Capítulo 38

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Marília abriu os olhos lentamente, flexionou os músculos e ia se espreguiçar quando um movimento perto de si a impediu, Maraisa se aninhara em seu corpo ao senti-la se afastar um pouco. Com um sorriso, acariciou o cabelo da morena, a observando dormir. Escorregou a mão da cintura dela para o seu rosto, acariciando sua bochecha com o polegar. Se surpreendeu quando a viu abrir os olhos.

— Acordei você? — Perguntou, preocupada.

— Eu já estava acordada — confessou Maraisa, sorrindo, abrindo os olhos devagar.

— Então, bom dia.

— Bom dia.

Era estranho para Maraisa acordar abraçada a alguém, receber um bom dia tão cedo.

— Você vai se acostumar — disse Marília, brincando com uma mecha do cabelo da morena.

— Hum?

— Você estava me olhando de um jeito estranho. Supus que estivesse estranhando esse momento tão... Hum...

— Casal? — Sugeriu, fazendo-a sorrir.

— Casal. Dormiu bem?

— Muito bem, e você?

— Tive alguns sonhos em que estrangulava uma certa pessoa — confessou Marília, fazendo Maraisa balançar a cabeça desaprovando. — Mas dormi bem.

— Não vamos falar nela hoje — decretou Maraisa. — Hoje vai ser o nosso dia.

Marília riu.

— Nosso dia? Vamos ter muitos outros.

Maraisa franziu o cenho.

— Supondo que Alexa nos ajude.

— Ela vai nos ajudar — garantiu.

Maraisa ficou completamente desarmada. Como não acreditar na pessoa que olha fixamente nos seus olhos e fala naquela voz firme e segura?

— Muito bem — murmurou, escondendo o rosto na curva do pescoço da loira, a fazendo estremecer. — Estou sem coragem para levantar.

— Eu poderia ficar aqui para sempre — confessou, a fazendo sorrir. — Mas nós temos um roteiro a cumprir.

— Não — gemeu desanimada.

— Vamos começar o dia cedo, Maraisa, isso faz bem.

— Não, não faz — murmurou, afundando o rosto no travesseiro e observando a mulher levantar-se.

— Eu vou ao banheiro e quando eu voltar, quero te ver de pé — avisou Marília.

— Você não deveria causar uma boa impressão em mim hoje, para me convencer a ficar com você? Poderia começar com um café da manhã na cama, uma massagem nos pés... E eu adoraria ouvir o quanto estou linda hoje.

Marília riu.

— Eu não preciso te convencer. Você vai ficar comigo. Eu sou irresistível.

Maraisa riu com escárnio, se enroscando nas cobertas.

— Claro que sim... Para os peixes.

Marília arqueou as sobrancelhas, sorrindo. Largou a porta do banheiro entreaberta e se aproximou da cama. Maraisa se encolheu, mordendo o lábio.

Quando Marília pulou na cama, Maraisa gritou e tentou sair, rindo, mas a loira a agarrou pelas pernas e a prendeu ali. Enquanto a morena se debatia, ela se aproximava, até que a segurava pela cintura e a olhava face-­a-face. De fato, seus narizes estavam quase se encontrando quando a mulher desceu o rosto e beijou seu pescoço.

The Experiment | MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora