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Hoje foi a final do sul-americano. Perdemos de três sets a um, mas ganhamos o título. Precisávamos ganhar pelo menos um set, e ganhamos, foi no sufoco? Sim! A torcida tá puta? Com certeza.

Hoje mesmo a gente volta pro Brasil. Fui contratada pelo Sesc ‐ novamente ‐ e já começo a temporada pelo carioca.  Que só tem dois times, Sesc – RJ Flamengo e Fluminense.

Nesses dias o Pedro me encheu o saco perguntando se eu ia mesmo no jogo. Que era pra ir, o John queria ir. A chantagem emocional do gato.

Estamos voltando hoje pro Brasil, tenho mais dois dias pra decidir se vou ou não.

Dia da semifinal
Flamengo x Barcelona Guayaquil

— Cheguei. – John abre a porta e faz uma pose maluca. Eu ri.

— Que bom, tá no estilo hein. – olho pra ele que tá com um manto do Flamengo e um bucket do Flamengo também.

— Sabe como é, né? Vou pro camarote do Maraca. O pai não pode ir feio. – eu ri do modo que ele falou.

— Hum, então tá. Depois eu vou ver se o Pedro te leva pra conhecer os jogadores, e me leva de brinde. – terminei de fazer a maquiagem ‐ bem leve, porque estou indo pro Maracanã, não para uma festa.

— Detestando a ideia de ir pro camarote, lá eles não devem torcer que nem a gente. – falei e fui pegar meu tênis. E o John veio atrás de mim.

— Ó, fica aí. – eu encarei ele confusa. – Vou conhecer sua casa. – ele saiu rindo.

— Intimidade e foda, né?!

— Ih filha, reclama não. Se liga, esse quarto aqui é bonzão. – apareci na porta do quarto e vi o fofoqueiro deitado na cama que tava' arrumadinha.

— Vamo, Marilia falou que já tá pronta. – ele levantou, se ajeitou no espelho e saiu do quarto.

— Mó confusão pra chegar aqui. Longe pra caramba lá de casa?

— Sério? Eu não saio muito aqui no Rio. Na verdade, eu nem saio. – saímos de casa e no elevador o John tirou uma foto nossa.

— Moleque, eu vou conhecer o Pedro. Vou conhecer a casa do Everton Ribeiro. Vou conhecer os mascotinhos. E... vou ficar no camarote. – ele contou nos dedos. – muito obrigado, de verdade. – ele me abraçou de lado.

— Ih, somos friends agora. – rimos e fomos pro meu carro.

— Oi, tudo bem? – Marilia abraça o John assim que a gente chega.

— T-tudo. – tadinho, ele tava' nervoso demais. Não pude deixar de rir.

— Oi amiga, vou precisar da ajuda de vocês. – fomos entrando e eu logo vi os meninos sentadinhos no sofá. – preciso arrumar eles, mas vai demorar muito. Vocês podem arrumar o Guto pra mim? – assentimos e fomos falar com o mais velho dos irmãos.

— Titia! – Guto desceu do sofá e veio pro meu colo.

— Oi meu amor. – beijei o rostinho dele.

— Quem é ele? – ele fez uma carinha de confuso.

— É o amigo da titia. O John. – ele desceu do meu colo e foi pro colo do John. Esse menino vai com todo mundo, eu morro de rir.

— Oi John! – ele deu um sorrisinho. – meu nome é Augusto.

— Oi, posso te chamar de Guto. – ele assentiu.

— Aqui, a mamãe pediu pra gente colocar sua blusa. – peguei a blusinha do Flamengo e coloquei nele.

— Eu vou pro jogo do papai. Você também vão?

Come Home || Pedro GuilhermeOnde histórias criam vida. Descubra agora