Desculpa a demora
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— Deve ser tão bom poder realizar um sonho, Maraisa — disse Marília suspirando.
— Depois você me conta como é. Vamos fazer isso agora ou trocar de roupa primeiro?
— Vamos acabar logo com isso. Depois você pode dar pulos de alegria no banheiro.
— Claro, enquanto você abraça o travesseiro.
— Não estamos indo a lugar nenhum assim.
Marília se levantou um pouco. Maraisa se encolheu.
–Só... Relaxe. Você parece tão tensa – pediu a loira.
— Estou prestes a fazer a coisa mais constrangedora de toda a minha vida.
— É bom estar aqui para partilhar esse momento importante com você.
Ela se ajoelhou, ficando de frente para a morena, que ainda estava um tanto escorada nos travesseiros.
O único som que Maraisa ouvia era das batidas do próprio coração. Marília se aproximou, segurando-a pelos ombros e a trazendo para mais perto, a mão dela era quente e persuasiva.
Seus narizes se encontraram primeiro, e o de Maraisa se franziu graciosa e automaticamente. Marília se controlou para não o morder, uma vontade inesperada e idiota. A morena a olhava, as bochechas um tanto vermelhas. A loira retribuiu o olhar, sentindo-a tensa.
Começou beijando seus lábios quase que sem querer, mas eles se entreabriram exatamente como Marília havia imaginado que iriam. E então a loira jogou pela janela aquela ideia bonitinha de fazer tudo devagar, e a beijou de verdade.
Maraisa não poderia nem de longe ter se preparado para aquilo, então fechou os olhos e mal se concentrou em beijá-la de volta. A morena era doce de uma forma que Marília desconhecia, antes que desse por si a tinha em seu colo.
Maraisa tinha as mãos em seus ombros, Marília sequer sentiu quando as unhas da mulher se cravaram em sua pele; o que poderia esperar depois de deslizar a mão de sua cintura até a lateral dos seus seios?
Era óbvio que Maraisa não estava usando sutiã, e aquilo nunca antes havia seduzido tanto Marília. Apenas tecido branco e macio a separava da pele da morena, e foi absurdamente fácil encontrar o pequeno zíper em suas costas.
Interrompeu o beijo, parando no lugar ao ver aquele rosto lindo todo vermelho, os olhos castanhos se abrindo devagar. Aqueles segundos de contemplação, contudo, tiveram seu preço - Maraisa recompôs-se fácil demais, sentindo onde a mão de Marília estava e se afastando.
Maraisa parecia quase assustada, e Marília percebeu que não chegaria a lugar algum naquela noite. Sem paciência para ouvi-la dizer que havia ultrapassado os limites, quando a morena não havia feito esforço algum para impedi-la, balançou a cabeça e se levantou da cama.
— Marília...
E não ajudava em nada o fato da mulher estar linda naquela cama, a saia do vestido branco espalhada pelo colchão aos seus pés. A loira sentiu a própria respiração difícil, e perguntou-se como nunca a havia desejado antes.
— Eu vou tomar um banho — decidiu, lhe dando as costas. Precisava mais ficar sozinha do que qualquer outra coisa, ou então lhe daria um motivo de verdade para reclamar sobre limites.
*
Maraisa afundou-se nos travesseiros ao ouvir a porta do banheiro bater. Seu corpo ainda estava quente, e isso a assustava. Nunca havia sentido isso antes. De repente, todo aquele clichê de que o sangue pega fogo, sua mente fica vazia e você perde o ar se torna realidade. Ela ainda podia sentir as pernas bambas.
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The Experiment | Malila
ChickLitUm milhão de dólares, esse era o valor do prêmio que a maior rede de cientistas do mundo estava oferecendo para duas pessoas que fossem escolhidas para fazer parte de um experimento social. Esse experimento se baseava em colocar duas pessoas de pers...