudónimo, não queria que alguém comprasse os meus livros, por eu ser namorada da Marília, mas sim pelo conteúdo.
Nesse sábado, almocei com Marília num restaurante junto à praia, até que, do lado de fora da montra, vi uma menina que não tinha mais do que 6/7 anos, com um carro de bebé ao lado.
Marília: para onde olhas amor? - chamou a minha atenção
Maraisa: ali - apontei com a cabeça - importas-te que vá lá?
Marília: importo que vás sozinha, eu vou contigo
- falou enquanto se levantava - compramos algo e levamos-lheAssim fizemos, pagamos a conta, pedimos um pão e um leite achocolatado.
Maraisa: olá - sorri ao aproximar-me tentando não assustar a menina - sou a Maraisa, e ela é à Marília
X: olá - sorriu - eu sou a Maria e ele é o Gabriel
Olhei assustado para Marília, pensávamos que o carrinho estivesse vazio, mas havia lá um bebé.
Marília: olá - sorriu e baixou-se ao meu lado - toma, trouxemos para ti, tens fome?
Maria: obrigada - sorriu enquanto comia, ela estava claramente com fome
Marília: o Gabriel é teu irmão?
Maria: sim - falou depois de engolir um pedaço do pão
Marília: e a vossa família?
Maria: não temos - falou e deu de ombros - quer dizer, nós vivíamos com os nossos avós, mas eles bateram em mim e nele - olhou para o menino - e eu fugi com ele
Eu e Marília estávamos em choque. O bebé não tinha mais que 6/7 meses, e ambos estavam, claramente, mal tratados.
Marilia comprou leite para darmos ao pequeno, e eu fiquei com os dois num banco ali perto.
Maraisa: o que aconteceu aos teus pais, sabes?
Maria: eles desapareceram um dia, com polícias, e nós ficamos com os avós, mas eles não queria que o Gabriel chorasse a batiam-lhe, bateram-me a mim, e ontem eu fugi com ele - falou olhando para o menino ao meu colo - eu não quero voltar lá para casa
Marília voltou e deu-me a mamadeira, que dei ao menino, ela trouxe fraldas e alguns produtos de higiene.
Marília: temos de os levar à polícia - falou sussurrando para mim
Maraisa: eu não os vou deixar voltar para uma casa onde os tratam mal
Marília: eu também não, mas não podemos simplesmente levá-los - concordei com a cabeça
Saímos dali, metemos os dois no carro, e seguimos para a esquadra. Pelo caminho, ligamos a Luísa qe foi ter connosco.
Luísa: eu vou ver o que consigo fazer - disse, depois de lhe contarmos o que sabíamos
Maraisa: eles não podem voltar para onde são maltratados, Luísa
Luísa: deixa comigo - falou séria
Maria entrou com Luísa numa sala com alguns polícias, e nós ficamos com Gabriel, que dormia tranquilo, depois de comer e de trocar a fralda.
Luísa e Maria saíram ao fim de algumas horas.
Luísa: a menina está cheia de marcas de agressões, certamente o bebé também tem - disse que sim, tinha-as visto quando troquei a fralda - precisamos de ir ao hospital para eles serem vistos
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Intenção
FanficA poderosa Mendonça é arrancada do seu mundo de negócios, sem aviso, pela pessoa que vai virar a sua vida ao contrário, devolvendo-lhe o desejo de viver além da sua secretária. Uma história em português de Portugal.