— Agora é hora de irmos ao mercado, não é? — Perguntou Maraisa.
— Aham. Comprar as coisas pro nosso aguardado piquenique.
— Eu gosto de piquenique — comentou distraidamente.
— E vai ser às margens do rio Sena.
— Ah, eu estou ansiosa.
— Mas você acabou de tomar café da manhã, sua morta de fome.
Maraisa poderia ter rosnado.
— Estou ansiosa para conhecer o rio.
— Ah. Certo. Onde tem um mercado por aqui? — Perguntou Marília, depois que cruzaram a rua.
— Passamos por um ontem. É por ali — disse virando à esquerda
— Você gosta de andar — observou a loira.
— Você prefere chamar um táxi?
— Não. Costumo caminhar na praia. É só que... Achei que você fosse o tipo que passasse o dia no quarto ou na biblioteca, lendo ou bolando uma invenção para mudar o mundo.
— Mudar o mundo. Gostei disso — comentou Maraisa, sorrindo. — Chegamos — disse ela, quando entraram no estacionamento do mercado.
— Eu poderia ter descoberto isso sozinha.
A morena deu de ombros, pegando um carrinho.
*
— O que pegamos até agora? — Perguntou Marília, olhando para o carrinho.
— Rosquinhas, pão, iogurte, geleia, suco, bolo, biscoitos e mais algumas coisinhas. Ainda bem que você não está de dieta de verdade.
— Agora, precisamos de uma toalha de xadrez vermelho — constatou Maraisa.
— Para quê?
— Porque piquenique que se preze têm toalhas de xadrez vermelho.
— Quem disse?
— Eu — retrucou a mulher morena. — Acho que encontrei — diz andando até uma estante onde haviam várias toalhas de mesa dobradas e empilhadas.
— Vamos logo — pediu Marília, após Maraisa pagar as contas, de uma forma um tanto brusca.
— Hum — fez pensativamente, a seguindo para fora da loja.
*
Maraisa havia ido olhar qualquer coisa em uma livraria, deixando Marília ir na frente que depois ela a alcançava.
Marília estava absorta em pensamentos quando ouviu uma voz masculina ao seu lado:
— Posso ajudá-la? — Era um jovem de não mais que vinte e cinco anos, cabelos loiros ondulados e olhos espertos para cima de mulheres. Era um vendedor da loja da qual ela olhava a vitrine no momento.
— Não, obrigada.
— Você está olhando os tênis? São muito bonitos. Como você.
— Me chame de senhorita — pediu Marília, tentando não soar ríspida.
— Como queira — e deu uma risadinha estranha, voltando a olhá-la.
— Acho que tem alguém te chamando lá dentro — disse em uma última tentativa de ser educada, o olhar insistente dele a incomodando.
— Prefere que eu volte para a loja?
— Sim, por favor.
— Também gosto de ser discreto em um ambiente profissional, senhorita. Pode me encontrar às doze, para o almoço — e deu um sorriso insinuante.
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The Experiment | Malila
Chick-LitUm milhão de dólares, esse era o valor do prêmio que a maior rede de cientistas do mundo estava oferecendo para duas pessoas que fossem escolhidas para fazer parte de um experimento social. Esse experimento se baseava em colocar duas pessoas de pers...