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Dias depois

Tô' na casa do Pedro. Ele fez questão de me trazer pra cá. De acordo com ele, ele tem a obrigação de cuidar de mim já que é meu namorado. Sem condições.

Ele realmente pagou uma fisioterapeuta e uma psicóloga pra mim, ele segue no discurso de que eu tenho que cuidar da minha saúde mental, eu nem brigo porque sei que é verdade.

Esses dias tá' difícil, ele tá' em uma péssima fase no Flamengo, e fica de cabeça quente rápido. Por exemplo, hoje ele tem jogo, o técnico não da oportunidade pra ele e ele fica mal. Me dá uma pena.

Vou ficar aqui na sala, bem linda assistindo o jogo nessa TV gigante do Pedro.

Ala, minha vontade é ir até o estádio e socar esse Paulo Souza. Ele chegou falando que ia colocar o Pedro e o Gabriel para jogarem juntos e não cumpriu, era só para iludir a torcida mesmo.

Acabou o jogo, o Flamengo ganhou. Mas o desempenho do Pedro só piorou. Não quero nem ver quando ele chegar.
Tava' cochilando quando escuto o Pedro me chamar.

- Oi vida! - me levanto com dificuldade e vou abraçar ele que não retribui.

- Oi. - respondeu super seco. Vai começar...

- Ih, já vai começar?

- Começar o que cara? Me deixa! - ele vai pro quarto. Vou atrás dele, sim, eu sei que sou trouxa.

Assim que entrei no quarto ele revirou os olhos.

- Eu poderia por gentileza ficar sozinho? - falou com deboche.

- Não!

- Bacana, nem na minha casa eu tenho paz!

- Ué, quem falou que era para eu vir pra cá foi você. Não se esqueça disso. - falei.

- Me arrependi. - se levantou e foi pro banheiro.

- Entendi então. Fica com essas atitudes ridículas, igual uma criança. - ele saiu do banheiro. - Mas já que você quer privacidade, você vai ter! - sai do quarto e fui mandar mensagem pra única pessoa que me ajudaria nesse momento. A Marianna. Ela tá aqui por perto e seria a única que me levaria em casa. Já que a gatona da Kethelyn tá só no love com o Paulo.

Logo ela respondeu e disse que viria. Arrumei as coisas mais necessárias e fui esperar na porta. Ouvi o Pedro me chamando e fingi que não ouvi.

- Onde cê' vai?? - ele veio todo mansinho. Cínico!

- Pra casa, vou te dar um pouco de paz. - revirei os olhos.

- Para, vamos entrar de novo. Eu viajei legal, não sabia o que estava falando. Me desculpa! - ele foi tentando puxar minha pequena mala com os pequenos aparelhos que eu utilizo na fisio.

- Vou embora, a Mari já tá chegando.
- Amor, por favor. - fez uma vozinha que é a coisa mais linda, mas eu não cedi.

- Não, Pedro! Depois a gente conversa. - fui "caminhando", pulando com uma perna só porque ainda tô aprendendo a andar com essa muleta, até a calçada que a Mari parou o carro.

- Oi! - ela falou com o Pedro e ele fez o mesmo. - O que rolou?

- Ele pediu para eu deixar ele em paz, que queria privacidade. Eu só fiz o que ele pediu. - dei de ombros.

- Tu consegue ficar em casa sozinha? Não quer que alguém fique com você? - ela perguntou preocupada sem tirar a atenção da rua.

- Tá de boa, tô me virando bem com isso. - nós rimos. - E o Andreas, amiga?

- Ah, tá indo. Ele ainda se culpa demais, eu fico triste por isso. E a diretoria do Flamengo não quer contratar um psicólogo. Já ocorreram casos piores e ele nem tchum.

- Me dá raiva também. - ela parou em frente ao meu condominio.

- Entregue!

- Obrigada viu. Me ajudou demais. - me despedi dela e entrei. Odeio ficar dependendo das pessoas.

Autora

▪︎ 🤯

▪︎ uma briguinha pra descontrair um pouco🤪

▪︎ não gostei muito

▪︎ comentem o que estão achando da estória, queria muito saber (se ninguém comentar eu vou apagar isso aqui🗣

▪︎ Beijos❤

Come Home || Pedro GuilhermeOnde histórias criam vida. Descubra agora